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28/09/2013 14:35:19

Anda para aí um idoso
Sempre alegre e sorridente
Mas é muito teimoso
Quer estar sempre presente

O Sr. não vê que é velho
Já não sabe o que diz
Ouça lá o meu conselho
Não lixe mais o País

Já subiu muito degrau
Sempre á custa da malícia
Em Nafarros e no Vau
Tratou tão mal a Polícia

Não se esqueça que o polícia
É cidadão Português
Não use mais a malícia
Peça perdão pelo que fez

Quando foi 1º Ministro
Tempos tão mal governados
O seu coração sinistro
Enganou os apaniguados

Há tempos pedi a Deus
Grande favor lhe pedi
Que me salve a mim e aos meus
E que nos afaste de si

Siga lá outros caminhos
Que é para eu agradecer
Dedique-se mais aos netinhos
E não volte a aparecer

Já foi Presidente duas vezes
Fez um trabalho profundo
Á custa dos Portugueses
Deu duas voltas ao mundo

Já nos falta a paciência
Nem ao Sr???? fica bem
Na idade da demência
Já dvia ter ido para o além

Quer sempre voltar outra vez
Toda a esquerda anda risonha
Eu como bom Português
Ando triste, é uma vergonha

Tudo o que fez foi tão mau
Quando o País desgovernou
Obras só as fez no Vau
Nem as licenças pagou

Ao lembrar o mal que fez
E para acabar com a questão
Eu não quero perder a vez
De lhe chamar aldabrão

E para remate final
Para que lhe dê azar
Desejo de novo um Dr. Salazar
Para governar Portugal

José Ferreira- Loures TOPO

27/09/2013 18:14:54

TALVEZ NÃO SAIBAM
Cada voto vale para os partidos 1/135 do salário mínimo nacional, por cada ano da legislatura, ou seja, 3,60 Euros por cada voto, por cada ano da Legislatura (14,40 Euros pelos 4 anos).

Nos casos dos votos brancos ou nulos, esse valor é distribuído por todos os partidos concorrentes às eleições, assim, só abstendo-me de votar é que o dinheiro do meu voto não vai para os partidos que tem destruído o País.

Se os cerca de 5.000.000 eleitores não comparecerem às eleições, poupamos mais de 70.000.000 de Euros ao Estado, evitando-se assim que os cortes das reformas de 2014 não sejam tão elevados (10%).

Mas cada um faz como achar melhor.

Artur Silva -- Santarém

Artur Silva- Santarém TOPO

27/09/2013 16:18:08

Apresento de seguida um texto do Pompílio da Cruz do livro " Angola os vivos e os mortos " que relata o que foi " a exemplar descolonização " efectuada pela cambada, que assaltou o poder em Portugal no 25 de Abril. Quando é que veremos os responsáveis por tamanhas atrocidades julgados e condenados??? Pobre Povo que diaboliza o Dr. Salazar nos media e homenageia traidores e vendilhões da Pátria.
Pobre Povo que cospe no prato onde comeu durante o Estado Novo e preferiu receber migalhas do Estrangeiro para destruir o trabalho e a herança de 25 gerações???Segue-se o texto:

Em 10 de Janeiro de 1975, partiu, de Luanda para Lisboa, a missão que participou, com o Governo portu­guês, no Acordo de Alvor.
Presidida por Rosa Coutinho, todos os conselheiros eram da etnia branca: Salvação Barreto, representando os transportes rodoviários; Américo Silva, da Intersindical dos trabalhadores; Cardoso da Cunha, pelas indústria e pecuá­ria; eng. António Castilho, da Associação Industrial de An­gola; Morais Sarmento, para os assuntos económicos; e o eng. Falcão. Foram eles os elementos mais preponderantes, na Penina, no hotel D. João II.
Creio oportuno transcrever, desde já, as palavras pro­feridas, em 1 de Janeiro de 1975, em Adis-Abeba, por Azevedo Júnior,, membro do comité central e do "bureau" dos Assuntos Externos da Revolta Activa: "Há o perigo real de uma guerra civil em Angola, caso os movimentos de libertação não esqueçam as suas divergências. O recente acordo de cessar-fogo entre o ministro português dos Negó­cios Estrangeiros, dr. Mário Soares, e o presidente do MPLA, dr. Agostinho Neto, não têm uma base sólida. O dr. Neto não tem o apoio da população de Angola, porque não somos comunistas. E se a guerra se desencadear, ela se deverá, tão-somente, à irresponsabilidade das Forças Arma­das portuguesas e à cegueira política do Governo de Lis­boa, bem como dos seus lacaios, e à cobardia dos brancos"
A Acordo de Alvor foi uma traição e uma afronta.
Uma traição porque não correspondeu aos interesses nacionais, amputando o espaço territorial, nem sequer ao futuro dos países que se pretendeu(? ) construir.
Uma afronta, porque o local escolhido para a sua as­sinatura, em vez de ser a Penina, era Sagres, o que conspur­caria a pureza da gesta de um País que, charruando os ma­res, ofereceu melhores condições de vida a milhões e mi­lhões de pessoas, por todas as partes do Mundo.
O Acordo de Alvor foi, também, erro crassíssimo (ou cobardia) do Governo português, ao aceitar, como úni­cos e legítimos representantes do povo angolano, os três movimentos de libertação. Nenhum em separado, nem os três em conjunto, podiam arrogar-se o direito de represen­tação do verdadeiro povo-povo de Angola. Teria de pensar-se nos movimentos e partidos do pós-"25 de Abril" que, pêra circunstância de não tentarem impor-se pelas ar­mas, por serem pacifistas, por se negarem à razão da força, nem assim deixavam de defender sectores apreciáveis da população. Teria de pensar-se na etnia branca e necessaria­mente ouvi-la a acautelar-lhe a sobrevivência. Ou o "25 de Abril" não quis instaurar a democracia em Portugal?
De antemão, o Acordo de Alvor estava condenado ao fracasso. O fracasso irreversível de um contrato cujas cláusulas ninguém podia cumprir: nem os movimentos de libertação, nem o Governo português. Não eram precisas artes de bruxaria para o advinhar. Antes de Alvor, havia indícios evidentíssimos de que as diferenciações étnicas, ideológicas, até linguísticas, seriam factores próximos de lutas tribais, que de libertação pouco tinham.
O MPLA, a FNLA, a UNITA não podiam governar em unidade, quer num regime de transição, quer após de­clarada a independência. Era impossível — e os aconteci­mentos subsequentes o comprovaram.
A incapacidade (ou seria leviandade misturada com traição? ) dos entreguistas portugueses fê-los esquecer as in­gerências estrangeiras. A persistência de Mobutu, desde 1973: em Mogadíscio, quando conveceu Chipenda a não reingressar nas falanges de Agostinho Neto, porque lhe convinha destruir o MPLA; em Kampala, em Maio de 1974 de mãos dadas com Amin, Presidente do Uganda e da OUA, pretendendo a intervenção em Angola, condenan­do, aliás justamente, a protecção de Lisboa ao MPLA, mas de olhos postos em Cabinda, nas suas riquezas em madeira e petróleo.
O Acordo de Alvor, nem extinguiu, nem atenuou as disputas dos três movimentos de libertação, as suas mútuas acusações, os insultos que trocavam, as agressões que se faziam, destroçando, Angola. Muito mais tarde em Maio de
1975. Chipenda foi à Namíbia, pedir auxílio que terminas­se com este estado de coisas. Não pôde, entretanto, avis­tar-se com as autoridades da África do Sul. E Agostinho Neto afirmava que "chegara a altura de ajustar contas com o imperialismo".
O programa do MFA, que não chegou a valer o pa­pel em que o escreveram foi clamorosamente desprezado no Algarve. Esperávamo-lo, pela atroz observação do que ocorria em Portugal e no Ultramar. Ninguém se entendia e todos pelejavam. Cada um largado à sua sorte, à sua inicia­tiva, à sua determinação ou à sua fraqueza. Quem tivesse mais força ou mais artimanha, agarraria o melhor "tacho". Bem-comum? Que é isso de bem-comum?
Angola, um país que ainda não nascera, tinha a mortalha por berço. O Governo português, solene e sério, cedeu a colónia ao povo. Mas que povo? Mas a que autoridade? Portugal demitia-se das suas obrigações, como se to­masse um banho lustral. E os que ficavam por lá? E os que de lá eram naturais? E os que, como eu, lá se tinham radicado há quase meio século? A sua frustração, o fracas­so do seu trabalho, a cova que se lhes cavava aos pés?
A Cimeira de Alvor constituiu o supremo embuste para Angola. A fraternidade entre as etnias e os grupos ét­nicos, que a presença portuguesa cimentava, transmutou-se em ambição, em vingança, em humilhação e ódio. Como se fosse possível com um rabisco feito à mesa de luxuoso ho­tel, congregar tribos, obrigar, por exemplo, Quicongos e Umbundos a comungarem no ideal de uma Pátria de que desconhecem o significado. Ã lupa de um pragmatismo de­sapaixonado, o Acordo de Alvor fez recuar os angolanos em décadas de civilização. Vaal Neto, instruído e conscien­te, desabafou, eufórico, na vitória de um grande comissá­rio, mal chegou a Luanda, vindo do Algarve: "Porreiro! Com a independência, irmãos, já não precisamos de traba­lhar!" A Pátria dos angolanos eram os portugueses que lha davam. Os mentores do "25 de Abril" quiseram ignorá-lo. Negaram muitas das realidades positivas da acção dos portu­gueses em África.
Arredaram as causas para se aferrarem à superficiali­dade dos efeitos. Construíram sobre areia, viciaram o bara­lho, desfalcando-o do realismo e abusando da sincera ho­nestidade dos parceiros.
Durante séculos, os portugueses ousaram lutar pelo seu destino. Em Alvor não enfrentaram os próprios senti­mentos. Gatos a retirar sardinhas das brasas, taparam os ouvidos ao passado e assinaram a rendição do Ultramar. E os que lá estavam? E os que estavam cá?
Foi desprezada a História e a Razão. Em Alvor, cal­caram honra e dignidade. Entretanto, séculos fora, oferece­ra-se uma Pátria aos que a não tinham. Uma língua aos que se desentendiam nos dialectos. A paz, aos que se com­batiam. A valorização da economia, sem desarticular ancestralidades.
O Velho Restelo apodou de loucura a era dos Des­cobrimentos. Alvor confirmou que foi ele o único portu­guês com os dons de um mágico profeta. Mas apetece di­zer, como Dante, na Divina Comédia: "Por mim, por aqui, se vai parar à cidade das lágrimas e da dor"
O Governo de transição tomou posse em 31 de Ja­neiro de. 1975.
De início se viu, pela heterogeneidade dos seus mem­bros, pela sua vaidade, pelo seu orgulho "de destruição", que não dobrariam o Cabo das Tormentas.
Ministros e secretários, na arrogância de altos cargos para que não estavam preparados; no desconhecimento da actualidade angolana, motivado por anos e anos de exílio; na petulância do mando irreflectido, não aceitaram os prés­timos da etnia branca, que, lealmente, queria colaborar na obra de um país novo. Astros guindados à pressa para o firmamento político, cada qual "puxava" para o grupo ét­nico a que pertencia. Nenhuma bússola os pôde guiar para o caminho da unidade.
Tanto se desentendiam, que os comunicados oficiais eram lidos em português e repetidos em sete línguas que eles chamavam nacionais, mas que eram, apenas, dialectos. Uma como que unidade-desunião, que porfiaram por emen­dar pêlos mais ineficazes meios.
Leis, ninguém as cumpria. Era a inversão dos valores, a anarquia em todos os sentidos.
Em princípios de Outubro, o MPLA, embora tivesse expulsado de Luanda os outros dois movimentos, escassas ilusões alimentava, porque a sua administração se confinava a parte dos distritos de Luanda, do Quanza Norte, do Quanza Sul e a bolsas de Malange e de Henrique Carvalho.
Em 11 de Novembro festejou-se a independência.
Na noite de 10 para 11, com mortos e feridos em funestos tiroteios, terminava euforicamente a presença por­tuguesa em Angola.
No céu escurecido, viam-se o rebentar das granadas de morteiros e as balas tracejantes, em fogo de artifício que nos enlutava.
Dias antes, tinham sido retiradas as estátuas existen­tes em Luanda, excepto a de homenagem aos Combatentes da Grande Guerra, talvez pêlos seus peso e volume, talvez porque pensem em a aproveitar, mudando-lhe as legendas. Fosse pelo que fosse, a "Maria da Fonte", como chamavam à estátua, lá ficou. As restantes foram despedaçadas entre arruaças e gritos da malta de selvagens, que nos fazia chegar lágrimas aos olhos. Tive a desfortuna de assistir à depredação dos monumentos a Luís de Camões e a Salva­dor Correia.
No dia 10, à tarde, o alto-comissário, Leonel Cardo­so, mandou arriar a bandeira nacional, meteu-a debaixo do braço e embarcou numa fragata. Do navio, dirigiu a sua mensagem de despedida, fria e protocolarmente. Aparente­mente, não o comoveu sentir que enterrava — maestro de uma peça fúnebre, que os vindouros condenarão — cinco séculos de História.
Agostinho Neto foi empossado, a 12, no cargo de Presidente da República Popular de Angola, numa cerimó­nia realizada no palácio.
Notou-se, de imediato, uma inesperada modificação dos negros. Mostravam-se menos arrogantes e ostentosos. Parecia ser possível restabelecer a convivência com eles, que se tinham quebrado barreiras de retraimento e descon­fiança, acentuadas nos últimos meses.
Sol de pouca dura, todavia. A hipersensibilidade da população veio ao de cima, devido à escassez de alimenta­ção. Protestavam e gritavam críticas ao Governo, já então angolano. "Que nos valeu mudar de bandeira e sermos in­dependentes, se agora temos fome? " — ouvi num super­mercado de prateleiras vazias.
E a fome é má conselheira. Os géneros em pequena quantidade e a preços fabulosos, produziram novos focos de desordem e de indisciplina social.
A "adjudicação" de Angola ao MPLA era, para nós, ponto assente pelo Governo de Lisboa, que, clara, sistemá­tica e perseverantemente, apostara em retalhar o Ultramar português em Estados comunistas.
Descolonização, a partir do "original processo", é vocábulo de vergonha. Debruço-me sobre uma profecia, que alguém fez, em 1946: "Tempos houve em que os portugueses se dividiam acerca da forma de melhor servir a Pátria; talvez se aproximem tempos em que a grande divi­são, o inultrapassável abismo, há-de ser entre os que ser­vem a Pátria e os que a negam". Ela aí está, cumprida, na "descolonização exemplar". Exemplar de genocídios — nis­so o foi. Mais de trezentos mil mortos em Angola, segundo números divulgados pêlos movimentos de libertação. Mais de trezentos mil mortos, em assassínios ou pela fuga desor­denada ao martírio.
Catorze anos de guerra em 3 frentes coloniais não custaram tantas vidas.
Pairando acima dos culpados, a figura em corpo in­teiro dessa caricatura paradoxal de militar e político, balanceando-se, como boneco sempre-em-pé, entre o sim e o não, untuoso e ambíguo, aplaudindo prepotências e sancio­nando desmandos contra quem esteve a seu lado e o ser­viu: Costa Gomes, que foi comandante-chefe das Forças Armadas em Angola. Um general que mudou de pelo como a osga, requintado no mimetismo do camaleão. Leiam-se os "Extracto de Entrevistas que Definem a Doutrina Sócio--Político-Militar do Comandante-Chefe em Angola — gene­ral Francisco da Costa Gomes", edição da CCFAA, Luan­da, 1972. E tirem-se conclusões, comparando o seu com­portamento depois do 25 de Abril.
Deixei para o fim Mário Soares, ilusionista do socia­lismo, o "bolacha", como o alcunhavam os alunos do Colé­gio Moderno. Dói-me criticar o filho do querido e saudoso João Lopes Soares, o romântico democrata, o eloquente tribuno, o mestre sabedor e humilde, com um coração on­de cabia o Mundo, uma inteligência que iluminou gerações, um calor humano que repartia por toda a gente. No entan­to, Mário Soares terá de ser julgado, por muito que me doa. Jactando-se de ter acabado com os ricos em Portugal (melhor fora que tivesse acabado com os pobres), Soares sujeitou o seu partido a cão de caca do PC, sujeitando-se a ser cão das sujas lucubrações de Cunhal. E ei - lo, misto de menino de coro e de menino-demónio, a precipitar a tragé­dia. A descolonização não pode ser descrita em algumas pinceladas, muito embora de cores sombrias. Há que lhe dissecar as causas, enumerar os malefícios, retratar os auto* rés, carregar-lhe os contornos sem tibiezas, sem ódio sufo­cante, nem a piedade hipócrita dos falsos cristãos. Para cri­me tão monstruoso é indispensável reflectir, colher os tes­temunhos das vítimas, averiguar onde começa a desonra dos responsáveis, onde acabou a desvergonha dos vendi­lhões.
A descolonização bem merece que se lhe dedique um livro branco, em que seja exposto e narrado em porme­nor o calvário de quantos deixaram, em África, a vida, os bens, o coração. Um livro branco sobre os vivos e os mor­tos, em que os vivos são os mortos e os mortos são os vi­vos. Um livro branco que estabeleça os parâmetros dos ter­ritórios onde poisou a traição.
Sorriam-se de troça ou apelo se lhes arrepiava de horror, quando os opositores do antigo regime repetiam a frase de Salazar: "Estamos orgulhosamente sós".
Passado o histerismo de uma liberdade que o não é, abertas as janelas do País para o Mundo, bradando, em gri­ta de "vencedores", que descolonizámos, ficámos "vergo­nhosamente sós".
"A Europa está connosco — vangloria-se Mário Soares: Qual Europa? Quais os estímulos moral e material que recebemos dela?
Desfaçatez? Desequilíbrio mental? Megalomania? Ginástica política?
A quem serve a demagogia?
Mário Soares, pregoeiro de um País em leilão, não se deteve no preço. Muito? Pouco? Nada? Como se desfo­lhasse malmequeres... Se a Europa está connosco!...
As lágrimas não podem ser gargalhadas. O silêncio, na barra do tribunal popular é pactuar com os criminosos.
Eu, refugiado, não me calarei.

(Texto retirado do livro ANGOLA, os vivos e os mortos - Autor: Pompílio da Cruz. )
(Foto meramente ilustrativa)
UMA MORTALHA, POR BERÇO

Em 10 de Janeiro de 1975, partiu, de Luanda para Lisboa, a missão que participou, com o Governo portu­guês, no Acordo de Alvor.
Presidida por Rosa Coutinho, todos os conselheiros eram da etnia branca: Salvação Barreto, representando os transportes rodoviários; Américo Silva, da Intersindical dos trabalhadores; Cardoso da Cunha, pelas indústria e pecuá­ria; eng. António Castilho, da Associação Industrial de An­gola; Morais Sarmento, para os assuntos económicos; e o eng. Falcão. Foram eles os elementos mais preponderantes, na Penina, no hotel D. João II.
Creio oportuno transcrever, desde já, as palavras pro­feridas, em 1 de Janeiro de 1975, em Adis-Abeba, por Azevedo Júnior,, membro do comité central e do "bureau" dos Assuntos Externos da Revolta Activa: "Há o perigo real de uma guerra civil em Angola, caso os movimentos de libertação não esqueçam as suas divergências. O recente acordo de cessar-fogo entre o ministro português dos Negó­cios Estrangeiros, dr. Mário Soares, e o presidente do MPLA, dr. Agostinho Neto, não têm uma base sólida. O dr. Neto não tem o apoio da população de Angola, porque não somos comunistas. E se a guerra se desencadear, ela se deverá, tão-somente, à irresponsabilidade das Forças Arma­das portuguesas e à cegueira política do Governo de Lis­boa, bem como dos seus lacaios, e à cobardia dos brancos"
A Acordo de Alvor foi uma traição e uma afronta.
Uma traição porque não correspondeu aos interesses nacionais, amputando o espaço territorial, nem sequer ao futuro dos países que se pretendeu(? ) construir.
Uma afronta, porque o local escolhido para a sua as­sinatura, em vez de ser a Penina, era Sagres, o que conspur­caria a pureza da gesta de um País que, charruando os ma­res, ofereceu melhores condições de vida a milhões e mi­lhões de pessoas, por todas as partes do Mundo.
O Acordo de Alvor foi, também, erro crassíssimo (ou cobardia) do Governo português, ao aceitar, como úni­cos e legítimos representantes do povo angolano, os três movimentos de libertação. Nenhum em separado, nem os três em conjunto, podiam arrogar-se o direito de represen­tação do verdadeiro povo-povo de Angola. Teria de pensar-se nos movimentos e partidos do pós-"25 de Abril" que, pêra circunstância de não tentarem impor-se pelas ar­mas, por serem pacifistas, por se negarem à razão da força, nem assim deixavam de defender sectores apreciáveis da população. Teria de pensar-se na etnia branca e necessaria­mente ouvi-la a acautelar-lhe a sobrevivência. Ou o "25 de Abril" não quis instaurar a democracia em Portugal?
De antemão, o Acordo de Alvor estava condenado ao fracasso. O fracasso irreversível de um contrato cujas cláusulas ninguém podia cumprir: nem os movimentos de libertação, nem o Governo português. Não eram precisas artes de bruxaria para o advinhar. Antes de Alvor, havia indícios evidentíssimos de que as diferenciações étnicas, ideológicas, até linguísticas, seriam factores próximos de lutas tribais, que de libertação pouco tinham.
O MPLA, a FNLA, a UNITA não podiam governar em unidade, quer num regime de transição, quer após de­clarada a independência. Era impossível — e os aconteci­mentos subsequentes o comprovaram.
A incapacidade (ou seria leviandade misturada com traição? ) dos entreguistas portugueses fê-los esquecer as in­gerências estrangeiras. A persistência de Mobutu, desde 1973: em Mogadíscio, quando conveceu Chipenda a não reingressar nas falanges de Agostinho Neto, porque lhe convinha destruir o MPLA; em Kampala, em Maio de 1974 de mãos dadas com Amin, Presidente do Uganda e da OUA, pretendendo a intervenção em Angola, condenan­do, aliás justamente, a protecção de Lisboa ao MPLA, mas de olhos postos em Cabinda, nas suas riquezas em madeira e petróleo.
O Acordo de Alvor, nem extinguiu, nem atenuou as disputas dos três movimentos de libertação, as suas mútuas acusações, os insultos que trocavam, as agressões que se faziam, destroçando, Angola. Muito mais tarde em Maio de
1975. Chipenda foi à Namíbia, pedir auxílio que terminas­se com este estado de coisas. Não pôde, entretanto, avis­tar-se com as autoridades da África do Sul. E Agostinho Neto afirmava que "chegara a altura de ajustar contas com o imperialismo".
O programa do MFA, que não chegou a valer o pa­pel em que o escreveram foi clamorosamente desprezado no Algarve. Esperávamo-lo, pela atroz observação do que ocorria em Portugal e no Ultramar. Ninguém se entendia e todos pelejavam. Cada um largado à sua sorte, à sua inicia­tiva, à sua determinação ou à sua fraqueza. Quem tivesse mais força ou mais artimanha, agarraria o melhor "tacho". Bem-comum? Que é isso de bem-comum?
Angola, um país que ainda não nascera, tinha a mortalha por berço. O Governo português, solene e sério, cedeu a colónia ao povo. Mas que povo? Mas a que autoridade? Portugal demitia-se das suas obrigações, como se to­masse um banho lustral. E os que ficavam por lá? E os que de lá eram naturais? E os que, como eu, lá se tinham radicado há quase meio século? A sua frustração, o fracas­so do seu trabalho, a cova que se lhes cavava aos pés?
A Cimeira de Alvor constituiu o supremo embuste para Angola. A fraternidade entre as etnias e os grupos ét­nicos, que a presença portuguesa cimentava, transmutou-se em ambição, em vingança, em humilhação e ódio. Como se fosse possível com um rabisco feito à mesa de luxuoso ho­tel, congregar tribos, obrigar, por exemplo, Quicongos e Umbundos a comungarem no ideal de uma Pátria de que desconhecem o significado. Ã lupa de um pragmatismo de­sapaixonado, o Acordo de Alvor fez recuar os angolanos em décadas de civilização. Vaal Neto, instruído e conscien­te, desabafou, eufórico, na vitória de um grande comissá­rio, mal chegou a Luanda, vindo do Algarve: "Porreiro! Com a independência, irmãos, já não precisamos de traba­lhar!" A Pátria dos angolanos eram os portugueses que lha davam. Os mentores do "25 de Abril" quiseram ignorá-lo. Negaram muitas das realidades positivas da acção dos portu­gueses em África.
Arredaram as causas para se aferrarem à superficiali­dade dos efeitos. Construíram sobre areia, viciaram o bara­lho, desfalcando-o do realismo e abusando da sincera ho­nestidade dos parceiros.
Durante séculos, os portugueses ousaram lutar pelo seu destino. Em Alvor não enfrentaram os próprios senti­mentos. Gatos a retirar sardinhas das brasas, taparam os ouvidos ao passado e assinaram a rendição do Ultramar. E os que lá estavam? E os que estavam cá?
Foi desprezada a História e a Razão. Em Alvor, cal­caram honra e dignidade. Entretanto, séculos fora, oferece­ra-se uma Pátria aos que a não tinham. Uma língua aos que se desentendiam nos dialectos. A paz, aos que se com­batiam. A valorização da economia, sem desarticular ancestralidades.
O Velho Restelo apodou de loucura a era dos Des­cobrimentos. Alvor confirmou que foi ele o único portu­guês com os dons de um mágico profeta. Mas apetece di­zer, como Dante, na Divina Comédia: "Por mim, por aqui, se vai parar à cidade das lágrimas e da dor"
O Governo de transição tomou posse em 31 de Ja­neiro de. 1975.
De início se viu, pela heterogeneidade dos seus mem­bros, pela sua vaidade, pelo seu orgulho "de destruição", que não dobrariam o Cabo das Tormentas.
Ministros e secretários, na arrogância de altos cargos para que não estavam preparados; no desconhecimento da actualidade angolana, motivado por anos e anos de exílio; na petulância do mando irreflectido, não aceitaram os prés­timos da etnia branca, que, lealmente, queria colaborar na obra de um país novo. Astros guindados à pressa para o firmamento político, cada qual "puxava" para o grupo ét­nico a que pertencia. Nenhuma bússola os pôde guiar para o caminho da unidade.
Tanto se desentendiam, que os comunicados oficiais eram lidos em português e repetidos em sete línguas que eles chamavam nacionais, mas que eram, apenas, dialectos. Uma como que unidade-desunião, que porfiaram por emen­dar pêlos mais ineficazes meios.
Leis, ninguém as cumpria. Era a inversão dos valores, a anarquia em todos os sentidos.
Em princípios de Outubro, o MPLA, embora tivesse expulsado de Luanda os outros dois movimentos, escassas ilusões alimentava, porque a sua administração se confinava a parte dos distritos de Luanda, do Quanza Norte, do Quanza Sul e a bolsas de Malange e de Henrique Carvalho.
Em 11 de Novembro festejou-se a independência.
Na noite de 10 para 11, com mortos e feridos em funestos tiroteios, terminava euforicamente a presença por­tuguesa em Angola.
No céu escurecido, viam-se o rebentar das granadas de morteiros e as balas tracejantes, em fogo de artifício que nos enlutava.
Dias antes, tinham sido retiradas as estátuas existen­tes em Luanda, excepto a de homenagem aos Combatentes da Grande Guerra, talvez pêlos seus peso e volume, talvez porque pensem em a aproveitar, mudando-lhe as legendas. Fosse pelo que fosse, a "Maria da Fonte", como chamavam à estátua, lá ficou. As restantes foram despedaçadas entre arruaças e gritos da malta de selvagens, que nos fazia chegar lágrimas aos olhos. Tive a desfortuna de assistir à depredação dos monumentos a Luís de Camões e a Salva­dor Correia.
No dia 10, à tarde, o alto-comissário, Leonel Cardo­so, mandou arriar a bandeira nacional, meteu-a debaixo do braço e embarcou numa fragata. Do navio, dirigiu a sua mensagem de despedida, fria e protocolarmente. Aparente­mente, não o comoveu sentir que enterrava — maestro de uma peça fúnebre, que os vindouros condenarão — cinco séculos de História.
Agostinho Neto foi empossado, a 12, no cargo de Presidente da República Popular de Angola, numa cerimó­nia realizada no palácio.
Notou-se, de imediato, uma inesperada modificação dos negros. Mostravam-se menos arrogantes e ostentosos. Parecia ser possível restabelecer a convivência com eles, que se tinham quebrado barreiras de retraimento e descon­fiança, acentuadas nos últimos meses.
Sol de pouca dura, todavia. A hipersensibilidade da população veio ao de cima, devido à escassez de alimenta­ção. Protestavam e gritavam críticas ao Governo, já então angolano. "Que nos valeu mudar de bandeira e sermos in­dependentes, se agora temos fome? " — ouvi num super­mercado de prateleiras vazias.
E a fome é má conselheira. Os géneros em pequena quantidade e a preços fabulosos, produziram novos focos de desordem e de indisciplina social.
A "adjudicação" de Angola ao MPLA era, para nós, ponto assente pelo Governo de Lisboa, que, clara, sistemá­tica e perseverantemente, apostara em retalhar o Ultramar português em Estados comunistas.
Descolonização, a partir do "original processo", é vocábulo de vergonha. Debruço-me sobre uma profecia, que alguém fez, em 1946: "Tempos houve em que os portugueses se dividiam acerca da forma de melhor servir a Pátria; talvez se aproximem tempos em que a grande divi­são, o inultrapassável abismo, há-de ser entre os que ser­vem a Pátria e os que a negam". Ela aí está, cumprida, na "descolonização exemplar". Exemplar de genocídios — nis­so o foi. Mais de trezentos mil mortos em Angola, segundo números divulgados pêlos movimentos de libertação. Mais de trezentos mil mortos, em assassínios ou pela fuga desor­denada ao martírio.
Catorze anos de guerra em 3 frentes coloniais não custaram tantas vidas.
Pairando acima dos culpados, a figura em corpo in­teiro dessa caricatura paradoxal de militar e político, balanceando-se, como boneco sempre-em-pé, entre o sim e o não, untuoso e ambíguo, aplaudindo prepotências e sancio­nando desmandos contra quem esteve a seu lado e o ser­viu: Costa Gomes, que foi comandante-chefe das Forças Armadas em Angola. Um general que mudou de pelo como a osga, requintado no mimetismo do camaleão. Leiam-se os "Extracto de Entrevistas que Definem a Doutrina Sócio--Político-Militar do Comandante-Chefe em Angola — gene­ral Francisco da Costa Gomes", edição da CCFAA, Luan­da, 1972. E tirem-se conclusões, comparando o seu com­portamento depois do 25 de Abril.
Deixei para o fim Mário Soares, ilusionista do socia­lismo, o "bolacha", como o alcunhavam os alunos do Colé­gio Moderno. Dói-me criticar o filho do querido e saudoso João Lopes Soares, o romântico democrata, o eloquente tribuno, o mestre sabedor e humilde, com um coração on­de cabia o Mundo, uma inteligência que iluminou gerações, um calor humano que repartia por toda a gente. No entan­to, Mário Soares terá de ser julgado, por muito que me doa. Jactando-se de ter acabado com os ricos em Portugal (melhor fora que tivesse acabado com os pobres), Soares sujeitou o seu partido a cão de caca do PC, sujeitando-se a ser cão das sujas lucubrações de Cunhal. E ei - lo, misto de menino de coro e de menino-demónio, a precipitar a tragé­dia. A descolonização não pode ser descrita em algumas pinceladas, muito embora de cores sombrias. Há que lhe dissecar as causas, enumerar os malefícios, retratar os auto* rés, carregar-lhe os contornos sem tibiezas, sem ódio sufo­cante, nem a piedade hipócrita dos falsos cristãos. Para cri­me tão monstruoso é indispensável reflectir, colher os tes­temunhos das vítimas, averiguar onde começa a desonra dos responsáveis, onde acabou a desvergonha dos vendi­lhões.
A descolonização bem merece que se lhe dedique um livro branco, em que seja exposto e narrado em porme­nor o calvário de quantos deixaram, em África, a vida, os bens, o coração. Um livro branco sobre os vivos e os mor­tos, em que os vivos são os mortos e os mortos são os vi­vos. Um livro branco que estabeleça os parâmetros dos ter­ritórios onde poisou a traição.
Sorriam-se de troça ou a pelo se lhes arrepiava de horror, quando os opositores do antigo regime repetiam a frase de Sal azar: "Estamos orgulhosamente sós".
Passado o histerismo de uma liberdade que o não é, abertas as janelas do País para o Mundo, bradando, em gri­ta de "vencedores", que descolonizámos, ficámos "vergo­nhosamente sós".
"A Europa está connosco — vangloria-se Mário Soares: Qual Europa? Quais os estímulos moral e material que recebemos dela?
Desfaçatez? Desequilíbrio mental? Megalomania? Ginástica política?
A quem serve a demagogia?
Mário Soares, pregoeiro de um País em leilão, não se deteve no preço. Muito? Pouco? Nada? Como se desfo­lhasse malmequeres... Se a Europa está connosco!...
As lágrimas não podem ser gargalhadas. O silêncio, na barra do tribunal popular é pactuar com os criminosos.
Eu, refugiado, não me calarei.

(Texto retirado do livro ANGOLA, os vivos e os mortos - Autor: Pompílio da Cruz. )

José Ferreira- Loures TOPO

27/09/2013 12:38:20

Aplaudo veemente todas as iniciativas que contribuam para discutir a VERDADE SOBRE SALAZAR e o ESTADO NOVO, esperando que a que o Snr. Luis Alves enuncia para 21 de Novembro em Currelos seja importante, com elevação e recheada de um amplo consenso, desmistificando a marca da cobardia colectiva de que temos sido alvo.

Hnrique Videira- Palmela  TOPO

26/09/2013 20:17:45

LEI QUE PERMITE AOS GOVERNANTES TEREM SIGILO EM RELAÇÃO AOS SEUS GANHOS

Com os votos do PSD e CDS a vergonhosa lei foi aprovada.
O governo aprova lei que permite aos governantes terem sigilo em relação aos seus ganhos. Sob proposta do governo foi aprovada no passado dia 24 de julho de 2013 pela assembleia da república, com os votos favoráveis do PSD e CDS, a proposta de lei 150/XII, por meio do decreto n.º 166/XII, lei que permite aos governantes terem sigilo em relação aos seus ganhos.
Muito próprio de um estado de ditadura ou de um estado de delinquentes. (Esta frase nem é minha mas subscrevo).

Artur Silva -- Santarém

Artur Silva- Santarém TOPO

24/09/2013 18:39:50

Pois …

Para eu perceber o que vai na alma das pessoas, tento ouvi-las. Evidentemente que o círculo onde me movimento pode não ser, e provavelmente não é, representativo da forma de pensar geral, mas por vezes fico surpreendido com o que oiço:

1. Todos se queixam, mas ainda são muitos os que não percebem (ou fingem não perceber) o que realmente se está a passar …

2. Muitas vezes oiço que a situação do nosso País ficará resolvida quando a Europa passar a ser uma Federação (como os Estados Unidos). Pergunto-lhes então como é que se pode esperar uma sã convivência numa Europa marcada por séculos de guerras e conflitos. Não haverá alguma ingenuidade no seio deste pensamento ?


3. Até encontro quem fique aborrecido por a Senhora Merkel ter sido reeleita, pois é entendido que isso é mau para a Europa. Portanto, concluo que já são muitos os que se mentalizaram que a toda a Europa é para ser governada pela Alemanha, e que é para assim ficar. Interrogo-me então se com isto da União Europeia a Alemanha conseguirá com subtileza o que não conseguiu, pela força, com a Grande Guerra (entenda-se que nada tenho conta a Alemanha, País que respeito, desde que não se metam na soberania do nosso Portugal).


4. Quando abordo a necessidade duma revolução que “limpe” de vez com todo o lixo acumulado nestes anos de “democracia” (mesmo estando-se consciente que a nossa situação é de dependência extrema do exterior, nem moeda própria temos, e Portugal é presentemente um País pequeno – o que em muito dificultaria a tarefa duma revolução), comumente há quem mude de conversa.

5. E os que pensam que Portugal talvez necessite dum novo 25 de Abril, esquecem-se que tudo é hoje diferente … pois o 25 de Abril destruiu a riqueza nacional … não havendo hoje nada para destruir porque em vez duma economia sã temos hoje dívidas.

6. E há os oportunistas que vêm numa revolução a possibilidade de acederem a benefícios a que neste momento não conseguem aceder.


7. Há também quem recorde o Doutor Salazar, sim, e a falta que poderia hoje fazer, mas muitas vezes trata-se mais duma lamento, duma certa saudade, do que propriamente dum pensamento que leve à ação.

8. Aliás, analisem-se as enormes manifestações havidas nestes últimos dois anos que mais não passam de explosão vocal das frustrações, após o que os manifestantes regressam tranquilos a casa.


9. De qualquer modo, caso houvesse uma “revolução”, estou convencido que pelo menos numa fase inicial surgiriam muitos adeptos, embora provavelmente parte significativa dos mesmos fosse composta por “vira-casacas” em que não se poderia depositar qualquer confiança. Portanto, seria um enorme problema se a revolução corresse mal.

10. Qualquer coisa que se fizesse teria que ser muito bem organizada, com forte apoio de militares sérios, de economistas sérios, de juristas sérios, de empresários sérios, de população séria … com uma liderança convicta e preocupada com o País. Tudo planeado em completa confidencialidade, é claro.

É possível ?

Não sei … mas sem dúvida que é necessário !

António Marques- Lisboa TOPO

24/09/2013 12:56:16

Boa tarde a Todos,
Exmo Sr Artur Silva , V.Exª tem toda a razão no escreve , sobre o desanimo , no meu caso não é só estar desanimado , é o sentimento de REVOLTA que é enorme ,contra todos os gatunos , que nos têm governado após o 25A.
No próximo dia 21 de Novembro pelas 21 horas, irá dar-se uma Túrtulia no Cento Cultural de Currelos e o tema é : " Estado Novo, guerra colonial , oposição e 25 A". Irei estar estar presente , e dizer o que me vai na Alma , e defender com todo o meu saber , o Dr Salazar e o Estado Novo.
Viva Salazar

Luis Alves- Coimbra  TOPO

23/09/2013 20:39:13

ESTOU DESANIMADO
A crise política criminosamente levada a cabo pelos políticos que nos “governam” tem levado a economia portuguesa à classificação de lixo. As taxas de juro dos recentes empréstimos subiram assustadoramente. Quem nos empresta perde a confiança quando ouve o primeiro ministro de Portugal a apregoar a necessidade de novo resgate. É o próprio Passos que prevê a permanência direi “eterna” da troika. Os “governantes” não se entendem. Cada um fala em valores diferentes em relação ao défice. Uns afirmam ser de 4% outros de 4,5% no próximo ano. Que Tristeza.
Os juros da dívida soberana de Portugal a dez anos subiram acima dos 7%, contra os 5,23% em Maio de 2013.
Hoje, 23 de Setembro de 2013, julgo que foi amortizada uma dívida superior a 5,5 mil milhões de euros. Com a taxa de juro a dez anos acima dos 7%, teme-se que Portugal terá sérias dificuldades em escapar a um novo resgate da troika e os que nos “governam” querem ir sacar esse dinheiro aos que menos ganham.
Diz o Marques Mendes “que o governo é forte com os fracos e fraco com os fortes” e é verdade. E não estou a demonstrar qualquer simpatia pessoal porque não gosto de nenhum dos políticos depois do fatídico 25A. Mas há uns piores que outros.
A Sr. Merkel que antes só criticava a Grécia já inclui Portugal quando se refere à insolvência da economia Grega. Ela já não fala na Espanha, Irlanda, Itália ou França, mas Portugal já é referido pela Merkel equiparando-o à Grécia.
Milhões de portugueses vão cada vez ter mais diminuídas as suas pensões e as suas renumerações mensais. Mas os “grandes” não são atingidos.
No estado em que os políticos nos estão a colocar já não há solução. Miséria, é o futuro garantido para milhões de portugueses. Estamos claramente com a corda no pescoço.
Só se safam “os boys. Muitos milhares de milhões tem sido colocados em “paraísos fiscais”, os ditos offshores.
Mas se a “miudagem” que nos “governa” quiser, ainda podemos amenizar a situação, só que os “garotos” não tem essa capacidade. São cegos e surdos e muito teimosos e se assim continuarem não temos salvação. Muitos milhares vão morrer por falta de assistência na saúde. Por falta de dinheiro. Por fome. Por desânimo e sem esperança.
Porque a idade já não me irá permitir. Só me resta, pedir aos que ainda cá estiverem, que se algum dia chegarmos a viver em Liberdade e que a Justiça funcione, que criminalizem todos estes que desumanamente tem destruído um País de 900 anos.
E se alguns destes criminosos, já tiverem morrido, que sejam divulgados os seus nomes e crimes e que os portugueses (se ainda o forem) nunca os esqueçam como malfeitores e culpados da destruição da nossa pátria.
Não sou economista. Talvez exagere, mas infelizmente de momento é esta a minha leitura da situação e julgo que a de muitos milhares, inclusivamente os especialistas internacionais que seguem atentamente esta infeliz e criminosa situação.
Estou mesmo desanimado.
Serei só eu?
Artur Silva -- Santarém

Artur Silva- Santarém TOPO

22/09/2013 21:00:12

O Prof. António José de Brito, morre aos 85 anos de idade, no dia 21 de Setembro 2013.
Professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, deixa uma vasta obra sobre doutrina política. Fascista convicto, dedicou algum do seu saber à figura maior do Estadista António de Oliveira Salazar.
É nesta homenagem a António José de Brito, personalidade inquestionável quanto ao seu posicionamento político, que lhe agradecemos os breves apontamentos dedicados a Salazar.
Considerado um dos maiores pensadores do século XX, disse de Salazar o seguinte:

http://www.oliveirasalazar.org/download/documentos/Totalitarismo%20Fascismo%20e%20Universalismo%20Católico___32D22D19-F53A-40F2-A957-EB94EF0E204A.pdf

Define com o rigor de um estudioso, e sem o amadorismo nem leviandades de politiqueiros oportunistas de esquerda e de direita, quem foi, como pensava Salazar e em que quadrante político exerceu durante 40 anos a gerência do País.

Para que as dúvidas se dissipem!

João Gomes- Lisboa TOPO

19/09/2013 11:08:56

É indiscutivel que SALAZAR vende e que as editoras vêm nisso um filão de facturação. Uma coisa é certa e indiscutivel: SALAZAR PENSAVA EM TODOS E AGORA SÃO TODOS A PENSAR NELE, PORQUÊ? Aqui fica a pergunta...

Henrique Videira- Palmela TOPO

18/09/2013 12:39:31

PARA QUE NÃO SE PERCA A MEMÓRIA DAS COISAS E DOS ACONTECIMENTOS.
Os jovens que neste local vem colher informação tem aqui mais matéria para saberem quem era e como agia politicamente o Dr. Oliveira Salazar e foi sempre em defesa de Portugal e dos portugueses.
FOI SALAZAR QUEM DECRETOU AS 48 HORAS DE TRABALHO
Anteriormente não havia descanso aos sábados nem aos domingos e havia estabelecimentos a trabalhar até às 23 horas e aos domingos só fechavam ás 12 horas. Salazar pôs termo a isso, em defesa dos trabalhadores.

AUGUSTO DE CASTRO DIZIA SOBRE SALAZAR
Este homem, não há dúvida, descobriu o regime adequado ao governo dos portugueses. Autoridade sem violência, equilíbrio, prosperidade crescente...

Artur Silva -- Santarém


Artur Silva- Santarém TOPO

17/09/2013 18:24:06

Amigo Henrique Videira ,pegando nas palavras do seu texto em que resumidamente descreveu e muito bem, o que foi o antes e o depois do 25 de Abril dizendo no final que " A verdade é como o azeite vem sempre ao de cima" tenho aqui que postar um acontecimento recente que me deu a verdadeira imagem do nosso estado actual. Vi na televisão a imagem inédita do Tózé Seguro , delfim do Mário Soares a ser carregado ás costas por um correlegionário numa dessas campanhas de rua de que ele muito gosta para aparecer na TV. Infelizmente temos todos andado a carregar ás costas esta gentalha toda e essa imagem para mim é o retrato deste Estado de miséria a que nos sujeitaram para que os incapazes , os traidores e os vendilhões da pátria possam andar ás cavalitas e ás custas dos Portugueses.Uma imagem carregada de simbolismo não será assim??

José Ferreira- Loures TOPO

15/09/2013 22:08:19

Há um ditado que diz que "O QUE TORTO NASCE TARDE OU NUNCA SE INDIREITA" o que se aplica bem á forma oportunista como se fez um GOLPE da mudança do regime do ESTADO NOVO que o resultado passados 39 anos está á vista do mais ignorante, foi um fartar vilanagem, ultrapassou-se o nível de vida de qualquer parceiro Europeu, sendo de prever que mais tarde as futuras gerações iriam pagar a factura Não existe qualquer semelhança quando SALAZAR, por força de missão nacionalista foi forçado a tomar as rédeas para fazer um PORTUGAL credível e próspero depois da hecatombe, não só da 1ª república, como da 2ª Guerra Mundial que ELE na melhor das intenções nos livrou dela que deixou a EUROPA destruída e na verdadeira fome. Será que foi pior a emenda que o soneto quando se tivéssemos entrado nela estaríamos melhor hoje? Aqui fica o desafio aos políticos "iluminados deste pobre PAÍS" Políticos esses que, não só se banquetearam com as 900 tons. de ouro que ELE deixou como com o negócio que fizeram com a "comunidade europeia" dando-lhes de bandeja as pescas, agricultura e indústrias de que eramos leaders, além das Províncias Ultramarinas sem qualquer contrapartida. Isto tudo com a chancela da ignorância de umas FORÇAS ARMADAS oportunistas e sob a orientação do vendedor oficial Mário Soares e companhia, a quem a história não perdoará. Para atestar a veracidade dos factos leia-se o livro de Rui Mateus, fundador do PS com as suas Memórias. O que aconteceu não foi por acaso, houve uma RAZÃO para tal e a verdade é como o azeite: VEM SEMPRE AO DE CIMA.

Henrique Videira- Palmela TOPO

13/09/2013 08:51:28

A persistência leva o Ser Humano a perceber o logro em que caiu. Quanto maiores as dificuldades mais facilmente serão impostas as virtudes do Estado Novo.
Salazar governou e ensina a governar. Que pena estes maus alunos!

Beatriz de Almeida- Coimbra TOPO

10/09/2013 02:55:06

Da América portuguesa, este continente perdido a Portugal por obra dos pedreiros livres, e antes disso por castigo de Deus aos nossos maiores, observo eu a decadência de todo o mundo, e o quase vácuo de gigantes como o Dr. Salazar.

Nada, porém, o coração cristão tem que temer, pois que de Portugal, de Fátima, Deus nos garante a restauração de todas as coisas, da civilização, da Cristandade. Realizar-se-ão os sonhos de nossos pais, de D. Afonso Henriques no Campo de Ouriques, do Infante Henrique e de D. Sebastião.

Não nos basta a crença natural no Estado, na nação. Tal crença é indigna do português, a quem se prometeu a conquista do mundo para o céu. Tal crença natural a tiveram em grande perfeição os romanos. Mas, como diz o Poeta, "Cale-se de Alexandro e de Trajano, a fama das vitórias que tiveram, que eu canto o peito ilustre lusitano...". A Portugal cabe muito mais. Cabe a crença da nação sagrada, Reino de Santa Maria, ramo dos mais verdejantes daquela árvore da Cristandade, e que figura a eterna pátria celeste.

Tal foi a crença dos nossos pais. E com crença assim que importarão as agruras, os inimigos, por majoritários que sejam?

Silva- Brasil TOPO

01/09/2013 18:10:29

MAIS UM EXEMPLO DO QUE É A DEMOCRACIA.
Prémio Nobel da Paz vai mandar assassinar cidadãos inocentes.
E o governo português apoia o prémio Nobel.
Será que todos concordam?
Felizmente o Papa e o Rei da Jordânia dizem que diálogo é o único caminho e o Parlamento Inglês desautoriza 1.º ministro e rejeita a guerra.
Mas o governo português apoia o prémio Nobel.

Artur Silva -- Santarém

Artur Silva- Santarém TOPO

29/08/2013 15:09:56

Não tenhais dúvidas que a classe politica que tomou conta de PORTUGAL com o assalto "abrilino" fê-lo com um objectivo principal de oportunismo á margem do INTERESSE NACIONAL, salvo raras excepções com vozes mais isentas e patrióticas que constituem uma minoria. Com o inicio do novo ciclo é provável que surja uma geração mais esclarecida que sob uma investigação séria reponha os valores que se perderam com bodes expiatórios que redondaram no que está á vista. Infelizmente a comunicação social foi um veículo embusteiro que partidarizou a história do século XX não procurando a origem da doença politica, social e económica que ocultou a raiz de todos os males. Sem qualquer truque, SALAZAR venceu o concurso do MAIOR PORTUGUÊS em que o POVO participou á margem da partidocracia. Quais foram os colóquios e conferências que se realizaram nesse sentido? Ficou no segredo dos deuses tal epopeia, onde se conclue que a tal abominável doença poltica ficou por sanar onde só o mais cego é que não quere ver. Já faz parte do léxico português: "COM PAPAS E BOLOS SE ENGANAM OS TOLOS" Não choremos SALAZAR porque está VIVO...

Henrique Videira- Palmela TOPO

25/08/2013 11:26:24

Estava de alerta desde cedo para ser o primeiro a dar os parabéns pela excelente iniciativa de colocar aqui em destaque textos de arquitectos de Estado Novo e que depois se revelaram traidores. A ambição mata e por vezes leva ao suicídio.

Viva Salazar (Portugal já só existe na nossa memória)!

Luís Madureira- Lisboa TOPO

22/08/2013 13:57:35

PARA QUE NÃO SE PERCA A MEMÓRIA DAS COISAS E DOS ACONTECIMENTOS.
Para os Amigos que aqui procuram informação sobre o Dr. Salazar, aqui tem mais para conhecimento. Neste caso sobre a construção da ponte SALAZAR. Os amigos que viviam nessa altura possivelmente até assistiram à inauguração. Do evento ainda tenho algumas moedas comemorativas. Mas para os que quiserem aproveitar, aqui envio um belo documentário em vídeo, que mostra as várias fazes de construção do valioso empreendimento. Nessa altura ainda existia a Sorefame que foi extinta em 2004, ao fim de 61 anos de existência. Ela representava o progressivo desenvolvimento do País sobre a égide do Dr.Salazar. Tinha de ser destruída pela canalha abrilenta.
Para relembrar ou ver: Ponte SALAZAR sobre o rio Tejo inaugurada em 6 de Agosto de 1966 (6 meses antes do prazo).
http://www.youtube.com/watch_popup?v=3t50WfiWJV0&feature=gv

Artur Silva -- Santarém

Artur Silva- Santarém TOPO

19/08/2013 21:14:22

Efetivamente este País está contaminado por vícios de raciocínio de espantar.

Muitas vezes eu disse, quando calhou e a quem teve a paciência de me ouvir, mal do governo José Sócrates. Fi-lo pela preocupação que me merece o desbaratinar dum País, o nosso, em prol de interesses que facilmente se adivinham, Fi-lo na minha preocupação de Português.

E eis que me apercebo que muitos pensaram que eu assim procedi por ser PSD, por rivalidade contra o PS. Puro engano ! Não pertenço a partido algum, nem nunca pertenci, sendo as minhas preocupações de índole Nacional.

Mas esta experiência permitiu-me perceber como muito do pensamento Português está adulterado. Muitos creem que quando se diz mal dum partido é porque pertencemos a outro. Quão grande engano !


A verdade é que nada devo a nenhum desses partidos. Tudo o que consegui na vida foi com muito trabalho, trabalho sério e árduo, pagando os meus impostos. Estes malandros é que não conseguem perceber isto.

É pena eu estar um pouco velho, pois talvez tivesse chegado a hora de dar a esses “senhores” uma bem merecida lição. Por vezes a minha indignação é tão grande, que pode ser que nalgum dia eu acabe mesmo por me esquecer das razões que normalmente me levam a ser ponderado.

Fica, pois, aqui o meu profundo respeito pela obra do Doutor Salazar |

Melhores cumprimentos a todos.

António Marques- Lisboa TOPO

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Música de fundo: "PILGRIM'S CHORUS", from "TANNHÄUSER OPERA", Author RICHARD WAGNER
«Salazar - O Obreiro da Pátria» - Marca Nacional (registada) nº 484579
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