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(Continuação)
Efectivamente, logo que principiaram a desenhar-se as verdadeiras características da chamada Guerra Civil de Espanha, prontamente internacionalizada pela convergência das Brigadas Internacionais e transformada, por isso mesmo, em autêntica guerra de conquista, planeada e movida pelos técnicos de Moscovo, tornou-se evidente tratar-se de uma avançada comunista, destinada a conquistar a s duas nações peninsulares. Esta dramática verdade agitou a consciência dos legionários portugueses – muitos dos quais sentiram ser obrigação sua colaborarem ao lado das forças nacionalistas espanholas, comparticipando numa batalha que, ao fim e ao cabo, interessava, de igual maneira, tanto a Espanha, como a Portugal. Para estes homens, vinculados e um voluntário juramento, combater o comunismo em Espanha, evitando o seu alastramento, equivalia a uma defesa, por antecipação, das fronteiras de Portugal. Todos sabiam que, se o incêndio não fosse dominado na sua origem, as labaredas, tomando excepcional volume, viriam devastar, impetuosamente, a Casa Lusitana, pulverizando, na sua marcha, vidas e haveres, para cuja defesa, em tais circunstâncias, teria de empenhar-se a Nação inteira. Numa admirável antevisão dos acontecimentos, movidos pelo verdadeiro amor da Pátria, e numa clara atitude de fidelidade aos compromissos voluntariamente assumidos, ao inscreverem-se nos quadros da Legião Portuguesa, estes homens decidiram, «sua sponte», abandonando tudo, correr ao encontro do perigo, dando um alto exemplo de compreensão e de valentia, que não foi, ainda, devidamente exaltado. Sob o comendo dessa heroica figura de militar, que foi o Major Jorge Botelho Moniz, intemerato defensor das grandes Causas e animador inconfundível dos grandes movimentos, formou-se, em terras de Espanha, uma unidade de combate, que haveria de celebrizar-se pela nobreza do seu comportamento e ficar ligada, para sempre, ao historial emocionante da reconquista da Península. A acção dos «VIRIATOS» – designação patrioticamente escolhida para distinguir os combatentes portugueses – foi de excepcional relevância, em todas as frentes de batalha, merecendo dos Altos Comandos referências e distinções, que honram, sobremaneira, as tradições de valentia dos soldados de Portugal.
(Continua)
A Legião Portuguesa (06)
Legião Portuguesa: Expressão da Consciência Moral da Nação! Trigésimo aniversário da Legião Portuguesa, 1936 – 1966, no quadragésimo ano da Revolução Nacional. Alargamento e Consolidação.
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