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Pelas 15 horas uma grande manifestação popular percorre as ruas da capital do Norte, vitoriando a Revolução e levando em triunfo os membros do Comité Revolucionário, idos de Lisboa, dr. Mota e Silva, tenente Joaquim Vasco e alferes Valente, Santos Ferreira e João de Almeida. Mais ou menos à mesma hora, a guarnição de Coimbra, num comunicado do comandante da Divisão, declara aderir ao Movimento. Em Braga o ambiente começava a desanuviar-se, mas estava longe de ser tranquilizador. E era assim porque, desde que a Revolução saíra para a rua, começara a correr a notícia que da guarnição militar do Porto tinham saído tropas para combater os revolucionários. Imediatamente se organizou a defesa da cidade revoltada, estabelecendo-se uma linha que interceptava as estradas do Porto sobre a cidade dos Arcebispos. Era uma linha de ocupação que se estendia a cerca de quatro quilómetros ao sul de Braga, demarcando uma zona que foi logo alcunhada de «Fronteira da Frigideirolândia». As tropas dessa linha eram constituídas por quatro companhias, sob o comando dos capitães José Gonçalves da Silva, António da Silva Poças, Machado e Pernil. A companhia do 29 comandada pelo capitão José Gonçalves da Silva, tendo como reserva a de Infantaria 8, do comando do capitão Poças, guarnecia a estrada da Misericórdia a Nine, no cruzamento de Sequeira. A companhia do 20, do comando do capitão Machado, tendo como reserva a de Infantaria 3, comandada pelo capitão Pernil, guarnecia a estrada de Braga ao Porto, abaixo da Misericórdia, perto de Celeirós. Como não havia, artilharia, teve que se substituir as peças por metralhadoras ligeiras. De Cavalaria havia apenas algumas praças do 11, comandadas pelo capitão Alfredo de Castro Antas e tenente Gonçalves, que tinham a seu cargo os serviços de vigilância.
(Parte XXIV de…)
A Arrancada de 28 de MAIO de 1926 (24)
(Fonte: Óscar Paxeco - 1956 – As primeiras declarações do Chefe da Revolução) Consultar todos os textos »»
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