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Em obras de regularização de cursos de água em troços isolados, no mesmo período, despendeu-se a quantia de 17.850 contos. Em cais fluviais ligados à rede terrestres de comunicações, 10.650 contos. Em coberturas de rios e ribeiras, 10.200 contos. Em estradas e serventias submersíveis e de acesso aos cais, 7.500 contos. Em construção e conservação de pontes, pontões e passagens submersíveis, 5.195 contos. O trabalho de limpeza de rios, canais e outros cursos de água foi representado por 23.500 contos, em que não se incluem os trabalhos de drenagens propriamente ditos. Para o início dos estudos de conjunto de regularização, melhoramento e utilização geral dos rios, concentraram-se estes na Repartição de Estudos Hidráulicos, cuja acção foi desembaraçada pela saída da Secção de Melhoramentos de Águas e Saneamento, que, em princípios de 1939, passou a estar na dependência imediata da Direcção Geral. Logo se desenvolveram os estudos de hidráulica fluvial, intensificando-se os da regularização do rio Lis, e do melhoramento da navegabilidade do rio Guadiana, a montante de Pomarão. Em 1940 individualizavam-se dentro da Repartição de Estudos os de aproveitamentos hidráulicos, de hidráulica fluvial, de hidráulica marítima e de hidrometria, medida de que resultou grande aperfeiçoamento e intensificação dos serviços. No campo da hidráulica fluvial, que neste momento nos ocupa, foram sucessivamente concluídos os planos gerais do melhoramento do rio Lis e seus afluentes, da navigabilidade do rio Guadiana, da correcção torrencial da ribeira de Alpreade, do rio Lima e seus afluentes e dos rios Tornada e Alfeizerão; estão em adiantado estudo os planos gerais de melhoramento do rio Tejo, do rio Douro e do rio Jamor; e em fase menos avançada os dos rios Arnoia e Real, do rio Sizandro, do Zêzere superior e seus afluentes, do rio Nabão, etc. Sobre vários problemas especiais relativos a alguns daqueles e doutros rios foram feitos estudos em modelo reduzido na estação experimental de hidráulica de Monte Real, instalada nos estaleiros das obras do rio Lis. ------------------------------------------------------------------------------------------------ Aproveitamentos hidráulicos. – No campo dos aproveitamentos hidráulicos começou-se por aprofundar a acção administrativa. Afastando-se todos os pedidos de concessões a que não se reconhecia viabilidade de execução próxima, e intensificou-se a fiscalização técnica das obras concedidas, com vista à preparação dos serviços para a acção própria a assumir ulteriormente. Logo após a saída da Secção de Águas e Saneamento, iniciava-se, pela Repartição de Estudos, o exame metódico, aprofundado e completo do primeiro grande problema de aproveitamento hidráulico – o do rio Zêzere, em Castelo do Bode –, cujo desenvolvido anteprojecto era apresentado em Abril de 1940, trabalhando-se, entretanto, activamente, na preparação dos anteprojectos dos aproveitamentos hidroeléctricos, também de grande importância, do sistema Cávado-Rabagão e do rio Guadiana e seus afluentes. (Continua)
(Parte LXXXII de …)
15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 (082)
(Fonte: 15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 – HIDRÁULICA – Duarte Abecasis – Director Geral dos Serviços Hidráulicos) Consultar todos os textos »»
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