7 de dezembro de 2024   
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Tenho, como homem de governo, na convicção de que sirvo a honra do Exército, lutado sempre por que não seja diminuída, amesquinhada, reduzida às proporções de pronunciamento militar ou de revolução partidária a intervenção da força armada, quando pretendeu assegurar o apoio necessário a uma obra que de outra forma se não poderia realizar. Tenho sustentado sempre, contra tendências várias, esboçadas aqui e além, que não podia ser pensamento inicial do 28 de Maio, e seria em qualquer caso contrário aos deveres do Exército e ao seu prestígio, reduzir o problema português a uma arrumação de forças partidárias, substituir o governo de uma facção pelo governo de outra facção, mas que o que se pretendia era obter o estabelecimento de condições políticas, administrativas, económicas, sociais e de cultura susceptíveis de garantir, por uma verdadeira revolução, o renascimento da Nação Portuguesa.

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É neste pensamento de revolução pacífica mas integral, pretendendo atingir todas as manifestações da vida portuguesa e não só a camada política — mero fruto e expoente da nossa desorganização social — que se integra o projecto de Constituição hoje apresentado ao País. Ela procura construir, sem riscos de saltos bruscos, o Estado Novo que Portugal tem de ser, encerrando a época de liberalismo individualista e fazendo predominar o equilibrado nacionalismo que se inspira no destino histórico da Nação Portuguesa e nos princípios da verdadeira ciência social. Quem toma as posições representadas por este projecto nem pretende combinações de nenhuma espécie com elementos que fiquem amarrados às antigas ideias partidárias e parlamentaristas, por mais elevada que seja a sua honorabilidade pessoal e os seus serviços passados, nem pode querer nenhuma aventura confiada à violência. Pretende reflectidamente, resolutamente, constituir em Portugal um Estado forte, com todas as garantias para os cidadãos, para a Nação e os seus elementos orgânicos, para a independência do comando que o País confie ao seu Chefe e para a eficácia do Governo livremente nomeado por ele, em atenção às necessidades da administração pública.


O Problema da Educação (07)

- («O Exército e a Revolução Nacional» — Discurso em 28 de
Maio — «Discursos», Vol. 1, págs. 141 e 145-146) - 1932

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Música de fundo: "PILGRIM'S CHORUS", from "TANNHÄUSER OPERA", Author RICHARD WAGNER
«Salazar - O Obreiro da Pátria» - Marca Nacional (registada) nº 484579
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