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Com a translação operada nas forças políticas e as deduções porventura apressadas dos conceitos correntes acerca da sede da soberania, entraram igualmente em crise a formação, estabilidade e prestígio dos Governos. Conforme as qualidades dos povos e a permanência de instintos de defesa, os resultados foram diferentes. Em Portugal, porém, fez-se tudo quanto era humanamente possível e razoável fazer para anular os principais órgãos da soberania, aqueles em que principalmente reside a força e autoridade do Estado. A vergonhosa estatística que apresentamos como expressão de havermos passado todas as marcas revela, com o completo desprestígio das instituições políticas, termos criado as condições óptimas em que não se podia governar. Só por si o Parlamento o não permitiria, com seus partidos, grupos e paixões, sua ânsia de impor-se ao Chefe do Estado e aos Governos e sua total irresponsabilidade diante de Deus e dos homens. Pela sua origem e constituição, em ambas as Câmaras, não poderia mesmo aspirar a qualquer representação nacional, pois que nenhuma tentativa se fizera para organizar a Nação dentro dos seus quadros naturais, de que directa ou indirectamente emanasse e pudesse ser imagem ou intérprete fiel.
AUTORIDADE E LIBERDADE A Nação contra os partidos; A União Nacional (26)
(«Os princípios e a obra da Revolução no momento interno e no momento internacional» — Ao microfone da Emissora Nacional, em 27 de Abril — «Discursos», Vol. III, págs. 391-392) – 1943 Consultar todos os textos »»
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