21 de novembro de 2024   
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5 DE MARÇO E 31 DE DEZEMBRO DE 1947

Ocupa a pasta das Obras Públicas um homem novo na idade e técnico novo também no entusiasmo e nas decisões tomadas depois de estudo profundo e reflectido. Sentem nele os seus colaboradores o amparo de uma vontade firme de mais e melhor, de uma amizade cheira de coração, de uma inteligência viva e clara. Deve-lhe reconhecimento a Hidráulica Agrícola pelo carinho e pelo decidido apoio com que dela se tem ocupado. Por mim, sou grato ao bem que me fazem, mesmo que este bem não seja mais do que a palavra ou a atitude oportuna de incentivo ou estímulo. Por isso, o sentimento de gratidão, que julgo definir, como nenhum outro predicado, o carácter, me determina que escreva aqui com respeito, com amizade, com admiração, o nome do Ministro José Frederico Ulrich. A este Ministro, a quem o País e a Engenharia já tanto devem, ficará a ser devida também, a Exposição de Obras Públicas de 1948, para a qual se escreveram estas notas.
Ficámos em 1936; e vimos que, no fim deste ano, não só o estado havia já despendido com a rega 44.415 contos, mas havia, quanto a estudos e projectos, nove aprovados para beneficiação de 14.250 hectares (incluindo 535 hectares do Paul de Magos, anterior ao plano de 1935) e produção de 14,3 milhões de quilovátios-hora de energia hidroeléctrica estival.
Depois, definiu-se e fixou-se o regime jurídico para a hidráulica agrícola; a Junta foi dotada com o plano de 1937 (que, actualizando, abrange a beneficiação de 125.442 hectares e a energia produtível de perto de 500 milhões de quilovátios-hora), e novos estudos se fizeram e novos projectos se apresentaram.
O «ponto» referido a 31 de Dezembro de 1947 acusa, no total:

1) Projectos apresentados: 15, dos 20 do plano de 1937, que beneficiam 95.040 hectares, com 445 milhões de quilovátios-hora de energia produtível e custo previsto de 2,5 milhões de contos.

2) Projectos postos em execução de obras: 12, que beneficiam 24.834 hectares, com 16,6 milhões de quilovátios-hora de energia produtível.

3) Despesa realizada. Até o plano de 1935, 21.457 contos; dos planos de 1935 a 1937, 467.296 contos, num total de 488.753 contos.

4) Distribuição da despesa quanto a dotações: da dotação ordinária, 13.255 contos; da dotação extraordinária, 475.498 contos, num total de 488.753 contos.

5) Distribuição da despesa por aplicações:

a) Estudos e projectos e equipamentos de estudo, incluindo estações e postos hidro e pluviométricos: até o plano de 1935, 13.481 contos; dos planos de 1935 e 1937, 39.648 contos, num total de 53.129 contos.

b) Obras e equipamentos de meios de construção: até o plano de 1935, 7.976 contos; dos planos de 1935 e 1937, 419.835 contos, num total de 427.811 contos.

c) Exploração e conservação das obras concluídas: 7.813 contos, saídos da dotação extraordinária.

d) A marcha das despesas realizou-se, coberta pelas dotações ordinária e extraordinária, de somas utilizadas, respectivamente iguais a 13.255 contos e 475.498 contos, total de 488.753 contos até 31 de Dezembro de 1947.

(Continua)


(Parte XCI de …)


15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 (091)

(Fonte: 15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 – HIDRÁULICA AGRÍCOLA – António Trigo de Morais – Presidente e Director da Junta Autónoma das Obras de Hidráulica Agrícola)

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