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Pretender refazer economicamente o País; dotá-lo de portos, de estradas e outros meios de comunicação; melhorar os serviços e a sua eficiência; desenvolver e embaratecer a produção; elevar o nível de vida das classes trabalhadoras e médias; iniciar e prosseguir uma política de estabilização; melhorar e intensificar o comércio externo e colonial, sem recursos abundantes e baratos, que o mesmo é dizer sem crédito, é querer o impossível. Pretender lançar operações de crédito sem moralidade administrativa, sem ordem nas finanças, sem estabilidade na moeda, é andar em busca de desilusões e arrastar levianamente pelo chão o prestígio e o próprio decoro do Estado. Pretender estabilizar a moeda, sangue da vida económica que se quer equilibrada e sadia, sem uma política definida e persistente de economias e de arrecadação regular de receitas que consolidem o equilíbrio e desafoguem o Tesouro; sem a regularização das contas em atraso, que ponha a tesouraria ao abrigo de grandes surpresas; sem o pagamento ou consolidação da dívida a curto prazo e sem a reforma do Banco emissor, é desconhecer a interdependência dos elementos que é necessário conjugar para garantir pleno êxito ao que há de mais delicado para as finanças e para a economia do País.
Os Grandes Problemas Nacionais (06)
(«O interesse nacional na política da Ditadura)) — Discurso na manifestação da União Nacional, em 17 de Maio — «Discursos», Vol. 1. págs. 119-120) - 1931 Consultar todos os textos »»
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