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(continuação)
— «Veteranos: Passaram trinta anos, mas parece que foi ontem. Vai-nos na alma a mesma mocidade, e, se não são as mesmas as nossas forças físicas, não vemos nisso razão para as não juntar com alegria, ao esforço comum, na defesa da Nação. Sentimo-nos, assim, mais novos, junto aos que, graças a Deus, renovam as nossas fileiras.» Com emocionada energia, o Professor Doutor Costa Leite, concluiu: — «Só assim, saberemos cumprir um dever indeclinável para com a memória dos que, se a morte os não tivesse levado, estariam hoje junto de nós, e para os que, nas nossas terras de África, oferecem cada dia o seu sangue pela continuidade de Portugal.» A sala sublinhou, de pé, a evocação dos mortos e a patriótica exortação aos vivos. Na sua actual qualidade de Presidente da Junta Central, e, ainda, como legionário da primeira hora e de sempre, falou, a seguir, o Almirante Henrique Tenreiro, de cujo discurso se arquivam as principais passagens. Depois de ter invocado o que foram, em nervosismo, entusiasmo e fé, os primeiros passos, que levaram à fundação da Legião Portuguesa, com destaque especial para o comício do Campo Pequeno, que pode, e deve considerar-se histórico, e de recordar muitas das grandes figuras do nacionalismo português, que promoveram e animaram essa magnífica jornada — Jorge Botelho Moniz, Pedro Teotónio Pereira, Costa Leite (Lumbrales), Ricardo Durão, Higino de Queirós, etc. — o Almirante Henrique Tenreiro prosseguiu: — «Neste largo período de realizações, podemos declarar aqui, bem alto, para que todos nos oiçam, que nos sentimos verdadeiramente orgulhosos e satisfeitos, por termos vivido, de perto, sempre com a mais entusiástica presença, os grandes momentos da vida nacional, embora, muitos deles, não fossem só de alegrias, visto que, alguns, implicaram muita luta e muitos sacrifícios.» Referindo-se ao significado da data, afirmou, com entusiasmo: — «A Legião tem a alta dignidade, que lhe advém do momento político, que levou à sua criação, quando o Regime contava, apenas, 10 anos de trabalho, longo e silencioso, através do qual um pensamento superior — o de Salazar — iria definir-se, para dominar e guiar a vida nacional. O tempo viria a confirmar que esse pensamento constituía um conjunto coerente de princípios, destinado a perdurar e a não se desagregar no decurso de 40 anos.» Depois de analisar a reforma profunda da vida portuguesa, operada pela acção, inspirada e constante, de Salazar, o Almirante prosseguiu: — «Sem isso, não seria possível estarmos hoje aqui, reunidos, orgulhosos do nosso passado, crentes no futuro, com o pensamento e a certeza da nossa acção no Ultramar, fiéis aos princípios e directrizes desse notável Estadista, Professor Salazar, que tudo realizou, devotando a sua vida inteira à Pátria, a cuja História pertence, definitivamente.» Referindo-se ao acto decorrente, acrescentou: — «Salazar, sendo o Legionário n.° 1, é, para todos nós, novos e velhos, militando nas mesmas fileiras, o símbolo dos altos ideais, que nos conservam unidos e fortes para a defesa da integridade da Pátria.» Depois de louvar a heróica bravura dos nossos soldados, que se batem em África, exclamou: — «A essa mocidade, que volta do Ultramar, a Legião abre as suas portas, para que se mantenham vivos os seus altos ideais e se prossiga, firme e inquebrantável, a luta de hoje e de amanhã. E terminou, afirmando: — «Nós tudo sacrificamos para termos uma grande corporação, onde Portugal possa encontrar sempre a garantia da sua unidade e da sua continuidade. Unidade, à volta da figura nobilíssima do Sr. Almirante Américo Thomaz, a quem daqui saudamos, com o mais enternecido e respeitoso carinho, na consoladora certeza, que todos temos, de que ele garante, pela sua dignidade e pelo seu patriotismo, a continuidade da Revolução Nacional.» A sala, novamente, de pé, aplaudiu, com entusiasmo, o Presidente da Junta Central. Normalizado o ambiente, foi anunciado à sala que iria usar da palavra, em último lugar, encerrando a festa, o Ministro do Interior, Dr. Santos Júnior, que a ela presidiu. Este discurso, aguardado, por todos, com vivo interesse, por ser feito e pronunciado por um alto membro do Governo, que é legionário da primeira hora, tomou proporções especiais, que justificam e aconselham a sua deslocação, na íntegra, para abertura do presente volume.
(Parte II - Final)
A Legião Portuguesa (29)
Legião Portuguesa: Expressão da Consciência Moral da Nação! Trigésimo aniversário da Legião Portuguesa, 1936 – 1966, no quadragésimo ano da Revolução Nacional. Actos comemorativos do trigésimo aniversário da Legião Portuguesa
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