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Era igualmente de fé que o País vivia economicamente da exportação de emigrantes e do ouro do Brasil. Teimei que não era exacto e que os nossos recursos, aproveitados por um trabalho ordenado e intenso, deviam dar-nos para que nos bastássemos modestamente. Fez-se a prova; fez-se a contraprova: a grande Nação brasileira é sujeita a uma das suas maiores crises, proíbe a entrada de emigrantes — também inibidos de procurar trabalho na América do Norte — e quase paralisa as transferências para o estrangeiro com fins não comerciais. Perdem-se milhões, não se aproveitam rendimentos auferidos em vários países, e a população portuguesa pôde viver, e a balança de contas é positiva, e sobem no mesmo período as reservas de ouro do País. Creio que esta experiência enterrou bem fundo o falso postulado da nossa vida económica.
As Riquezas Naturais (002)
(«Portugal, a Aliança Inglesa e a guerra de Espanha» — Discurso aos oficiais das forças armadas por motivo do atentado de 4 de Julho — «Discursos», Vol. II. pág. 305) – 1937 Consultar todos os textos »»
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