A obra de educação no Ultramar implica esforços e atitudes de todos os colonos. O “espírito de missão” tem de animar verdadeiramente quantos se dispõem a servir no Ultramar, em qualquer ramo de actividade. Nas Colónias, cada português “ensina”, com o seu trabalho, com o seu exemplo, com a irradiação de aprumo do seu procedimento. Para tanto importa aperfeiçoar a obra de selecção e de preparação, espiritual e técnica, dos que ali procuram desempenhar funções públicas ou angariar livremente meios de vida.
… Confiamos porventura demais na capacidade espontânea da nossa gente, e temos descurado a sua preparação sistemática para a vida colonial, quando é certo que, nas circunstâncias de hoje, já não basta a improvisação nem o simples jogo das faculdades naturais das pessoas.


À Juventude de Angola - Lições de Patriotismo (01)

Pelo Major Mateus Moreno – Edição da Casa da Metrópole, Editorial Angola, Lda. – Luanda 1946 –
Palavras do Director Geral do Ensino Colonial, Dr. Braga Paixão. Pág. 5