21 de novembro de 2024   
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(Continuação)

Demolidora vem a crise mundial que na opinião da engenheira Perpétua devia ter sido uma salvação para nós... por nós importarmos mais que exportamos. Com ela, naturalmente, vieram as falências e penhoras. Cunha Leal esfregará como esperto, as mãos de contente, e dirá: não é a crise a culpada; é o Salazar, seguindo a Perpétua. La politique oblige....
Quem tem a culpa de no Canadá se queimar o trigo como carvão para... o aproveitar?— Salazar. O culpado do desemprego da Inglaterra e na Alemanha—o Salazar. Do estoiro dos bancos da livre América? E assim por diante? Sempre o Dr. Oliveira Salazar... «Vão às colheitas os pardais?» «De quem a culpa senão dos Cabrais?»...
Ficará na história este novo imperador, este déspota das Finanças, que governando os orçamentos dum país de 6.000:000 de almas, conseguiu entortar o mundo inteiro!
Temos que confessar que é um Grande Homem!
Nem Carlos Magno, Napoleão, Assurbanipal, Alexandre ou Gengis-Khan!
Aí seus «reviralhistas» que fabricastes um novo Bonaparte com lápis em vez de espada!
Aí grandes fabricantes de bombas e mentiras!
Bernardino! Só mais esta vez, toca o hino! Anda, amor, toca.

(Continua)

EM DEFESA DO REGIME (08)

Da Pulhice do «Homo Sapiens» de Humberto Delgado. 1933, pág. 222 a 223.
Salazar, a Perpétua e o Cunha Leal. — Opiniões de Homens sobre Salazar. — Os orçamentos. — Para que servia afinal o Parlamento?

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Música de fundo: "PILGRIM'S CHORUS", from "TANNHÄUSER OPERA", Author RICHARD WAGNER
«Salazar - O Obreiro da Pátria» - Marca Nacional (registada) nº 484579
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