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No meio das convulsões presentes nós apresentamo-nos como uma irmandade de povos, cimentada por séculos de vida pacífica e compreensão cristã, comunidade de povos que, sejam quais forem as suas diferenciações, se auxiliam, se cultivam e se elevam, orgulhosos do mesmo nome e qualidade de portugueses. Esta ideia de irmandade e de sujeição a um destino comum entre os mais povos da Terra não deixámos de vivê-la um momento, nem quando celebrámos festivamente os oitocentos anos da nossa vida independente, nem na hora alta da consagração do esforço missionário português em Roma, nem antes nos tristíssimos anos de guerra em que Macau e, ainda mais duramente, Timor tiveram de sofrer privações e ameaças ou mesmo as inclemências da invasão e ocupação estrangeiras. Mas agora curamos as feridas e muito simplesmente continuamos a nossa vida.
POLÍTICA ULTRAMARINA (08)
(«A Nação portuguesa, irmandade de povos» — Discurso às delegações que assistiram em Roma à canonização de S. João de Brito, em II de Julho — «Discursos», Vol. IV, págs. 282-283) – 1947 Consultar todos os textos »»
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