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Embora seja excepcionalmente grave a crise universal e grandes as suas repercussões no País, este poderá vencer as dificuldades daí resultantes, melhorar as suas condições de existência e preparar a sua prosperidade. Não pode determinar-se desde já a influência da crise na execução do plano financeiro; ela não exigirá em caso algum a sua modificação, talvez apenas um desenvolvimento mais demorado e longo nalgumas operações. A apatia dos negócios vai repercutir-se nas receitas, diminuindo-as, mas o equilíbrio do Orçamento é bastante forte para aguentar essa diminuição, contrabalançada ainda pela maior economia que é de recomendar nas despesas correntes dos serviços. Não pode abandonar-se, antes se impõe prosseguir, desenvolver, completar a obra de saneamento financeiro e de defesa monetária, sem a qual se afigura impossível a reconstrução económica e se caminharia para situações piores do que as antigas. E nada de desânimos ou exagerados receios. Calma, muita calma. O medo e a desordem acarretariam para todos desastres e ruínas, que podem, que devem ser evitados, porque diminuiriam a nossa capacidade de resistência, sendo tão grandes as nossas possibilidades de cura.
A BATALHA DA RESTAURAÇÃO FINANCEIRA DO PAÍS - (11)
(«As contas públicas de 1929-1930» — Nota oficiosa de 15 de Novembro, publicada na Imprensa) - 1930 Consultar todos os textos »»
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