21 de novembro de 2024   
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Porto de Póvoa de Varzim. – Melhoria, embora ainda muito incompleta, das condições de abrigo do porto. Primeiro passo, sobretudo, para o futuro melhoramento definitivo.

Porto de Leixões. – Transformação completa das condições de abrigo deste porto e grande aumento das suas acomodações, quer para a ancoragem, quer para a acostagem dos navios e para depósito de mercadorias, tudo acompanhado por enorme expansão comercial – a mercadoria que atravessou o porto elevou-se, de pouco mais de 100.000 toneladas anuais, para 700.000, durante o período 1932-1947; o valor do produto da pesca passou de cerca de 18.000 contos para cerca de 130.000 no mesmo período.
Os naufrágios e acidentes, que eram muito numerosos em qualquer temporal grande, quase desapareceram. A par de tudo isto, diminuíram muito consideravelmente os encargos de conservação do porto.

Porto de Aveiro. – Desenvolvimento apreciável da frota bacalhoeira – a mais importante do País – pelo aumento do calado e da tonelagem dos seus navios e pela grande melhoria dos seus meios de propulsão – 10 navios, com 2.583 toneladas, em 1932, e 16 navios, com 8.936 toneladas em 1946 –, acompanhado de notável aumento da quantidade e do valor do pescado, que passou de 1.942 toneladas, no valor de 2.858 contos, em 1932, para 11.935 toneladas, no valor de 47.743 contos, em 1946.

Porto da Figueira da Foz. – Beneficiou este porto de um acesso permanentemente assegurado a navios de pequena calado, embora, por vezes, ainda em precárias condições, visto estarem por iniciar as principais obras do seu melhoramento.

Porto de Peniche. – Melhoraram muito sensivelmente, com as obras parciais realizadas, as condições de abrigo para as embarcações de pesca, aumentando notavelmente a importância do porto.

Porto de Setúbal. – Prejudicado o seu desenvolvimento pela guerra, está a retomar rapidamente e sua posição.
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Porto de Faro-Olhão. – Em relação ao período anterior à execução das obras, foi notável o desenvolvimento do movimento deste porto, passando a utilizar os seus ancoradouros interiores navios de tonelagem muito superior à dos que anteriormente faziam.

Da depressão resultante da guerra recupera o porto rapidamente neste momento.
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Porto de Vila Real de Santo António. – Também neste porto foi sensível, quanto ao tráfego da mercadoria geral, o benefício resultante da utilização do cais acostável que se construiu. Os números globais são muito afectados pela anulação de duas importantes parcelas do tráfego do porto – os minérios de cobre e a importação de carvão para o caminho de ferro. A mercadoria geral passou de 20.300 toneladas em 1931 para 51.200 toneladas em 1938, recuperando agora rapidamente a depressão experimentada durante a guerra.

Porto do Funchal. – Das obras executadas resultou apreciável benefício para a navegação de longo curso, que em grande parte passou a acostar ao cais do molhe da Pontinha. Não obstaram as facilidades proporcionadas a que o tráfego se ressentisse da influência da guerra, da qual está, porém, a recuperar nitidamente.
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(Continua)


(Parte LXXXV de …)


15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 (085)

(Fonte: 15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 – HIDRÁULICA – Duarte Abecasis – Director Geral dos Serviços Hidráulicos)

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