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A Braga continuam, no entanto, chegando mais adesões. Depois de Viana do Castelo e de Valença, aderiu o tenente António José da Silva, de Vila Real de Trás-os-Montes, que Gomes da Costa nomeou depois Governador Civil daquele distrito. Foi este oficial que a certa altura telefonou para Braga a pedir licença para prender o general comandante da 6.ª Divisão Militar, com sede naquela cidade, que tinha ido para Chaves a fim de organizar a resistência. Foi o capitão Bacelar quem, em nome de Gomes da Costa, lhe deu a autorização. Seguidamente aderiu a guarnição de Penafiel. O comandante da «arrancada» logo comunica ao general Sousa Dias esta adesão, visto Penafiel fazer parte da 3.ª Divisão de que este é comandante. Coincidindo com a chegada do telegrama de Gomes da Costa no Porto era distribuída uma proclamação que dizia assim:
«Cidadãos:
«Continua alastrando de Norte a Sul o Movimento Nacional que para salvação do País teve o seu início na madrugada de hoje e que se propõe prestigiar a República, impondo a moralização dos costumes.
«É necessário que impere a máxima calma nos ânimos, aguardando serenamente os acontecimentos, na certeza de que a boa causa há-de triunfar. «Apesar das dificuldades nas comunicações e das falsas informações do Governo, podemos desde já registar como certas as sublevações das nossas gloriosa Marinha de Guerra, das 4.ª, 6.ª e 8.ª Divisões do Exército e bem assim as guarnições militares de Coimbra, Entroncamento, Mafra, Lamego, Portalegre, etc… «A guarnição do Porto, que moralmente está com o Movimento, vai também manifestar-se. «Viva a Pátria! «Viva a República! «Viva o Exército de Terra e Mar! «Porto, 28 de Maio de 1926.
A Junta de Salvação Pública»
(Parte XXIII de…)
A Arrancada de 28 de MAIO de 1926 (23)
(Fonte: Óscar Paxeco - 1956 – As primeiras declarações do Chefe da Revolução) Consultar todos os textos »»
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