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A «VANGUARDA»
E a Vanguarda? Resposta amigável e compreensiva do Sr. Presidente da República: — Tenho a maior simpatia pelos rapazes cuja vida e animação só podem ser úteis a um Estado que se chama Novo. O espectáculo da mocidade é sempre um espectáculo admirável de espontaneidade e força. Há tempos, no Coliseu, assisti a uma festa de rapazes. Pois sabe qual foi o meu maior divertimento? Observar os movimentos frescos e desinteressados, dum grupo de estudantes que se encontrava na geral. Que alegria, que pureza, que vida, nos seus abraços que abraçavam, que não traíam, nos seus gritos nunca intencionais, nas suas gargalhadas, na sua boa alegria A «Vanguarda» merece-me, portanto, a maior simpatia e julgo que ela tem um grande papel a desempenhar no combate ao comunismo e a todas as ideias dissolventes que têm invadido a escola... Mas como se trata duma força juvenil, de natural e saudável exagero, é necessário carrilá-la, orientá-la e não a deixar cair em excessos que poderiam falsear o seu papel. Os novos têm o seu lugar no Estado Novo. Os velhos também... O equilíbrio tem sido a nossa força e não o devemos perder. A «Vanguarda» é um movimento que já não pode nem deve morrer. Que siga o seu caminho e que seja, por condição e lei da sua própria mocidade, um movimento generoso...
Documentos Políticos (10)
António Ferro no decorrer da entrevista, com o Presidente Carmona, 1934. Edição SPN Lisboa, pág.18 e 19 Consultar todos os textos »»
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