|
..:. TEXTOS
E a principal seria esta: de que, em face dos depoimentos que vos referi, e dos testemunhos quer de fontes imparciais – como é o caso da organização Internacional do Trabalho e da Organização Mundial da Saúde – quer de origens que não podem de modo algum ser consideradas senão como simpatizantes dos nossos detractores, a campanha difamatória contra Portugal deveria, pelo menos, deixar de incidir sobre os pontos que ficaram esclarecidos. Mas não é assim que acontece: a O. I. T. afirmou a não existência de trabalho forçado no Ultramar português – mas, de tempos a tempos, a acusação ressurge com base nas informações já refutadas; a O. M. S. declara excelentes os serviços de saúde ultramarinos e elogia a situação sanitária dos territórios – não obstante continua sendo dado curso a uma versão oposta; o Secretário Geral do ONU, Senhor Thant, declara que a configuração territorial e populacional ao tempo da admissão de um determinado estado da ONU deve assegurar a este respeito da sua integridade e da sua independência – e continua a ONU, como ainda o fez há menos de uma semana, a exigir a imposição de sanções contra Portugal por se recusar a aceitar o desmembramento do seu território; o Secretariado da ONU declara que a política de Portugal visa alcançar a paz – mas na mesma ocasião a Assembleia Geral, por força das maiorias automáticas, insiste em identificar a política portuguesa com o colonialismo e, por implicação, a considera-la como «crime contra a humanidade».
Imagem Exterior e Realidade Nacional (13)
Conferência pronunciada pelo embaixador de Portugal no Brasil, Dr. José Manuel Fragoso, na Escola Superior de Guerra, em 21 de Outubro de 1970 O ataque não cede perante a evidência, págs. 27 e 28
Consultar todos os textos »»
|