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A Legião Portuguesa, por conseguinte, fixada no seu pensamento fundamental – que era o de bem servir a Nação – prosseguia, corajosamente, o seu caminho, ao findar o ano de 1939. Ampliava os seus quadros, robustecia a sua organização e cuidava, com entusiasmo, do seu aperfeiçoamento técnico, de modo a poder cumprir, em qualquer emergência, as missões, que lhe fossem destinadas. Recorda-se, a este propósito, que já em Outubro de 1937, com poucos meses de existência legal, a Legião Portuguesa comparticipou, com o efectivo de um Batalhão completo, nas manobras do Alentejo, realizadas pelo Exército, merecendo expressivos louvores do respectivo Comando da Divisão em manobras. O facto evoca-se para se concluir que, sem o mínimo desfalecimento, três anos depois, a Legião Portuguesa, como nas primeiras horas, continua a preparar-se, intensivamente, tendo em vista o disposto no artº 75, da Lei nº 1961, que diz:
«As forças da Legião Portuguesa podem, total ou parcialmente, ser chamadas a tomar parte em manobras anuais, a fim de lhes ser garantido o grau elevado de preparação militar.»
A par da preparação das forças existentes, registava-se, por toda a parte, o afluxo constante de novos alistamentos, como se a fogueira de são patriotismo, acesa em 1936, continuasse, viva e alta, a iluminar a alma portuguesa. Este engrossamento constante das fileiras tinha a sua justa expressão nos «juramentos de bandeira», realizados em todos os Comandos Distritais do Continente e das Ilhas Adjacentes, num rigoroso enquadramento militar e num ambiente de verdadeiro interesse, por parte das populações. Evoca-se, para exemplificar, a vitalidade da Legião Portuguesa e a sua constante progressão, o «juramento de bandeira» realizado em Lisboa dos novos alistados da área da Capital, em 9 de Julho de 1939. Precedido por vários exercícios de metralhadoras pesadas e ligeiras, de morteiros, de ginástica com armas, mais algumas centenas de homens resolutos, cheios de fé, vieram engrossar as filas densas da milícia e prestar o seu compromisso de honra com a mais decidida vontade de servir. Tiveram especial ressonância as palavras então proferidas, perante a formatura geral, pelo comandante de lança Dr. França Vigon, definindo, com a mais sóbria elegância, a missão dos legionários e o alto sentido da sua luta nacionalista e renovadora. Foi assim, em toda a parte: em Braga, com um brilhante desfile, comemorando o 13º aniversário da Revolução Nacional; em Viana do Castelo, na Guarda, em Beja, em Aveiro, em Faro, em Coimbra, etc., demonstrando, que estava, cada vez, mais viva, na alma dos legionários, a Fé nos destinos da Pátria e mais forte a confiança no rumo da Revolução Nacional. O mesmo frémito de patriótica devoção, que galvanizava os homens de terra, movimentava os homens do mar, integrados na Brigada Naval, os quais, ao findar o seu juramento de bandeira, em Agosto de 1939, pela voz do Comandante das forças em parada, 2º Tenente Horácio de Carvalho, se declaravam «prontos para a vida ou para a morte».
A Legião Portuguesa (10)
Legião Portuguesa: Expressão da Consciência Moral da Nação! Trigésimo aniversário da Legião Portuguesa, 1936 – 1966, no quadragésimo ano da Revolução Nacional. Prosseguindo o seu Caminho!
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