25 de abril de 2024   
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Pelo quadro II ficou-se sabendo quanto o Ministério das Obras Públicas e Comunicações gastou no período de 1932 a 1946. Do total gasto neste longo período é interessante destacar alguns números nele incluídos. Assim, em catorze anos, não incluindo, como se disse, o ano de 1947, despenderam-se em contos:

I. No restauro de monumentos e palácios 84.500

II. Em reconstruções e grandes transformações de edifícios:

a) De fomento:
Alfândegas, estações fronteiriças, CTT e porto de Lisboa 9.437

b) De assistência e saúde:
Hospitais Civis de Lisboa, Sanatório Marítimo do Outão,
Misericórdia de Lisboa e Instituto António Aurélio da
Costa Ferreira 11.227

c) De interesse cultural e social:
Escolas primárias, liceus, Universidade de Coimbra,
Teatro nacional de S. Carlos, Instituto das Missões
Ultramarinas e construções prisionais 33.622

d) De outros edifícios:
Estabelecimentos militares ou com eles relacionados,
Caixa Geral de Depósitos e outros edifícios 95.714

III. Em novas construções:

a) Fomento:
Agrícola, pecuário, florestal, alfândegas, Arsenal do
Alfeite, CTT e porto de Lisboa 200.263

b) Assistência e saúde:
Hospitais, Leprosaria, hospitais escolares e outros,
Residências do pessoal dos Caminhos de Ferro do
Estado e pousadas 270.758

c) Interesse cultural e social:
Escolas primárias e técnicas, liceus, estabelecimentos
Universitários, museus e bibliotecas, monumentos e
Construções prisionais 294.757

d) Diversas construções:
Assembleia Nacional, Praça do Comércio, Caixa
Geral de Depósitos, Casa da Moeda, Instituto
Nacional de Estatística, Ministério da Educação
Nacional, Paços do Concelho de Setúbal, Governo
Civil de Beja, etc 134.222

IV. Em vários conjuntos urbanos:

Casas económicas, desmontáveis e para alojamento
De famílias pobres, etc 220.000

V. Em instalações desportivas:

Estádios de Lisboa e de Braga 60.000

VI. Em melhoramentos rurais 192.000

VII. Em trabalhos de hidráulica:

a) Fomento:
Regularização de rios, defesa contra inundações,
Aproveitamentos hidráulicos, hidroeléctricos e
Hidroagrícolas, obras e apetrechamento portuário,
Dragagens, etc 1.995.000

b) Assistência e saúde:
Abastecimento de águas 5.000

VIII. Em comunicações:
Estradas, caminhos de ferro, pontes, aeródromos,
Telecomunicações, etc 2.875.000

Num total de 6.481.500 contos.

As linhas precedentes darão uma pálida ideia do problema financeiro ligado ao período de grandes realizações do Ministério das Obras Públicas e Comunicações. Mas a natureza dos assuntos afectos a este Ministério é de tal ordem que o trabalho realizado se vê e, portanto. É do conhecimento de todos. Gastar bem é o actual lema da administração pública portuguesa.
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Apesar de tudo, a obra realizada é visível e nítida a vontade de a manter e ampliar. No ano último, embora sejam pesados os actuais encargos ordinários do Estado, o decreto-lei n.º 36.506, de 12 de Setembro, elevou para 150.000 contos a dotação de 100.000 contos para a rede de estradas nacionais. A todas as obras fica justamente ligado o nome dos ilustres Ministros das Obras Públicas que o País, de há duas décadas a esta parte, tem a felicidade de ter. mas é bom não esquecer que tudo tem sido possível em virtude da nossa regeneração financeira, cujos princípios salutares, através, mesmo, das mais graves contingências (como as da última guerra), se têm mantido, silenciosa mas persistentemente.
(Fim)

Aureliano Felismino
Director Geral da Contabilidade Pública

(Parte XII de …)

15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 (012)

(Fonte: 15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 – O que se orçamentou e o que se gastou – Aureliano Felismino)

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