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Fixada no seu caminho e presa ao seu pensamento fundamental — o de servir a Pátria, em qualquer momento e em quaisquer circunstâncias, sejam elas as que forem —, a Legião Portuguesa prossegue as suas actividades, procurando adaptá-las, na medida do possível, às exigências da vida moderna e às circunstâncias ocorrentes. Domina o pensamento dos Altos Comandos o desejo de obter, por um trabalho persistente e contínuo, gradual e progressivo, a valorização operacional da Legião Portuguesa, de molde a torná-la uma força útil e apta permanentemente para o desempenho das missões, que, por imperativos nacionais, lhe sejam consignadas. Assim, com o sentido objectivo das realidades, procedeu-se, e procede-se ainda, em todo o País, a uma aconselhada actualização na orgânica das Milícias, criando-se unidades de caçadores e de fuzileiros navais, instituindo corpos motorizados e criando novas unidades de comando, com vista a enfrentar, com técnicas adequadas, as actividades da chamada «guerra subversiva». Encarou-se, a sério, o importante problema das transmissões, de modo a conseguir-se uma constante e segura ligação entre o Comando Geral, Comandos Distritais e todas as sub-unidades legionárias do País, podendo afirmar-se, desde já, que os resultados obtidos, neste sector, são amplamente satisfatórios. De facto, a rede de comunicações, que a Legião Portuguesa possue, constitue motivo de justificado orgulho para esta Organização e tem merecido palavras de admiração e de louvor às entidades, que dela tomam directo conhecimento. O sistema foi submetido a várias e repetidas experiências, verificando-se sempre a sua desejada eficiência e, sob o ponto de vista operacional, o seu real merecimento. Por outro lado, e paralelamente, tem-se cuidado do regular funcionamento das escolas de recrutas, cujos efectivos permitem encarar, com confiança, o futuro da Legião Portuguesa. Quanto aos efectivos existentes, e com o pensamento na sua valorização, foram largamente aumentados os períodos de instrução, de modo a que os legionários possam acompanhar a constante evolução das técnicas adoptadas nos três ramos das Forças Armadas, correspondendo, na hora própria, ao cumprimento das missões, que lhe forem destinadas. Com estes objectivos, foram organizados cursos para a formação de quadros especializados, garantindo-se-lhes os indispensáveis estágios de actualização e o recurso ao material didáctico conveniente e actualizado. Nos programas de instrução, tem-se dado o merecido relevo à luta de contra-subversão, tendo em conta a possibilidade de vir a ser necessária em qualquer emergência da vida nacional, a actuação repressiva e imediata dos quadros activos da Legião Portuguesa. Dispensou-se — e continua a dispensar-se — uma especial atenção à valorização moral e política de todos os legionários, para que cada um deles seja um elemento amplamente esclarecido, habilitado, em qualquer momento, a tomar decisões certas e o comportar-se, em todas as circunstâncias, com desenvoltura militar e honradez lusitana. Em 1963, no seguimento deste esforço renovador, adoptaram-se novos modelos de fardamentos para a Milícia e Caçadores Especiais. Quanto a equipamentos e armas, estão a ser objecto das convenientes atenções, de modo a que se habilite a Legião Portuguesa a poder cumprir, com eficácia, qualquer missão, que lhe seja, superiormente, destinada. Com igual objectivo, foram adquiridas novas viaturas, destinadas aos transportes gerais, reconhecimentos, deslocações de comandos e de armamentos, todas elas devidamente equipadas, de molde a poderem corresponder às necessidades de qualquer operação. Ultimaram-se novas instalações, melhoraram-se as existentes e procurou-se, através de um esforço contínuo, valorizar os aquartelamentos. Pelo que respeita, ainda, ao capítulo de Transmissões, criaram-se os meios necessários para garantir, não só as actuais exigências da luta moderna, mas também, e sobretudo, as ligações permanentes do Comando Geral, com os Comandos Distritais, unidades operacionais, unidades móveis em serviço a distância, e, também, com os diversos sectores da segurança pública. Todos estes sistemas de telecomunicações são coordenados de um Centro de Transmissões, que dispõe de aparelhagem moderna e eficaz para comando e controle, guarnecido com pessoal devidamente especializado. No campo da Defesa Radiológico, tem-se promovido, igualmente, o aperfeiçoamento de quadros próprios que, sob o ponto de vista operacional, possam corresponder, quando necessário, às duras exigências da missão. Assim, e desde já, tanto a Metrópole, como as llhas Adjacentes estão cobertos por aparelhagem adequada, em funcionamento permanente, que permite medir a radioactividade, a que possam estar sujeitas. Este sistema de defesa está a ser estruturado em ligação com os serviços congéneres da vizinha Espanha. Com a mesma finalidade, existe uma estreita ligação com o Serviço Meteorológico Nacional e a Junta de Energia Nuclear. Neste sector de actividade, funcionam cursos de agentes e de instrutores, preparando-se os elementos de informação que, oportunamente, serão difundidos pelas populações, a fim de que possam, se vier a ser necessário, utilizar os meios de defesa. Para se manter este trabalho actualizado, vários elementos da Defesa Civil do Território frequentaram cursos de especialização em países estrangeiros, realizando-se, para aplicação dos ensinamentos adquiridos, exercícios em vários escalões, incluindo o escalão nacional. Esta prática continua a observar-se, porquanto vários oficiais de milícia, seleccionados nas fileiras entre os mais aptos, são regularmente enviados aos centros de especialização de guerra subversiva e transformados, depois, em orientadores dos respectivos cursos — tanto dos que funcionam nos quadros do Quartel General, como nas principais unidades e subunidades das Províncias.
A Legião Portuguesa (26)
Legião Portuguesa: Expressão da Consciência Moral da Nação! Trigésimo aniversário da Legião Portuguesa, 1936 – 1966, no quadragésimo ano da Revolução Nacional. Actualização e Progresso
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