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Senhor Presidente da República; Senhor Sub-Secretário de Estado das Colónias; Senhor Presidente da Sociedade de Geografia; Minhas Senhoras; Meus Senhores:
Não sei mesmo se chegou a haver o conjecturado propósito de fazê-lo. Mas num filme, em que fossem projectados os passos maiores da colonização portuguesa, o facto seguinte, com grandeza e verdade para entrar na história, teria, quando focado no «écran», luz e relevo bastantes para marcar, sem outro artifício, uma das resultantes melhores do destino nacional. O documentário só teria que retratar duas figuras e reproduzir-lhes a curta fala que entre si entabularam. São quatro palavras ao todo. Uma das figuras é o landim que fazia de sentinela à porta do pavilhão português da Exposição Colonial de Paris. Um soberbo landim, perfilado, de quási dois metros de altura, como que em bronze. A outra figura era a do marechal Lyautey. Um perfil da história, esse. A fala foi esta. Lyautey, ao entrar no pavilhão, depara com a imobilidade resplandecente do negro e tocado duplamente, na sua fibra militar e no seu interesse pelo indígena, pergunta com uma quási certeza ao soldado em continência: - Landim? Ao que o landim responde, hirto na sua disciplina imperturbada: - Senhor Marechal, português. A cena não é apenas feita para empolgar uma plateia latina. A cena começou por cavar fundo no pacificador de Marrocos
Lugar e destino de Portugal: a Nau e a Tormenta (01)
Lugar e destino de Portugal: a Nau e a Tormenta – conferência feita na Sala de Portugal da Sociedade de Geografia de Lisboa, em 9 de Maio de 1942. Na sessão solene de encerramento da «Semana Colonial» - Fernando Emygdio da Silva, prof. da Faculdade de Direito Consultar todos os textos »»
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