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Portugal é um velho país livre, homogéneo na sua formação, de fronteiras imutáveis quase desde que se constituiu em Estado independente, pacífico na história acidentada da Europa, mas afadigado no mar para onde se desenvolveu a sua força de expansão, descobrindo novos territórios que povoou, colonizou, civilizou, incorporou no seu próprio ser nacional. Somos filhos desse passado, e não por mera deferência pela vontade inequívoca de nossos pais, mas pela clara consciência do serviço que prestamos à paz da Europa e à civilização no mundo, nós afirmamos serenamente a vontade de sermos no presente e no futuro o que sempre fomos no passado — livres, independentes, colonizadores. Temos por nós, aqui e ao longe, o direito — da ocupação, da conquista, da descoberta, da acção colonizadora, da fazenda e sangue dos portugueses regando a terra por todas as partes do mundo, cultivando solo, desbravando a floresta, comerciando, pacificando, instruindo. É a vontade do povo; é o imperativo da consciência nacional. Desta derivam os princípios fundamentais do Acto Colonial; desta se alimenta a secular aliança de Portugal e da Inglaterra, que recentes acontecimentos da vida diplomática mais uma vez consagraram; nela se apoia o esforço de reorganização da nossa marinha, menos arma de guerra que embaixada permanente da Mãe-pátria junto dos portugueses de além-mar.
POLÍTICA ULTRAMARINA (01)
(O interesse nacional na política da Ditadura» — Discurso na manifestação da U. N., em 17 de Maio — «Discursos», Vol. 1, págs. 132-133) – 1931 Consultar todos os textos »»
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