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Há alguns anos já que a nossa política deixou felizmente de ser o simples reflexo de dois ou três outros países. E felizmente também a experiência feita tem demonstrado que a hora não é das direitas nem das esquerdas: a hora é de quem sabe o que quer e quer na verdade realizar o seu ideal político. Enquanto fomos traçando o nosso caminho, houve muitas eleições com vitórias das direitas e das esquerdas, houve muitos movimentos revolucionários mais ou menos profundos e mais ou menos extensos, e nada disso pôde desviar-nos das nossas concepções e da firme e serena realização dos nossos princípios. Não digo que não tenha de haver cuidados especiais e que os factos desenrolados à nossa volta nos não causem preocupações, sobretudo se algum país se esquecer do que deve à correcção internacional. Nada disso porém pode ter qualquer influência na orientação a seguir, porque o nosso futuro não depende senão de nós, quer dizer, da visão que tivermos dos problemas nacionais e da nossa força de vontade para servir o interesse da Nação. Numa palavra: a hora é ainda e sempre nossa!
AUTORIDADE E LIBERDADE A Nação contra os partidos; A União Nacional (17)
(«Independência da política nacional» — Discurso aos deputados, em 21 de Fevereiro — «Discursos», Vol. II, págs. 113-114) – 1936 Consultar todos os textos »»
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