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16/07/2008 13:09:17

DISCURSOS DO PROFESSOR DOUTOR OLIVEIRA SALAZAR


"Nunca lisonjeei os homens ou as massas, diante de quem tantos se curvam no mundo de hoje, em subserviências que são uma hipocricia ou uma abjecção."


Oliveira Salazar, in: Discursos


Maria- Portugal TOPO

15/07/2008 20:00:43

Os antigos combatentes do Ultramar são um património resultante da defesa do Império superiormente dirigido pelo Presidente do Conselho. Mais de trinta anos passados, esse património tem umas pequena faceta: a imensa solidariedade entre quem por lá andou - na Guerra, depois na Paz. Gente que não esquece, nem tao pouco as suas famílias. MARIA, que se cruzou comigo num dos muitos sites que tratam da guerra do Ultramar, é o exemplo de que as famílias fazem parte desse imenso património que perdura para Bem de Portugal. Os espólios militares, e no caso concreto do Espólio Militar (cujo processo foi felizmente resolvido) do combatente já falecido irmão da MARIA (que me lembro perfeitamente e que daqui saúdo agora como companheiros) que aqui tem postado diversos documentos e em boa hora nos voltámos a cruzar, agora num site muito mais abrangente, e no seio do que poderá ser a Grande Família de Salazar.

João Asseiceiro- Torres Novas TOPO

15/07/2008 19:14:06

Caros amigos ,por utilizar a palavra «velhinhos »palavra que para mim é tão querida ,fui chamado de «ser caduco ultrapassado e ignorante »por alguem ,que pensava eu ,era uma pessoa que tinha ideias ,tal como eu ,muito negativas sobre Portugal depois de abril ,mas enganei-me enfim o problema é meu ,pois eu pensava que raramente me enganava.como diz o ilustre admnistrador do «nosso»site não foi para isto que foi criado ,claro que não ,valores mais altos se levantam ,mas para que todos saibam, e depois ,alem de «ignorante ultrapassado e caduco »não me chamem de covarde ,respondi a essa pessoa à letra isto é tal como merecia .entendeu quem de direito ,e com poderes para tal não publicar essa resposta ,o que eu entendo e respeito .só espero que essa pessoa não volte a referir-se a mim nesses termos ,pois tenho a certeza que não ofendi ninguem .

Jose martins antunes- viseu TOPO

15/07/2008 18:49:00

A LEI SUPREMA DA VIDA PÁTRIA



"Observando agora o processo por que os seres se perpetuam e progridem, vemos que os imperfeitos representam transições para os mais perfeitos. O perfeito alimenta-se do imperfeito. O superior vive do inferior.

A lei suprema da vida, é, portanto, a lei do sacrificio das formas inferiores ás superiores.

Até no mundo físico se revela tem nome da gravidade. O corpo menor é atraido pelo maior. Atrair é viver; ser atraido é morrer. O pequeno corpo atraído perde-se, morre no grande corpo que atrai....

Os seres não realizam em si o seu destino, mas naqueles a que sacrificam a sua existência.

O rio é a morte de muitas fontes e o mar é a morte de muitos rios; mas o rio no mar é mar. A consciência humana é também a morte, o sacrifício de muitas vidas animais e vegetais inferiores a ela.

Assim o indivíduo sacrificado à Pátria fica também a ser Pátria.

Cumpriu a fonte o seu destino, tornando-se rio, o rio tornando-se mar e o indivíduo tornando-se Família, Pátria, humanidade, subindo da sua natureza individual e anima à perfeita natureza do Espírito.

A lei suprema da Vida, é a lei do sacrifício. Ela rege a própria harmonia universal. Se desaparecesse, o mundo voltaria ao caos.

O português, ser individual e humano, deve sacrificar a sua vida à Pátria portuguesa - ; ser espiritual e divino.

Não é só nos campos de batalha que o indivíduo cumpre a Lei suprema. Também a cumpre amando e trabalhando como chefe de Família, como Patriota e como homem, a favor da Família, da Pátria e da Humanidade.

A lei do sacrifício é, portanto, a lei do amor e do trabalho.

Dar sentimento natural desta suprema aos portugueses, estabelecer entre eles e o seu destino uma perfeita concordância, isto é, elevá-los a esse estado de alma, chamado heróico (morrer pela Pátria, amar e trabalhar), (.......).

Há momentos em que o sentimento de obediência á Lei suprema desfalece, pondo em perigo a independência de uma Raça, a qual se firma, a todo o instante, no esforço comum dos indivíduos que a compõem. Assim uma esgotada terra definha as árvores, as vidas superiores, que dela de alimentam....

É preciso, portanto, fortalecer e animar a alma dos portugueses, para que a Pátria, que deles depende, ganhe novas energias e virtudes.

Sem acção moral pode haver existência, mas não há vida. E a própria acção material, não sendo espiritualmente orientada, esteriliza-se.

A Pátria, ser espiritual, está intimamente ligada à Humanidade. Está para a Humanidade, como o indivíduo para a sociedade.

Tentrar destruí-la é um absurdo, como querer tornar os homens iguais, metendo-os à força dentro da mesma forma jurídica.

A lei escrita não pode revogar o que a Vida legislou."



Teixeira de Pascoaes

Maria- Portugal TOPO

15/07/2008 18:42:02

SAUDOSISMO


O movimento Saudosista surge em Portugal pouco tempo após a implantação da República e é influenciado pelo impacto dos princípios orientadores desta nova realidade. Teixeira de Pascoaes e outros fundam um movimento cujo objetivo é basicamente o de construir um firme baluarte a serviço de um ideal cultural. O movimento procura desenvolver uma motivação superior de cunho religioso e filosófico, que deve consagrar-se completamente à realização da obra social, cultural e política da República. Teixeira de Pascoaes, ao lançar as bases do Saudosismo, quer defender a sua Pátria de duas decadências: primeiramente, a do cansaço das grandes Descobertas, e, a mais crítica, a decadência de ver o elemento estrangeiro invadir Portugal, afastando o país da sua verdadeira alma. Segundo Teixeira de Pascoaes, a alma lusíada tem na fusão dos antigos Povos que se encontraram na península, a sua origem e, por esta fusão ela se distingue das outras almas pátrias desde o início, por ter um caráter nacional muito rigoroso. Expondo suas idéias no livro "Arte de Ser Português" , revela-nos: " A alma pátria é, portanto, caracterizada pela fusão que se realizou , na nossa Raça, do princípio naturalista ou ariano e do princípio espiritualista ou semita, e pelas qualidades morais da Paisagem que, em vez de contrariar a herança étnica, a acentua e fortalece.

Neste sentido, Teixeira afirma que a alma portuguesa existe e esta existência pode ser distinguida desde seus primórdios: " (...) Houve um momento em que no meio d'essa confusão rumorosa e guerreira, se destacou uma voz proclamando um Povo, gritando a Alma d'uma Raça: foi a voz de Viriato (...) E n'esse momento, mais divino que humano, a alma portuguesa gerou nas suas entranhas, penetradas por uma luz celeste a " Saudade ', a nebulosa do futuro Canto imortal, o Verbo do novo mundo português."



"E não tinha a Saudade a sua origem
Remota neste céu misterioso,
Nesta bela paisagem transcendente?
E a sua origem próxima e sensível
Na alma profunda, mística e vidente
Deste Povo do Mar e da Montanha?"




(Teixeira de Pascoaes, Marános, 1911)

Maria- Portugal TOPO

15/07/2008 18:37:53

OS DEFEITOS... A DESGRAÇA PORTUGUESA


No Livro “A Arte de Ser Português”, (1915) Teixeira de Pascoaes enuncia, a seu ver, os defeitos que vivem na Alma Pátria: a Falta de Persistência, a Vil Tristeza, a Inveja, a Vaidade Susceptível, a Intolerância e o Espírito de Imitação.

FALTA DE PERSISTÊNCIA

Podemos dizer que o génio de aventura é uma virtude deste defeito. A aventura não tem continuidade na sua acção. Opera por impulsos que nem sempre se coordenam para um determinado fim. E por isso, a obra empreendida, muitas vezes, morre no seu início. Quando uma virtude ou qualidade enfraquece, logo o seu defeito originário ganha nítido relevo. E assim o génio de aventura, decaindo, transformou-se na mais completa falta de persistência. Ela aparece em todas as manifestações da nossa actividade, a cada passo interrompida ou abortada, o que a torna tristemente caricatural. Ei-la passeando o seu desânimo, pelas estradas que pararam, mortas de cansaço, a dois quilómetros do ponto de partida. E vive num belo edifício público sem telhado... (…)

VIL TRISTEZA

Também se pode dizer que a saudade é a virtude deste defeito.(…) Que tragédia, a terrível ausência da nossa alma! o sonâmbulo automatismo em que vagueia a nossa Pátria sem destino, tão aleijada e apagada de feições que é difícil reconhecê-la! Será ela? Não será?(…) A saudade, no mais alto sentido, significa a divina tendência do português para Deus; na sua expressão decadente, patológica, representa a tendência do português para o fantasma...

INVEJA

O sentimento de independência, o poder de individualidade, é também a virtude deste defeito.A vil tristeza apagou-nos o carácter, o dom de ser. Somos fantasmas querendo iludir a sua oca e triste condição. Por isso, o valor alheio nos tortura, revelando, com mais clareza, a nossa própria nulidade. A inveja é ainda uma reacção do indivíduo contra a morte; e a calúnia é a sua arma... (…)

VAIDADE SUSCEPTÍVEL

É outro defeito muito vulgar num Povo que foi grande e decaiu. Inferior e pobre, considera-se ainda possuidor dos bens arruinados. Continua a viver, em sonho, o poderio perdido. Mas, como toda a vida fantástica pressente o próprio nada que a forma, torna-se, por isso mesmo, de uma susceptibilidade infinita, sangrando dolorosamente, ao contacto de qualquer coisa de real que, junto dela, se ponha em contraste revelador da sua ilusória aparência. O português é um herdeiro esbulhado dos seus bens materiais e espirituais. Mas vão dizer-lhe que é pobre! Suprema ofensa! Não ignora a sua pobreza, (mas) porque é vaidoso (…) quer que os outros a ignorem; e serve-se para isso de todos os meios que iludem, criando o seu drama em que é autor e actor. E engendra mil preconceitos, fórmulas, propícios à atmosfera de ilusão em que pretende viver acompanhado… E assim, o arrastar de uma espada já imprime heroicidade, dois termos de tecnologia científica embutidos na prosa amorfa de jornal já fazem o sábio, como duas rimas banais fazem o poeta, e um correio a cavalo uma entidade superior do Estado. Elevamos quimericamente as pequenas coisas de hoje à grande altura das antigas. Fingimos a grandeza e o mérito perdidos. Representamos, enfim, o nosso Drama de sombras (…)

INTOLERÂNCIA

Este defeito é uma forma da vaidade susceptível que se alimenta da sua quimera dolorosa. Quem duvida do próprio valor não pode suportar a dúvida alheia que lhe diz, em voz alta e clara, o que ele mal se atreve a murmurar. Mas a intolerância tem outra origem mais positiva; é ainda um processo de defendermos os nossos interesses.Se é uma utilidade para mim a seita (política, religiosa, etc.) a que eu pertenço, os princípios que esta segue, compete-me torná-los dogmáticos, absolutos, indiscutíveis. Sim... porque discutir uma ideia é pô-la em conflito com a verdade.(…) A intolerância defende os interesses de uma seita e imprime à criatura o mais odioso fácies! (…)

ESPÍRITO DE IMITAÇÃO

Quando o carácter adoece e se dilui, é natural que o espírito de iniciativa dê lugar ao imitativo ou simiesco. A degenerescência inferior apaga os valores adquiridos que se conservam, em nós, como que num estado de perpétuo esforço. Sempre que o homem hesita na sua humanidade, aparece o macaco. Este persegue-nos constantemente, vigiando-nos, e aproveitando o primeiro descuido da nossa pessoa, para se lhe substituir.(…) É certo que a decadência de um Povo lhe destrói a faculdade inventiva e iniciadora.Estes defeitos, que felizmente não atingem todas as classes sociais, representam, afinal, a queda do espirito de sacrifício, a quebra da relação entre o indivíduo e o seu destino (…).


Teixeira de Pascoaes (1877 - 1952)

Maria- Portugal TOPO

15/07/2008 18:33:04

A ARTE DE SER PORTUGUÊS II


Carácter e Personalidade


«...O carácter é a expressão total das qualidades, conservadas e transmitidas pela herança e tradição, que definem uma Raça.

A sua actividade visa um fim social, económico, religioso, artistico, etc.

Quanto estas qualidades, são as próprias da Raça que devemos cultivar. Não há maior erro que a pretendida substituição das qualidades próprias por aquelas de admiramos nos outros povos.

Destruímos por completo o nosso carácter e adulteramos, em nós, o que há de bom nos estrangeiros. Não troquemos a nossa figura pela máscara importada.

Ao espírito simiesco, de imitação, oponhamos o espírito de iniciativa criadora.

Mas temos nós qualidades próprias? Responde afirmativamente a nossa história oito vezes secular; a nossa história religiosa, astistisca, politica, jurídica e literária.

As qualidades próprias (o carácter) fazem a Raça, como dissemos; e esta, por sua vez, dá horigem à Pátria.

Uma Raça independente, sob o ponto de vista político, é uma Pátria.

Há muitos povos independentes que constituem Reinos, Nações, Impérios, mas não uma Pátria. A Àustria, por exemplo, é uma Administração, conforme lhe chamava Mazzini.

Queria ele dizer que lhe faltavam as qualidades próprias que definem a Raça.

Os Estados Americanos representam Pátrias ainda em Formação. É natural que, sob a influência dos séculos e do meio, começem a criar e a fixar um certo número de qualidades originais que os tornem verdadeiras Pátrias, no futuro.

A Raça portuguesa, antes de ser uma Pátria e mesmo nos primeiros tempos de independência, vivia como latente e diluída nos outros povos da Ibéria. Mas o esboço primitivo definiu-se e a nítida figura apareceu. A Lingua e os sentimentos por ela traduzidos cristalizaram, destacando-se, em alto relevo, da confusão originária.

E Portugal é uma Raça contituindo uma Pátria, porque adquirindo uma Língua própria, uma História, uma Arte, uma Literatura, também adquiriu a sua independência politica.


(Teixeira de Pascoaes, in: A arte de ser português)

Maria- Portugal TOPO

15/07/2008 18:29:14

A ARTE DE SER PORTUGUÊS



«Ser Português é também uma arte, e uma arte de grande alcance nacional, e , por isso, bem digna de cultura.

O mestre que a ensinar aos seus alunos, trabalhará como se fora um escultor, modelando as almas juvenis para imprimir os traços fisionómicos da Raça lusíada. São eles que a destacam e lhe dão personalidade própria, a qual se projecta em lembrança no passado, e em esperança e desejo no futuro. E, em si, realiza, deste modo, aquela unidade da morte e da vida, do espirito e da matéria, que caracteriza o ser.

O fim desta arte é a remascença de Portugal, tentada pela reintegração dos portugueses no carácter que por tradição e herança lhes pertence, para que eles ganhem uma nova actividade moral e social, subordinada a um objectivo comum superior. Em duas palavras: colocar a nossa Pátria ressurgida em frente do seu destino.

As descobertas foram o início da sua obra. Desde então até hoje tem dormido. Desperta, saberá concluí-la..... ou melhor, continuá-la, porque o definitivo não existe.


RAÇA ( Portuguesa)


Empregámo-la como significado um certo número de qualidades electivas (num sentido superior) próprias de um povo, organizado em Pátria, isto é, independente, sob o ponto de vista politico e moral.
Tais qualidades são de natureza animal e espiritual, resultantes do meio físico (paisagem) e da herança étnica, histórica, júridica, literária artistica, religiosa e mesmo económica.

Herança, neste caso, significa também tradição.
Uma raça possui os caracteres de um ser vivo, e como tal a devemos considerar.


HERANÇA E TRADIÇÃO


Estas palavras têm, para nós, um sentido colectivo.
Se o português, como individuo, herda as qualidades de família, herda igualmente as da sua Raça, porque o homem não cabe dentro dos seus limites individuais.

O português participa também da herança étnica histórica ou tradicional, adquirindo assim uma segunda vida que, por mais vasta, abrange e domina a sua existência de individuo.

O homem transviado tem de voltar atrás, ao local seu conhecido, para ai retomar a verdadeira via, o rumo que o levará ao seu destino. O que parece ser um regresso não é mais, afinal, do que um avanço.
O carácter é a expressão total das qualidades, conservadas e transmitidas pela herança e tradição, que definem uma Raça.

Quanto a estas qualidades, são as próprias da Raça que devemos cultivar. Não há maior erro que a pretendida substituição das qualidades próprias por aquelas que admiramos nos outros Povos.
Destruimos por completo o nosso carácter e adulteramos, em nós, o que há de bom nos estrangeiros. Não troquemos a nossa figura pela máscara importada.

Ao espirito simiesco, de imitação, opunhamos o espirito de iniciativa criadora.

Mas nós temos qualidades próprias? Responde afirmativamente a nossa História oito vezes secular; a nossa História religiosa, artistica, politica, jurídica e literária.

As qualidades próprias (o carácter) fazem a Raça, como dissemos; e esta, por sua vez, dá origem à Pátria.»


Teixeira de Pascoaes

Maria- Portugal TOPO

15/07/2008 18:05:25

ASSIM SE ENSINAVA O QUE É A PÁTRIA


Menino, sabes o que é a Pátria?


A Pátria é a terra em que nascemos, a terra em que nasceram os nossos pais e muitas gerações de portugueses como nós. É a nossa Pátria todo o território sagrado que D. Afonso Henriques começou a talhar para a Nação Portuguesa, que tantos heróis defenderam como o seu sangue ou alargaram com sacrifício de suas vidas. É a terra em que viveram e agora repousam esses heróis, a par de santos e de sábios, de escritores e de artistas geniais. A Pátria é a mãe de nós todos os que já se foram, os que vivemos e os que depois de nós hão-de vir. Na Pátria está, meu menino, a casa em que vieste à luz do dia, o regaço materno que tanta vez te embalou, a aldeia ou a cidade em que tu cresceste, a escola onde melhor te ensinam a conhecê-la e a amá-la, e a família e as pessoas que te rodeiam. Na Pátria estão os campos de ricas searas, os prados verdejantes, os bosques sombreados, as vinhas de cachos negros ou de cor de ouro, os montes com suas capelinhas brancas votivas. A Pátria é o solo de todo o Portugal, com as suas ilhas do Atlântico (Açores e Madeira, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe...), as nossas terras dos dois lados de África, a Índia, Macau, a longínqua Timor. Para cá e para além dos mares, é a nossa Pátria bendita todo o território em que, à sombra da nossa bandeira, se diz na formosa língua portuguesa a doce palavra Mãe!....


Livro de Leitura da 3ª Classe
Porto Editora, Lda., 1958, pp.5-6




A nossa querida Pátria

Ao vermos a enorme extensão do Império Português, admiramos o heroísmo com que os nossos antepassados, - sábios, marinheiros, soldados e missionários, - engrandeceram a Pátria. Por ela atravessaram mares desconhecidos, sofreram as inclemências de climas insalubres e travaram lutas cruéis em paragens longínquas. Aprendamos a lição do seu esforço, para amar e servir, como eles, a nossa querida Pátria.


Livro de Leitura da 3ª Classe
Porto Editora, Lda., 1958, p. 11

Maria- Portugal TOPO

15/07/2008 17:59:09

Henrique Martins de Carvalho, Ministro da Saúde e Assistência (1958 - 1962):



«Sem lhe negar uma inteligência excepcional, não foi esta que mais me impressionou. Foi sem dúvida a sua vontade: uma vontade de aço que nada fazia flectir.

Ao contrário da opinião mais expendida, Oliveira Salazar não era uma personalidade monolítica: era uma personalidade facetada e até contraditória. Se considerarmos os aspectos humanos de um indivíduo como sendo representados pelo conteúdo de um copo de água, Salazar era uma taça onde haviam sido deitados vários copos...Assim, era um céptico inveterado que, no fundo, não acreditava em nada nem em ninguém; mas trabalhava com todos e em tudo, como se em tudo e em todos acreditasse. De uma frieza capaz de não hesitar ante um acto sacrificando vidas humanas (lembremos a defesa da Índia), comovia-se quase até ás lágrimas ao ler a carta de um pedinte profissional, que dizia estar inválido, e a mulher no hospital, e os filhos com fome - embora, no fundo, suspeitasse de que era tudo mentira. Atento como poucos á presença, no dia -a-dia, das grandes opções do Homem e da História, passava (ou perdia...) imenso tempo escolhendo uma gravura ou uma fotografia para uma edição secundária: são conhecidos os promenores que anotava e emendava , nas suas visitas ou textos que corrigia. Dotado de uma memória prodigiosa e de uma sólida cultura humanista (que nunca descurou), sabia como poucos, vencendo uma timidez inata mas fácil de descobrir, assumir o sentido da grandeza e da História nos seus actos e nas suas palavras. Era muito sensivel ás honrarias: queria-as todas, mas para depois as desprezar. E sendo um homem simples no estilo de vida, era ao mesmo tempo um verdadeiro homem da Renascença na subtileza da sua cultura, nesse sentido de grandeza a que já aludi. De uma susceptibilidade quase doentia (por vezes, tudo o podia ofender), não hesitava em colaborar com quem lhe não inspirava confiança ou até julgava capaza de trair. Sendo acima de tudo um homem de formação tradicionalista e mesmo rotineira, nenhuma inovação lhe metia medo e a desaconselhava aos colaboradores.

Paricularmente sensivel e apto, pela sua formação de base, para a percepção dos grandes princípios (para ele muito poucos, mas em cuja defesa era intransigente e rígido), tinha a ânsia de conhecer os promenores, e isso levava-o a desejar - e até pedir - descrições e esquemas que lhe permitissem uma ideia clara das realidades concretas, que não procurava conhecer directamente. Dai o espanto que causava quando, sem nunca ter estado numa cidade, aqui ou no Ultramar, pedia informaçõres sobre o adiantamento das obras de construcção de um edificio nela situado e o localizava com precisão. Tinha pela terra e pelos seus problemas o amor do pequeno proprietário rural. E a sua percepção estática, embora tendendo para parâmetros clássicos, era extremamente apurada.

Quando o Prof. Oliveira Salazar faleceu, fui um dos convidados a fazer um depoimento enquanto decorria o funeral. Terminei-o com as seguintes palavras: Pense-se o que se pensar da sua obra, não é possivel evocar este Homem sem que ressoem na nossa memória as grandes frases dos grandes clássicos. Sim, porque foi tal o seu peso sobre a nossa época que até os olhos que dele fogem o encontram por toda a parte. Sempre sobre a minha geração se projecta o seu vulto enorme. E sempre Salazar, deslumbrante ou sombrio, no limiar de todo um século está de pé.»

Maria- Portugal TOPO

15/07/2008 17:54:20

PALAVRAS DO PROFESSOR ANTÓNIO JOSÉ SARAIVA


ao jornal Expresso de 22 de Abril de 1989



«Salazar impõe-se naturalmente, e impor-se-á cada vez mais com o rodar dos tempos, á medida que assenta a poeira das paixões, serenam os espíritos e avultem ainda mais as lições dos acontecimentos por ele tão percutientemente antevistos. São, aliás, numerosíssimos e impressivos os depoimentos de prestigiosas figuras nacionais e estrangeiras em que lhe é prestada justiça. Afiguram-se-me, por exemplo, flagrantes de oportunidade as apreciações que, sobre Salazar, o Prof. António José Saraiva faz no jornal Expresso, de 22 de Abril de 1989:


Num primoroso artigo, o autor da História da Cultura em Portugal ai fala dos Discursos e Notas de Salazar, «pela limpidez e concisão do estilo, a mais perfeita e cativante prosa doutrinária que existe em Língua Portuguesa, atravessada por um ritmo afectivo poderoso» e, assim, «por esse lado, merecedora de um lugar de relevo na nossa História da Literatura (e só considerações de ordem politica a têm arredado do lugar que lhe compete)»; aí acentua que «Salazar foi, sem dúvida, um dos homens mais notáveis de Portugal, possuindo uma qualidade que os homens notáveis nem sempre têm - a recta intenção», «além de qualidades de administrador miraculosamente raras junto a uma igualamente integridade»; e aí se lembra que, graças a Salazar, «se conseguiram coisas inconcebíveis, como a neutralidade na II Guerra Mundial» e se «conseguiu também, e pela primeira vez desde Pombal, pôr fim á tutela inglesa, que fora confirmada com sangue na Primeira Grande Guerra».


E a concluir, o Prof. António José Saraiva assinala: «E hoje vemos, com dura clareza, como o periodo da nossa História a que cabe o nome de Salazarismo foi o último em que merecemos o nome de Nação Independente. Agora em plena democracia e sendo o povo soberano, resta-nos ser uma reserva de eucaliptos para uso de uma obscura entidade econónica europeia que tem o pseudónimo de CEE.»


Ao ler estas palavras pungentemente verdadeiras de alguém cuja probidade e independência de espírito estão fora de toda a discussão, acodem-me à memória estas outras palavras de Salazar, de 1946, terrivelmente proféticas: «Tempos houve em que os Portugueses se dividiam acerca da forma de servir a Pátria. Talvez se aproximem tempos em que a grande divisão, o inultrapassável abismo há-de ser entre os que a servem e os que a negam.»

Maria- Portugal TOPO

15/07/2008 17:49:41

CITAÇÕES DO PROFESSOR DOUTOR OLIVEIRA SALAZAR



«Esta Europa que foi berço de nações e agente missionário da civilização que tão esforçadamente servimos e propagamos afigura-se cansada da sua mesma grandeza, em parte amolecida pelas coisas fáceis da vida. Penso que ela sente demasisado medo da pobreza e do sofrimento, que são afinal a vida. Ora ter medo da vida e ter medo de bater-se para defender a dignidade dessa mesma vida são a maior causa do nosso abatimento e Deus queira a não sejam a da nossa perdição.»


António de Oliveira Salazar, 8 de Dezembro de 1956





«Não somos nós que temos de desviar-nos do caminho. São os outros.»


António de Oliveira Salazar, Agosto de 1963

Maria- Portugal TOPO

15/07/2008 05:59:40

Recebi recentemente um comunicado oficial do NEOS com a informação sobre a romagem de dia 27 e a cópia de dois panfletos, um que foi distribuído em Lisboa e o outro em Coimbra. Eu, que sou um dos principais críticos da ausência de iniciativas, gostaria de deixar aqui o meu profundo elogio às pessoas que escreveram e distribuíram os panfletos. Mais: façam o favor de me chamar quando precisarem de alguém para trabalhar! Até agora divulguei textos na internet, andei com amigos a colar panfletos, cumpri a obrigação de assinar a petição para devolver o nome à ponte Salazar, enviei cartas e e-mails à comunicação social, tenho andado em discussões pelo ciberespaço sobre Salazar e o Estado novo e também tenho comido as pataniscas da D. Ema [risos]. Mas isto não chega! Quero fazer mais e estou disponível para colaborar com as iniciativas dos outros.
Aproveito esta mensagem para lançar um alerta: os acontecimentos recentes na Quinta da Fonte anunciam uma avalanche social que está para acontecer em Portugal. O governo já enviou o Grupo de Operações Especiais (GOE) para o Brasil para receber formação dos BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais). Os BOPE costumam actuar em cenários de guerrilha urbana nas favelas do Rio de Janeiro, logo é fácil concluir que o governo português prevê a médio prazo a constituição em território nacional de um cenário de características semelhantes ao verificado no Rio de Janeiro. Já está a avançar com "medidas de integração social", aquelas de custam milhões de euros e não produzem resultados nenhuns. Estas medidas são típicas da esquerda portuguesa, que já nos habituou à irresponsabilidade e à demagogia "humanista". O país caminha para o caos social, enquanto as instituições estatais se enchem de "boys" e as fundações criadas pelo PS recebem fundos inesgotáveis!

DuxBellorum- Lisboa TOPO

14/07/2008 23:50:35

Amigos. companheiros e patriotas
Corroboro plenamente com a citação do Sr. João Gomes, porque além do mais foi o criador deste site para não só estudar O MAIOR ESTADISTA PORTUGUÊS do último século, como para exaltar todas as suas virtudes que se devem transmitir às gerações que já surgiram depois da Golpada do 25 de Abril a quem lhes tem sido vedada a VERDADE sobre o ESTADO NOVO e a sua ideologia, embora com algumas vicissitudes óbvias, mas sempre na defesa do superior interesse nacional e do POVO trabalhador e patriótico. Por mais que se esconda essa VERDADE e fuja ao confronto que se pretende com a actualidade ela surgirá mais cedo ou mais tarde.
Estudemos SALAZAR sem medo do medo e identifiquemo-nos com a consciência dos homens de boa vontade sem anonimatos porque a RAZÃO mesmo adulterada não deixa de ser RAZÃO
A BEM DA NAÇÃO
Viva Salazar

Henrique Videira- Palmela TOPO

14/07/2008 19:53:11

Subjugados à Mediocridade

O erotismo, a transgressão, o decadentismo e a irreverência são pontos de referência e de culto obrigatório para todo o revolucionário digno desse nome. Estes “novos valores” apresentam-se como inquestionáveis manifestos de liberdade. E, embora o seu simbolismo remonte a milénios, os auto-denominados progressistas apresentam-nos como um triunfo da modernidade, como uma orgulhosa conquista da grandeza da liberdade. O carácter contestador, tipicamente infantil e eternamente insatisfeito, é agora modelo para a humanidade emancipada. Por outro lado, agudizando o mal-estar, a libertinagem, a rebeldia, e o mau carácter prevalecem e cercam a rectidão tornando a honestidade um valor dos retrógrados, dos extremistas, dos atrasados mentais. O homem cumpridor, zeloso e leal é cunhado pela miopia actual como um homem da idade da pedra lascada. A marginalidade, depois das campanhas da tolerância, é aceite como normal. O bom trocista e o homem decadente são, após a lavagem cerebral em marcha há décadas, admirados e louvados por todo o lado. Desta forma, a abjecção radical está incrivelmente e comodamente instalada sem qualquer vestígio de oposição. Quando no futuro escrevem uma história da infâmia a contemporaneidade prestará seguramente uma rica contribuição.

Esquecendo por agora a violência física, cada vez mais instalada e com contornos cada vez mais chocantes, foquemo-nos na violência psicológica não menos nefasta e muito mais difícil de combater, pois ou não se a vê ou não se quer vê-la. Toda a ambiência desordenada abre necessariamente feridas nos indivíduos, a violência contra a psique causa danos por vezes irreversíveis. As obras de arte modernas estão carregadas de mensagens contra a razão, contra a lógica, contra a moral e contra a utilidade. Fomenta-se a banalização do mal, que torna as pessoas indiferentes a tudo. A lógica do desassossego ocupou o lugar da ordem, da harmonia, da paz e da felicidade. Caso não seja travado o avanço das forças rebeldes sempre afeiçoadas à imoralidade, à perversão e à corrupção assistiremos a um incrível retrocesso da humanidade.


A modernidade brindou-nos assim com um cativeiro. O homem para além de escravo das máquinas e refém da tecnologia tem ainda que suportar o reino da mediocridade instituída. Há efectivamente liberdade, mas é para destruir, para corromper. Liberdade para despir o homem de si próprio em favor de interesses que o alienam e o dominam. Porém, o homem responsável, está acorrentado e anulado perante uma degradação insuportável e insustentável. Sabe-se que a propensão para o mal é uma propensão natural e por isso mesmo houve necessidade de estabelecer referências, de apontar caminhos próximos do ideal, de enaltecer a razão. A referência da transcendência é imprescindível. Mas, agora cultiva-se a irracionalidade, o trabalho de séculos, físico e espiritual, que catapultou a Europa para lider mundial até à 2ª Guerra Mundial encontra-se arruinado. Resta perguntar se os mentores de toda esta confusão e da negação civilizacional perderam já o controle total da situação caótica, por todos visível, ou se a desorientação é ainda fomentada e estes pastores obscuros sabem muito bem o que querem e para onde vão. Até que se esclareça o rumo que a sociedade tomou e se disperse o nevoeiro que nos tolhe o espírito resta-nos continuar a assistir à sinfonia do horror que vai livremente actuando.

Nacional Cristão- Lisboa TOPO

14/07/2008 16:59:21

Ler o que consta no site, só por si - é já muito bom; ler as postagens, todas, de quem assina o livro de visitas - vale a pena; ir postando algumas ideias próprias - é bom; Sujeitar isso à moderação, mais do que adequado é uma vantagem. Trocar galhardetes (reconheço culpa própria) neste site, não é positivo aceito sinceramente a m/ exclusão até porque, tenho alguma dificuldade na automoderação. Repito: ler o que consta neste site é já muito importante, muito mais do que postar mensagens. Mas não resisto em deixar a descrição duma cena real que ocorreu durante uma aula de "Subversão e Contrasubversão" na Escola Nacional de Graduados da Mocidade Portuguesa na Cruz Quebrada, lecçionada pelo Major Duarte Pamplona, também professor na PIDE, Heroi Nacional condecorado com a Torre Espada, ferido com uma perna decepada pelo rebentamento de uma mina no Ultramar. Depois de ter dissertado sobre a Guerra do Ultramar, o Major sujeitou-se à fase das perguntas. Um formando, o Viana - da Ex-Delegação de Viana do Castelo, levantou-se e declarou: "Senhor Major, eu não concordo com o abandono dos estudos e da família para ter que fazer o Serviço Militar na Guerra do Ultramar". Gelámos todos. O Major, impassível mas sempre de pé, parece que ficou ainda mais alto. Replicou: "Penso que estou a falar para graduados da Mocidade Portuguesa - mais perguntas:" muitos dos formandos eram Universitários, (eu era aluno dum curso Técnico - o que possuo hoje, na altura Formação Geral de Comércio) a aula prosseguiu atè ao fim. À saída, ficámos convictos que no sábado (dia em que saíam as reprovações da semana) o Viana deixaria a ENG. Puro engano. O Viana, terminou o seu Curso de Graduados, e recebeu as insígnias na Praça do Império. Afinal, este epílogo - significa que o Regime infelizmente caído em 1974, era suficientemente aberto para admitir as dúvidas e os erros dos Portugueses àcerca da Opção Nacional de manter o Império - Império que nos dignifica a todos. Há frases infelizes, mas é melhor haver frases infelizes, do que não termos o espírito suficientemente franco e aberto (O espírito do Estado Novo) para só existirem afirmações correctas quantas vezes a não reflectirem o que se sente verdadeiramente. O Viana, acabou por ser um combatente na Guerra do Ultramar.

João Asseiceiro- Torres Novas TOPO

14/07/2008 16:34:58

(Velhinho)
Na tropa soava bém houvir a palavra (Velhinho),jà chéca nâo soava tâo bém,eu explico porquê.
Velhinho é sinal de!!! sabedoria,experiencia,tecnica,tàctica,orgulho do que fazemos,e acima de tudo o respeito dos mais novos,por nòs mais velhos.
A palavra checa nâo soava tâo bem,porque queria dizer que nòs embora tivessemos técnica e tàctica,faltava-nos a experiência no terreno,e também nos obrigava ao cumprimento e ao dever do respeito pelos mais velhos;isto sem ofença por quem quer que seja.
Respeitosos cumprimentos ao Sr.Joâo Gomes.
A Bém da Naçâo

Vidal Castro

Vidal Castro- France TOPO

14/07/2008 14:49:06

Meus Amigos,

Este site foi criado unicamente para honrar a memória do PROFESSOR DOUTOR ANTÓNIO DE OLIVEIRA SALAZAR, permitindo a cada um de nós falar Dele, e permitir que todos os colaboradores possam dar um contributo, a partir da sua vivência, relato de factos e até apresentação de documentos.
Não excluímos, as opiniões que não sejam abonatórias. Desejamos até que surjam para serem discutidas.
Só assim se poderão esclarecer todos, a quem a ignorância foi imposta, e revelar quem são de facto os inimigos da Nação. Temos por isso, a obrigação de, com elevação, própria de quem tem como única razão nas suas intervenções, a defesa da Moral e do Direito, abandonar definitivamente a troca de “galhardetes” que se tem verificado de algum tempo a esta parte, e participar, tendo como única finalidade o esclarecimento.
A discussão é necessária e salutar. Direi até, que se impõe, mas no respeito de cada um por todos.
Esta intervenção não advoga em defesa de ninguém. Apenas previne eventuais futuros, mal-entendidos.
Pedimos as nossas desculpas se entretanto suspendemos alguma intervenção, mas tudo tem um fim, e neste momento impunha-se colocar ordem na casa.

Não serão inseridas mensagens que não obedeçam a estes critérios!

“TODOS SOMOS POUCOS PARA CONTINUAR PORTUGAL”

João Gomes

João Gomes- Lisboa TOPO

14/07/2008 08:30:14

BREVIÁRIO DA DOUTRINA ULTRAMARINA DE SALAZAR

Em meados de 1969, já todo eu estremecia, à simples ideia de que pudesse coincidir com um período de desonra, para o país, o tempo justamente em que a flor da sua gente mais exemplarmente estava a conduzir-se.
É claro que descartar-se de supremas responsabilidades, no jeito e ao modo de quem arreia, por terra, e a meio do caminho, com o fardo (pesadíssimo!) de ser português, não era procedimento que pudesse estar na massa do sangue, de quantos em África combatiam por um Portugal de Portugal — e que, por via d`Ele, expiatoriamente se batiam a essas horas, já na qualidade de depositários de um ideal hereditário que se impunha salvaguardar e transmitir intacto (sob pena de não sermos mais os lusíadas que ainda éramos), já enquanto herdeiros, legatários e agentes de toda aquela unidade de destino que andávamos cumprindo pelo mundo, de há oito século — bem contados — a essa parte.
Em todo o caso, começava a fugir-me — principiava a fugir-nos a certeza de que Portugal fosse coisa na verdade irrevogável, porquanto, cá dentro, já gente de sobra ia havendo, prontinha a dar ouvidos à «ordem de destroçar», que de cima emanava — dia sim, dia não...
Tão alumbrado eu vinha, no entanto, com a panorâmica d`Império que a África Lusíada me descerrara, e tão coroado dos seus horizontes, apesar de tudo, me sentia, que — num inquérito em que, por essa altura, fui chamado a depor —, com algum alento (ainda com algum...), pude então declarar-me «inteiramente desencantado como europeu, mas esperançado e confiante quanto às províncias de além-mar». E isto, por ter, já então, bem presente, que, em relação às mesma — e é Salazar o primeiro a acentuá-lo, em 1956, com toda a clarividência — «não se põe mesmo a questão de saber se são ou não territórios autónomos, porque são mais do que isso — são independentes com a independência da Nação», e apenas com Ela. E a tal ponto era isso verdadeiro, que no dia em que se atentou contra uma das partes, irreparavelmente se comprometeu o Todo. A unidade espiritual do Corpo da Pátria, por muito inconsistente e precária que fosse, logo dessa forma se revelou como um facto bem patente, e inteiramente à prova de argumentos em contrário, uma vez que a mais pequena mutilação automaticamente atingiu todo o conjunto, e tão mortalmente o feriu e o abalou, que o mesmo — por inteiro — «deu de si», e foi entrando em fragorosa derrocada, até ao ponto final de aluimento em que se encontra... E tudo porquê? Senão (e apenas) porque pensamento e território reciprocamente se implicavam de intrínseca maneira?!... O que quer, portanto, dizer que a nossa unidade de Nação estava longe de ser tão-somente «uma ficção política ou jurídica, mas uma realidade social e histórica», que, como tal — e Salazar o sublinhava, frisantemente, em 1960 — «levanta obstáculos muito sérios aos que pensam dedicar-se agora à tarefa de emancipar a África Portuguesa. Vêm tarde: já está.»
E estava. De resto, o mesmo Salazar lapidarmente trataria de explicar o fenómeno, alegando: «Estamos em África há 400 anos, o que é pouco mais que ter chegado ontem. Levámos uma doutrina, o que é diferente de ser levados por um interesse. Estamos com uma política que a autoridade vai executando e defendendo, o que é distinto de abandonar aos chamados ventos da história os destinos humanos».
Mais adiantará que a Nação Portuguesa: «Às populações que não tinham alcançado a noção de pátria, ofereceu-lhes uma: aos que se dispersavam e desentendiam em seus dialectos, punha-lhes ao alcance uma forma superior de expressão — a língua.» (Três anos depois, questionaria ele, desafiadoramente: «A língua que ensinamos àqueles povos é superior aos seus dialectos ou não? A religião propagada pelos missionários sobreleva ao feiticismo ou não?»).
Tinha assim Salazar toda a razão quando insistentemente advertia que, só enquanto caucionados pela unidade política da Nação soberana, e a coberto d`Ela, é que os territórios ultramarinos puderam continuar a ser coisa que se visse.» (...) reclama-se lá fora em altos gritos a independência de Angola: mas Angola» — obtemperava o estadista — «é uma criação portuguesa e não existe sem Portugal. A única consciência nacional vincada na província não é angolana, é portuguesa; como não há angolanos mas portugueses de Angola» — aditava ele. «(...) o que seria de Angola na actual crise, se Angola não fosse Portugal?» — perquiria, nos dias particularmente acesos de 61. E, de caminho, rematava: «Isto vem a dizer que a estrutura actual da Nação Portuguesa é apta a salvar de um irredentismo suicida as parcelas que a constituem, e que outra qualquer as poria em risco de perder-se, não só para nós como para a civilização.»
Assim foi, de facto. Para nós e para a civilização se perdeu Angola, no preciso dia em que foi compelida a tornar-se independente: independente de Portugal, bem entendido, e dependente da União Soviética, com o precioso concurso de bestialidade cubana.
Como toda a gente lindamente sabe, foi o caso que, logo após a deserção de Spínola, os hunos unidos de Fidel Castro — previamente convocados e acoitados por Coutinho; diplomaticamente industriados e arregimentados por Melo Antunes, com o beneplácito encorajador de Costa Gomes e a sonsa cumplicidade socialista — caíram em peso sobre o território; e, armados por Moscovo da cabeça ao pés, ali consumaram — a poder de chacinas, de massacres e de carnagens sem conto — a hediondez que se conhece. E, tal como Salazar bem antevia, é no meio de sangueiras inenarráveis, que estão longe de se estancar; e é ao peso de uma tragédia de dimensões incalculáveis — que Angola expia hoje, na indigência e no martírio, no silêncio e na ruína, e com as quatro patas do comunismo cravadas em cima d`Ela, o preço de uma falsificação histórica e de todo um selvagíneo cativeiro, a que se deu, por eufemismo macabro, o pseudónimo (ou talvez a alcunha) de «independência».
«O mesmo que fica dito se aplica a Moçambique», apontará Salazar, concludentemente. E, na oportunidade, ei-lo que observa: «Moçambique só é Moçambique porque é Portugal, que o mesmo é dizer — desfeito o cimento que nos liga e que o faz parte da Nação Portuguesa, não haverá mais Moçambique nem na história nem na geografia».
E também nisto se não enganou o velho governante. A triste realidade dos factos, já hoje confere, a cem por cento, com a sábia diagnose e os bem medidos vaticínios, contidos nas suas certeiras e tão acertadas palavras.
Ele bem tratou de precatar os incautos, de avisar os desavisados.
A tempo e horas. Com meridiano realismo. Com insuplantável sensatez. Com aquela cristalina transparência que punha sempre nos pensamentos, palavras e nas obras que produzia. Ingloriamente, porém, clamou neste deserto de inconscientalões, já que ninguém olhou a nada — já que ninguém olhou a tudo... Avisos prévios que de nada valeram, os de Salazar. E para aqui estamos, agora, a defrontar-nos com «as dificuldades que a independência tão ambicionada por poucos trouxe a todos os mais». Dir-se-á que fomos acometidos de uma amnésia histórica de quinhentos anos... E, todavia, há quanto tempo é que a eventualidade de uma desgraça destas nos entrar um dia pela porta dentro, não estava incursa no seu magistério doutrinário?

Rodrigo Emílio

In A Rua, n.º 55, pág. 10, 21.04.1977.


Viva Portugal, a Bém da Naçâo
Vidal Castro

Vidal Castro- France TOPO

13/07/2008 15:56:23

BOAS FÉRIAS AMIGA Snra CRISTINA DA NÓBREGA.

JÁ ESTOU É COM SAUDADES POR TEMPORARIAMENTE NÃO TER A COMPANHIA DOS SEUS TEXTOS. MAS TENHA UMAS FÉRIAS EXCELENTES E QUE REGRESSE COM O MESMO ESPÍRITO NACIONALISTA E PATRIOTA, POIS ESTE SITE PRECISA DE SÍ.

VOCÊ E MAIS ALGUNS NACIONALISTAS DÃO VIDA A ESTE SITE E FAZEM COM QUE A MEMÓRIA DE SALAZAR NÃO CAIA NO ESQUECIMENTO.

VOCÊ É UM EXEMPLO COMO POUCOS HÁ, HOJE EM DIA NO NOSSO QUERIDO PORTUGAL. OS VALORES POR SI DEFENDIDOS SÃO DE UMA CORAGEM SEM IGUAL. DEVERIAM ENCHER A ALMA DOS RENEGADOS E DOS TRAIDORES Á PÁTRIA.

DEDICO-LHE ESTE VERSO DE MINHA AUTORIA:

Ó GLÓRIA DO PASSADO

CUJO PRESENTE O ESTÁ A ESQUECER

VIRÁ NO FUTURO QUEM A FAÇA RESPLANDECER.

BOAS FÉRIAS

AD AETERNUM

GENUINAMENTE LUSITANO

JOSÉ ANTÓNIO

JOSÉ ANTÓNIO- ENTRONCAMENTO TOPO

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Música de fundo: "PILGRIM'S CHORUS", from "TANNHÄUSER OPERA", Author RICHARD WAGNER
«Salazar - O Obreiro da Pátria» - Marca Nacional (registada) nº 484579
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