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NOVAS INSTALAÇÕES PARA O EXÉRCITO
O plano geral das obras, novas e de ampliação e adaptação, a realizar em quartéis e outras instalações da organização territorial do exército foi publicado no Diário do Governo em Setembro de 1941. A simples leitura desse documento deixa já entrever, através da longa enumeração das necessidades mais instantes, no que respeita a aquartelamentos, a responsabilidade e a extensão das funções cometidas à comissão administrativa que, quase ao mesmo tempo – vão decorridos, portanto, cerca de seis anos – foi constituída com o fim de executar esse plano. ------------------------------------------------------------------------------------------------- Os trabalhas da Comissão Administrativa das Novas Instalações para o Exército assentam os seus começos – pode dizer-se – na data atrás referida; e a ordem por que eles, até hoje, se sucederam, em fases distintas, foi a seguinte: instalação; organização de programas (escritos e gráficos); elaboração de anteprojectos de quartéis tipo (regimentos de infantaria e de caçadores); organização de anteprojectos de casos reais; preparação de projectos, e efectivação das obras, correspondendo as três primeiras, pela sua afinidade, ao ciclo importante dos trabalhos preliminares e as três últimas ao período subsequente de actuação objectiva. Diferente foi, como é natural, o tempo gasto em cada uma das fases e em cada um dos ciclos. O primeiro destes, por exemplo, durou cerca de dezassete meses. Mas abrange – convém esclarecer – o tempo indispensável para a compilação de numerosos e dispersos elementos de trabalho; para o ajustamento dos programas escritos à forma prática da sua interpretação gráfica; para o levantamento topográfico das instalações militares existentes e seus anexos e dos terrenos destinados aos novos aquartelamentos; e, finalmente, para deduzir, em síntese dos diversos estudos feitos, as bases e características essenciais dos novos quartéis, sob a preocupação de harmonizar, equilibradamente, os aspectos de maior relevo contidos na obra – o económico, o militar, o higiénico, o funcional e o estético –, sem esquecer, além disso, os três salutares princípios que informaram os trabalhos precedentes:
1.º O quartel é uma grande residência colectiva, em que é elevada a densidade dos seus habitantes; 2.º Constitui um centro de instrução geral e especial e de cultura física; e 3.º Deve ser fundamentalmente uma casa de educação social e cívica.
Já em 1871 o coronel de infantaria Bento José da Cunha Viana, nas suas Meditações Militares, chamava a atenção para a insuficiência dos nossos quartéis e para a circunstância de as obras que nele se faziam constantemente corresponderem a grande encargo, que, que aplicado com método, poderia permitir a construção de excelentes edifícios novos. (Continua)
(Parte LXX de …)
15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 (070)
(Fonte: 15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 – NOVAS INSTALAÇÕES PARA O EXÉRCITO – Carlos Pereira da Cruz – Director-Delegado da Comissão Administrativa das Novas Instalações para o Exército) Consultar todos os textos »»
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