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(Continuação)
Nada direi do que forma o arsenal da obra clássica: reservas de terra, respeito dos usos e organização espontânea, justiça paternal, recrutamento e defesa do trabalhador, inspecções de trabalho. Contento-me para medir a obra feita com a sua prova indirecta mas formal: em dois milhões de quilómetros quadrados, vivemos em paz – e mais do que em paz, em compreensão com o nativo. Tivemos por sinal aí uma vez que nos defrontar com a calúnia: em S. Tomé. Outra vez que nos entender com um Estado vizinho: no Rand. Basta o que disse, me parece, para se concluir sobre as virtudes do que se fez. Foi o que fizemos de melhor no mundo. Só quero tocar num ponto que tem hoje acuidade maior. A defesa do indígena contra a miragem dos preços: na sua grandeza e na sua miséria. Se a organização corporativa propriamente dita pouco pode fazer, como é óbvio, neste particular, os institutos de coordenação económica têm aí uma tríplice missão a cumprir: preventiva, consultiva e disciplinadora. A palavra de ordem já lhes foi dada, aliás, por quem de direito. É uma questão capital. Nada mais perigoso do que a ingenuidade, porque não está defendida contra a desilusão.
(Continua)
Lugar e destino de Portugal: a Nau e a Tormenta (18)
Lugar e destino de Portugal: a Nau e a Tormenta – conferência feita na Sala de Portugal da Sociedade de Geografia de Lisboa, em 9 de Maio de 1942. Na sessão solene de encerramento da «Semana Colonial» - Fernando Emygdio da Silva, prof. da Faculdade de Direito Consultar todos os textos »»
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