19 de abril de 2025   
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E, assim, sendo Ministro da segunda daquelas pastas o engenheiro Augusto Cancela de Abreu, criou-se o Gabinete Técnico dos Aeródromos Civis (decreto-lei n.º 34.745, de 2 de Abril de 1945), sob cuja alçada directa ficaram as questões respeitantes à construção e conservação dos aeródromos metropolitanos e, na medida em que lhe fosse solicitado, as referentes aos militares, navais e ultramarinos.
A actividade do Ministério das Obras Públicas e Comunicações desenvolveu-se neste campo com o estudo de diversos aeródromos no continente, nas ilhas e nas colónias, e ao Gabinete Técnico de Aeródromos Civis foram então facultados todos os meios indispensáveis à consecução dos objectivos para que fora instituído.
Dentro da ideia que presidiu à sua criação, foi-lhe confiada, logo de início, a construção do aeródromo do Centro de Aviação Naval de Lisboa, até então afecta a outro departamento daquele Ministério – a Comissão de Obras da Base Naval de Lisboa –, à qual continuou entregue, todavia, a realização dos restantes trabalhos do referido Centro.
No projecto inicialmente estudado por aquela Comissão, exclusivamente com vista à satisfação militares do Centro, foram introduzidas modificações no sentido de se condicionar a construção das pistas à possibilidade de este aeródromo vir a constituir o desdobramento do Aeroporto de Lisboa em caso de saturação da respectiva capacidade de tráfego – isto, evidentemente, sem prejuízo da finalidade essencial do Aeroporto do Montijo.
Terminada a guerra e suspensas as facilidades concedidas ao Governo dos Estados Unidos da América na ilha de Santa Maria, o Gabinete Técnico dos Aeródromos Civis recebeu a incumbência de realizar, com estreita colaboração com o Secretariado de Aeronáutica Civil, a transformação daquilo que fora uma base militar num ponto de apoio de linhas comerciais.
Intervinha assim o Ministério das Obras Públicas e Comunicações nos trabalhos de apetrechamento da nossa invejável posição atlântica, ao mesmo tempo que se elaborava, por solicitação do Ministério das Colónias, o plano de construção do Aeroporto da Ilha do Sal, terceiro vértice do famoso triângulo oceânico e escala ideal para as ligações aéreas entre a Europa e a América do Sul.

(Continua)

(Parte CXXX de …)


15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 (130)

(Fonte: 15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 – AERÓDROMOS CIVIS – Alfredo dos Santos Sintra – Brigadeiro – Director Geral da Aeronáutica Civil)

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