|
..:. TEXTOS
CONSTRUÇÕES PARA O ENSINO TÉCNICO E SECUNDÁRIO
Como o objectivo da construção dos novos edifícios liceais, da adaptação e da grande reparação dos antigos, dos fornecimentos de mobiliário e de material didáctico e ainda de ocorrer às despesas de instalações de residências de estudantes, sendo Ministro da Instrução o engenheiro Duarte Pacheco, foi criado neste Ministério, pelo decreto n.º 15.942, de 11 de Setembro de 1928, a Junta Administrativa do Empréstimo para o Ensino Secundário. ------------------------------------------------------------------------------------------------- Procurava assim o Estado Novo, logo de início, retomar com o devido incremento a política empreendida pelo Governo de João Franco, e infelizmente interrompida durante largos anos, para instalar condignamente os liceus. Aos iniciadores desta obra coube, naturalmente, um trabalho árduo e ingrato: o de vencer as primeiras hesitações, por onde começam todos os novos empreendimentos. Tudo o que depois se fez foi uma evolução natural dos primeiros passos, os quais, com o tempo, adquiriram a firmeza que talvez no início lhe faltasse; e até porque só mais tarde se soube definir melhor o que se queria. Assim, elaborados os primeiros estudos e programas, iniciou logo a Junta Administrativa a obra de construção de novos edifícios dos Liceus de Beja, de Coimbra (actual Liceu de D. João III), de Lamego e do Porto (hoje Liceu de D. Manuel II); prosseguiu as obras anteriormente iniciadas dos Liceus de Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa, Alexandre Herculano, no Porto, e executou trabalhos de adaptação, entre outros, nos edifícios dos Liceus de Vila Real, de Bragança e de Portalegre. A este mesmo organismo se ficou devendo a dotação de todos os liceus com valioso material didáctico e de muitos com novo mobiliário escolar. É também desta época a instalação dos postos meteorológicos em todos os liceus. Somente nos programas aprovados nunca foram consideradas as instalações de residências de estudantes, como o não foram até esta data, não porque o assunto não merecesse ser considerado, mas antes para não alargar o vasto programa de construções propriamente liceais e por talvez não ser ainda o momento oportuno para abordar esse problema.
(Continua)
(Parte XLII de …)
15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 (042)
(Fonte: 15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 – Construções para o Ensino Técnico e Secundário – Alexandre Alberto de Sousa Pinto, Engenheiro Administrador-Delegado da Junta das Construções para o Ensino Técnico e Secundário e D. José de Alencastre e Távora, Presidente da Junta das Construções para o Ensino Técnico e Secundário) Consultar todos os textos »»
|