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«Pelo que me tem sido dado observar, sei que vários elementos políticos procuram instantemente empalmar o Movimento e desvirtuar o pensamento que presidiu à sua organização. Eu detesto os políticos e nunca os consentirei junto de mim. Em Lisboa está já organizado um Governo. Alguém que esteve comigo deixou-se empolgar. Não o consentiremos!» Após as visitas, Gomes da Costa manda expedir para o comandante das forças do Entroncamento os seguintes telegramas:
«O Governo de Lisboa não merece confiança, pois atraiçoou o espírito do Movimento do Exército. Recuso obedecer a ele. As 2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, 7.ª e 8.ª Divisões declaram-se solidárias comigo. Vou iniciar a marcha sobre Lisboa, rapidamente. As tropas do Entroncamento devem aí aguardar resoluções. O tenente-coronel Raul Esteves fica fazendo serviço aí e à disposição deste Comando Central. Saúdo V. Ex.ª e os seus oficiais pela sua bravura.»
«Governo Lisboa não merece confiança, atraiçoa espírito do Exército. Recusam obedecer-lhe as 2.ª, 3.ª, 5.ª, 6.ª, 7.ª e 8.ª Divisões, que estão solidárias comigo. Marco para a 4.ª Divisão Vendas Novas. Entusiasmo das tropas indiscritível. Mantenho autoridades militares.» De regresso ao Quartel-General o Chefe da Revolução é surpreendido por uma grandiosa e imponente manifestação promovida pelos estudantes de Coimbra, chegados pouco antes no comboio especial. Determina-se então os locais para a concentração das tropas: 6.ª Divisão - Ovar; 8.ª – Aveiro; 3.ª - Aveiro; 2.ª - Pampilhosa; 5.ª - Coimbra. As tropas do Alentejo e do Algarve, bem como a brigada de cavalaria independente - Vendas Novas.
(Parte XLIV de…)
A Arrancada de 28 de MAIO de 1926 (44)
(Fonte: Óscar Paxeco - 1956 – A renúncia de Bernardino Machado – A última reunião do Parlamento dos Partidos) Consultar todos os textos »»
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