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EDIFÍCIOS E MONUMENTOS NACIONAIS
Para que fosse possível a realização da vasta obra da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais tornou-se indispensável a reorganização dos seus quadros. É que, sem uma formação técnica, disciplinada e desinteressada, difícil seria conseguir-se uma grande obra. ------------------------------------------------------------------------------------------------ A concentração de todos os trabalhos relativos à construção de edifícios públicos foi de uma influência benéfica em todos os grandes empreendimentos a que o Governo se devotou. Seleccionaram-se os técnicos, e não há obra de vulto, fora da Direcção Geral, que não esteja sendo chefiada por engenheiros distintos que pertenceram ou ainda pertencem ao organismo cuja direcção me foi confiada. E tal facto representa, sem dúvida, motivo de orgulho, porque é o reconhecimento de que boa escola se tem feito nos Edifícios e Monumentos Nacionais. É grande a extensão da obra e enorme a sua projecção nos vários sectores da administração pública. Embora não pretenda entrar no campo do relato de obras realizadas, algumas há que se impõem de tal modo que não lhes fazer referência poderia ser considerado como lamentável esquecimento. ----------------------------------------------------------------------------------------------- A seguir, o Palácio Foz, liberto de tudo quanto o afrontara e transformado com sobriedade e delicadeza, de maneira a reintegrá-lo e a dar-lhe a melhor aplicação que pode ser concebida para que dentro dele se viva a intensa renovação do País. Na Educação Nacional, para que se têm construído muitas centenas de escolas primárias, a construção da cantina anexa está também ganhando raízes; e é justo reconhecer que o primeiro impulso lhe foi dado pela Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, podendo afirmar que as primeiras cantinas construídas foram, embora de iniciativa particular, orientadas e executadas pelos seus serviços técnicos, que apaixonadamente se devotaram à sua realização. Já em tempos tinha afirmado que, podendo Portugal orgulhar-se de ser uma das nações mais antigas da Europa, era infelizmente das que acusavam maior percentagem de analfabetos. E a resolução deste importante problema era, sem dúvida, um dos maiores e mais justificados motivos de orgulho que caberia ao Governo. Tornava-se, porém, necessário melhorar as condições de vida do povo e impor praticamente a obrigatoriedade de ensino a seus filhos. Para isso, fornecer-se-ia na própria escola uma alimentação sadia á criança, de modo a revigorá-la e a evitar que ela se tornasse pesada a seus pais, levando estes a prescindir dos seus serviços, pelo menos na idade escolar. (Continua)
(Parte XXIV de …)
15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 (024)
(Fonte: 15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 – Edifícios e Monumentos Nacionais – Henrique Gomes da Silva – Director Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais) Consultar todos os textos »»
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