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(Continuação)
Demolidora vem a crise mundial que na opinião da engenheira Perpétua devia ter sido uma salvação para nós... por nós importarmos mais que exportamos. Com ela, naturalmente, vieram as falências e penhoras. Cunha Leal esfregará como esperto, as mãos de contente, e dirá: não é a crise a culpada; é o Salazar, seguindo a Perpétua. La politique oblige.... Quem tem a culpa de no Canadá se queimar o trigo como carvão para... o aproveitar?— Salazar. O culpado do desemprego da Inglaterra e na Alemanha—o Salazar. Do estoiro dos bancos da livre América? E assim por diante? Sempre o Dr. Oliveira Salazar... «Vão às colheitas os pardais?» «De quem a culpa senão dos Cabrais?»... Ficará na história este novo imperador, este déspota das Finanças, que governando os orçamentos dum país de 6.000:000 de almas, conseguiu entortar o mundo inteiro! Temos que confessar que é um Grande Homem! Nem Carlos Magno, Napoleão, Assurbanipal, Alexandre ou Gengis-Khan! Aí seus «reviralhistas» que fabricastes um novo Bonaparte com lápis em vez de espada! Aí grandes fabricantes de bombas e mentiras! Bernardino! Só mais esta vez, toca o hino! Anda, amor, toca.
(Continua)
EM DEFESA DO REGIME (08)
Da Pulhice do «Homo Sapiens» de Humberto Delgado. 1933, pág. 222 a 223. Salazar, a Perpétua e o Cunha Leal. — Opiniões de Homens sobre Salazar. — Os orçamentos. — Para que servia afinal o Parlamento?
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