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Na mesma data, isto é, em 31 de Maio, Bernardino Machado escrevia a Mendes Cabeçadas a seguinte carta:
«Exmo. Sr.
«Restaurada a ordem pública sem violentas colisões e entregue a constituição do Ministério Nacional a V. Ex.ª, em quem a República tanto confia, a minha missão está cumprida. «De hoje em diante não me é possível continuar no exercício da Suprema Magistratura da Nação. «Em conformidade com a Constituição, o Ministério em conjunto assumirá a plenitude do Poder executivo. «Aceite V. Ex.ª com muitos dedicados votos os protestos de toda a minha afectuosa consideração. «Saúde e Fraternidade. «Palácio Nacional de Belém, 31 de Maio de 1926.
a) Bernardino Machado»
Esta carta era acompanhada de uma outra particular redigida nos seguintes termos:
«Exmo. Sr.
Não quero que nesta exaltação de ânimos se imagine que o meu critério constitucional prende de qualquer modo a sua acção política porque lhe diminuiria a influência que para bem da República deve ser preponderante. «E com a minha renúncia o seu Ministério assumirá toda a autoridade de plenitude de Poder executivo. «Creia na dedicação muito afectuosa e grata do todo seu
a) Bernardino Machado»
De ambas as cartas foi portador para a Amadora o antigo ministro da Guerra coronel António Ribeiro de Carvalho.
No meio de toda esta confusão o Parlamento dos partidos ainda reunia, pela última vez, no dia 31 de Maio, comportando-se da seguinte forma, segundo o relato parlamentar de O Século:
(Parte XXXIX de…)
A Arrancada de 28 de MAIO de 1926 (39)
(Fonte: Óscar Paxeco - 1956 – A renúncia de Bernardino Machado – A última reunião do Parlamento dos Partidos) Consultar todos os textos »»
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