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Desde 1936, até hoje, os Chefes de Estado acompanharam, com manifesta simpatia, a criação e o desenvolvimento da Legião Portuguesa, na qual viram sempre o que ela, de facto, é: uma força de generosos voluntários, dada ao serviço das armas, por devotado amor à Pátria. Recorda-se, com profunda saudade, a fidalga figura do Marechal Carmona, que honrou, com a sua presença, e com os seus aplausos, o primeiro grande desfile da patriótico organização, em 28 de Maio de 1936— e que presidiu, depois disso, e enquanto viveu, a tantas manifestações legionárias, que se foram, sucessivamente, realizando. A Legião teve nele um grande, um extraordinário Amigo, em todas as horas e em todas as circunstâncias. A sua presença, nos actos oficiais da Legião, era sempre um acontecimento do mais alto significado moral e político: moral, porque transmitia a todos os legionários, com a nobreza do seu aprumo militar e a sua inexcedível simpatia, coragem para enfrentarem todas as dificuldades e fé bastante para as dominarem e vencerem; político, porque, com o seu exemplo, revigorava em todos e em cada um, os patrióticos sentimentos, tão necessários à luta, dos quais ele era, em realidade, um modelo vivo e, sob tantos aspectos, impressionante. A sua morte feriu profundamente o coração de todos os legionários, que continuam a lembrá-lo, com devotada e carinhosa saudade. Do Marechal Craveiro Lopes, que lhe sucedeu na Chefia da Nação, bastará lembrar que foi, durante muitos anos, e até pouco antes de ser eleito Presidente da República, Comandante Geral da Legião Portuguesa — facto que, por si só, revela o seu apreço pela patriótica organização e a perfeita identidade do seu espírito com os objectivos, que informam a sua existência. Quanto ao ilustre Chefe de Estado actual, Almirante Américo Tomaz, a Legião tem sobradas razões para se sentir igualmente honrada com a sua simpatia e preciosa amizade. Tal como o saudoso Marechal Carmona, a sua presença nos actos legionários empresta a estes uma solenidade especial, que deriva das suas altas e excepcionais qualidades de Português e de Homem de Bem. Como supremo Magistrado da Nação, consagrado pelo suas virtudes, pelo seu imperturbável bom senso, pela sua inteligência, e, ainda, pela sua superior linha de conduta e vivo patriotismo, a Legião vê nele, além do Guardião seguro dos destinos da Pátria, o verdadeiro amigo de todos os portugueses. No seguimento de uma tradição, que vem desde 1936, a Legião Portuguesa sente-se feliz, sempre que o venerando Chefe de Estado, com a sua presença nos actos legionários, honrando-a, lhe inspira coragem para continuar a servir, sempre mais e sempre melhor. Amparada por tão altas figuras da vida nacional, a Legião Portuguesa sente, afastando desânimos e hesitações, que vai, ao serviço da Pátria, por bom caminho.
A Legião Portuguesa (23)
Legião Portuguesa: Expressão da Consciência Moral da Nação! Trigésimo aniversário da Legião Portuguesa, 1936 – 1966, no quadragésimo ano da Revolução Nacional. Os Chefes de Estado e a Legião
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