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Apesar de tudo nós podemos orgulhar-nos de haver realizado em condições adversas, internas e externas, o que entre nós e antes de nós comummente se julgava impossível; e realizado não como quem atinge ofegante os altos cumes, em esforço que não há-de repetir-se, e repousa descendo, mas como quem lança alicerces, consolidados e estáveis, para obra duradoira. Talvez por circunstâncias ligadas ao conhecimento da nossa passada administração; talvez pelo momento internacional prenhe de dificuldades a resolver como herança de uma guerra quando outra se gerava; porventura pelo êxito de um pensamento simples e claro e de princípios de estrita moralidade que se haviam obliterado quase por toda a parte na consciência dos povos — a reorganização financeira teve para nós importância maior do que normalmente lhe caberia. Foi o ponto de partida de toda a reforma administrativa; influenciou beneficamente a moral da Nação; serviu de fundamento e garantia à própria revolução política e social; permitiu o revigoramento da economia e verdadeira floração de obras de interesse geral; serviu entre as nações como carta de crédito da nossa capacidade; entre elas foi tomada como o sinal mais certo do nosso ressurgimento e sobre o prestígio que nos deu permitiu até se edificasse ou reconstruísse, tomando alento em seus voos, a nossa política externa. Acima de tudo porém, acima de tudo teve para mim o mérito inigualável de se encontrar na base do verdadeiro processo de cura que tem feito ressurgir a Nação.
A BATALHA DA RESTAURAÇÃO FINANCEIRA DO PAÍS - (18)
(«A função pública e a burocracia» — Brinde na despedida de Ministro das Finanças, em 5 de Setembro — «Discursos», Vol. III. págs. 278-279) – 1940 Consultar todos os textos »»
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