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17/11/2011 02:10:38

Boa noite,

Sr. António Alves, creio que esse link foi para mim, é óbvio que sim e, lá o fui ler, mas deu para entender a razão pela qual colocou o link. Também é verdade que ainda li muito poucos dos muitos que neste site estão á nossa disposição, infelizmente o tempo livre que é pouco raramente é usado para leituras, até mesmo as de interesse, mas quando surge o motivo forte, pois lá se dedica algum tempo a isso como aconteceu agora.

Bem, penso que já todos viram que apesar de gostar da calma e de tentar defender os minimos que julgo essenciais, nem sempre sou do tipo flor que se cheire de perto, portanto penso que não me tomarão por mais um intelectualzeco de esquerda como muitos que abundam por aí e que falta nenhuma fazem
até mesmo quando defendem aquilo a que chamam de "paz e igualdade". Também já deixei expressas as minhas considerações sobre as gentes das ex-colonias, logo também não me poderão considerar pro "desgraçadinhos" Africanos, portanto, vou falar desse documento de uma forma talvez pacifista porque apesar de tudo, não deveremos descer a tão macabro nivel como esse documentado, mas também, nem todos são culpados, nem todos são inocentes como fácilmente compreenderá.

Sr. António Alves, quando defendo as boas gentes das ex-colonias, obviamente não defendo gente que consiga executar tal "proeza", logo, apesar de ler o dito documento, penso que me o dedicou de forma algo excusada. Também não quero defender o que não merece ser defendido, situações daquelas que infelizmente aconteceram mais vezes, tanto de um lado como do outro, quando se entrou na fase da guerra que se queria de verdadeiro terror, mas a verdade, é que também foi nossa alguma culpa de todos aqueles macabros espectáculos, certamente saberá, embora possa com isso não concordar por uma qualquer razão, que naquela "Africa Portuguesa" não existiam só aqueles Portugueses que mereciam ser considerados tolerantes, havia por lá muita ovelha negra, e embora pudessem ser em menor numero, o efeito destructivo de um só suplanta talvez em 1000 o que de bom terão e farão esses considerados tolerantes.

Havia muita "gente" para quem o preto, não passava de mercadoria, "mercadoria" que muitas vezes era muito mal tratada, e como tal, também esses um dia, embora não de forma autónoma nem tão pouco só com o intuito atingir com tais macabros espectaculos aqueles que de forma pouco ou nada digna os tratavam, e que talvez o merecessem. No fim é sempre o mesmo, pagam uns pelos outros, é uma triste sina que acontece amiúde.

Sr. António Alves, tirando raras excepções, não tratamos mal aqueles que bem nos tratam, não matamos ou esquartejamos aqueles que nos trataram como irmãos, é assim até com os animais, em que o respeito posto em pratica pela via do bem tratar, contraria até instintos naturalmente selvagens. Mesmo que esses pudessemos considerar de selvagens, Sr. António Alves, não fariam semelhante coisa a quem na melhor das hipoteses, nenhum mal lhes tivesse feito. Também aqui sei bem que nem sempre esta visão mais ou menos "utópica" encaixa na realidade, não se tratou só de uma resposta a maus tratos ou simples opressão, naquelas gentes há também o factor de uma extrema ignorancia que os leva a crenças que na nossa maneira minimamente civilizada de ver as coisas não existe, mas para eles era o mesmo que para muitos acontece com o tema "Deus". E essas crenças, apesar de não poderem servir como desculpa para tal, tiveram grande infuencia nos metodos aplicados, nunca lá estive, mas estou convicto disso.

Depois, Sr. António Alves, justa ou injusta para connosco, dessa semente do mal, nasce a guerra e...Sr. António Alves, a guerra é mesmo uma coisa do Diabo, não há razão que lhe resista, não há dor que a mate, não há sono que nos adormeça e dela nos ajude a esquecer, só gritos, gritos... gritos... nada importa, tudo vale, até que surja o unico motivo suficientemente forte para a cabar com uma guerra daquele tipo, o cansaço ou exaustão. Mas enquanto essa exaustão não chegou, macabro foi não matar, não esquartejar, macabro foi querer ser racional, enfim... é muito triste.

Excluindo o factor externo, que tudo iniciou, que ateou a chama de muitos ódios, houve alguma culpa nossa em muitos e macabros acontecimentos, como esse apesar de não se justificarem, mas os primeiros que levaram ao inicio de toda aquele insanidade, existiram porque falhou o não se ter executado de forma mais eficiente o esforço de civilizar quem disso precisava para que a irracionalidade aliada á ignorancia alimentada com a inveja de outros, nunca pudesse ter tomado as proporções que nesse e em muitos outros casos tomou, com o desfecho que se conhece. Nesse campo, do macabro, acredite que aquela foi uma guerra sem inocentes. O macabro não se ficou só por ali, de ambas as partes. Sempre com a magra justificação de que, "quem com ferros mata, com ferros deve morrer".

Cumprimentos.

Zé Carlos- Mafra TOPO

16/11/2011 15:59:26

Caro Senhor Zé Carlos, como eu já escrevi noutras mensagens anteriores, qualquer tipo de extremismo seria prejudicial, na ultima mensagem que escrevi, demonstrei que o português é bondoso e tolerante, portanto como sou português (da ultima vez que confirmei ) não posso aderir a qualquer tipo de extremismo pois sei que, volto a dizer, prejudicaria a minha Pátria, também tenho que ter a certeza que qualquer decisão que tome não prejudique ninguém, pelo menos o próximo.
O que está a chamar de extremismo da minha parte, eu chamaria mais frontalidade e este site não serve para discutirmos os esforços de uns dos outros. Não sei porque é que trouxe à baila, a única vez que falei de esforço foi para vos levar à acção e nem nunca descrevi, nem comentei ninguém deste site sem conhecer essa pessoa.
Tenham cuidado com o que interpretam nas minhas mensagens.
Cumprimentos.

Filipe Soares- Vila Franca de Xira TOPO

16/11/2011 10:55:51

É salutar discutirmos brancos e os outros, católicos e os outros, nós e os outros, mas sem esquecer que para os outros, nós somos os outros!
Todas as questões que se levantam, e têm que ver com a nossa vida, o nosso bem-estar, as nossas amarguras, a nossa insatisfação e alguma raiva, só tem que ver com as desigualdades com que convivemos. Desigualdades sociais, no tratamento, etc …, mas penso, que a desigualdade mais sentida, é a deslealdade, a traição, o aproveitamento ilícito não só dos bens materiais, mas essencialmente da nossa ignorância ou credulidade. Aquilo que poderá ser o abuso de confiança.
É talvez isto que nos faz revoltar mais sentidamente. Sentirmos que fomos enganados. E enganados por meia dúzia de trafulhas de falinhas mansas, bem vestidos, com carinhas de ingénuos. Em suma, meia dúzia de criminosos que, porque nós consentimos, andam por aí, a rir de mim, de si, de todos … e gostamos. Não somos melhores!
Fala-se de sebastianismo. O que é isso? Queremos dizer incapacidade de nos orientarmos? Ou o velho hábito de que se há algo há a fazer, alguém terá que fazer. Mas quem? É sempre o outro!
É notória a apatia em que vivemos. É escandalosa a forma como nos deixámos manietar por estes crápulas que se misturaram e se confundem com o regime. Vão uns, aparecem outros, com a cara lavada, e voltamos a dar crédito a fundo perdido.
Na minha ignorância, penso que nada será alterado, enquanto não houver uma mudança radical no sistema político. Não tenhamos dúvidas!
Num país, onde é permitido às forças de segurança desfilarem afrontando o regime, onde as forças armadas passeiam na rua em protesto, onde representantes das forças prisionais reclamam …, tenham paciência!
Somos um país sem moral!
Não respeitamos quem manda, e com a nossa medíocre forma de estar, anarquizámos completamente o sistema. Poderão alguma vez, as nossas forças militares ou militarizadas carregar sobre o povo, quando eles próprios se exprimem na rua?
Ouve-se aqui e ali, uma ou outra voz, que apenas descarrega saudade. São uns incendiários. Se o sabem fazer, que o façam!
Entretanto, havemos de manter esta postura do coitadinho, cada vez mais coitadinho, e cada vez com menos capacidade de agir.
A solução não está nas manifestações nem nas greves. Estas, são indústrias rentáveis para quem as promove e faz delas o seu modo de vida.
A solução está em aparecer. Não ter medo de dar a cara. Insurgir-se, mas não se esconder na palavra, nem na obscuridade da Net. Ir atrás dos que têm o nosso dinheiro e vive à grande, e a rir de quem depositou neles a confiança que traíram. Não acreditemos que a Constituição não salvaguarda este tipo de crime. Acima da Constituição estão as pessoas, e houve tempo que alguém disse: "E O QUE É PIOR É TER A EXPERIÊNCIA DEMONSTRADO QUE PARA TRABALHAR NO GOVERNO PELO PAÍS É PRECISO PÔR DE LADO A CONSTITUIÇÃO".
Caros amigos, já fomos mais, havemos de ser menos, cada vez mais pobres, e aí, acreditem, estará resolvida a questão do sebastianismo. Eles virão novamente, na tal lendária manhã de nevoeiro, e salvarão o país, com o meu e o vosso dinheiro, e a história repetir-se á: "Feios, Porcos e Maus"! São estes, o nosso "D. Sebastião"!

João Gomes- Lisboa TOPO

16/11/2011 03:21:10

Boa noite,

Amigo António Marques, sim, essa "sua" Africa como agora a ilustra, sim, concordo mais com esta do que com a anterior, apesar de talvez a anterior ser a mesma, mas assim não o entendi, no entanto, depois deste novo "desenho" feito por si, posso dizer que esta perspectiva terá talvez mais "encanto". SIm, somos de onde nos sentimos bem e onde somos bem tratados, é um facto, e tirando alguns casos menos recomendaveis que por lá aconteceria, penso que no geral todos bem lá se sentiam, os naturais e os que daqui para lá iam, os testemunhos disso ainda hoje existem e não são assim tão poucos como alguns apregoam. Apesar da dureza do regime de então, em parte pela dureza da época que se vivia com os condicionalismos que imperava respeitar, e também necessária para evitar a desagregação e o caos, mesmo com essas condicionantes, essa África de então comparada com os dias de hoje era sem duvida um paraíso. Concordo com todos os claros e bons exemplos que enumerou, como também manifestei ao dizer que África não foi para "nós" os Portugueses de então, vista como uma presa gorda com muito que devorar, nesse capitulo é obvio que nos portamos bem e fomos de longe melhores exemplos do que aqueles que há muito e ainda hoje se auto nomeiam donos de muitas virtudes.

Apenas estou contra aqueles conquistadores da treta que abundam por aí, e que desde a mania de mediocres conquistadores até às fantasias de que certos direitos existiriam só para eles, hoje têm aquilo que merecem, que é uma mão cheia de nada. Sim, tinhamos direitos nessa África, tal como tabém muitos previlégios, uns que soubemos aproveitar, principalmente enquanto António de Oliveira Salazar foi o homem do leme, mas claro que a maioria deles que depois de tanto sofrimento para serem criados, foram todos simplesmente deitados fora com o preço da desgraça de muitos e os fartos proveitos daqueles que bem se conhecem. Reconheço os direitos, estando apenas contra o sentido de posse exacerbada que depois a muitos descalabros conduz, que embora não tendo sido essa a essencia da nossa desgraça Africana, esteve também na sua genese. Se todos nos sentissem como verdadeiros amigos e irmãos, muito teria sido diferente, apesar do gigantesco peso que nos surpreendeu e vergou na forma da tramoia americana que nas nossas costas e contra nós foi posto em marcha.

Ó jovem de Vila Franca, tenha calma... é preciso ter calma, é que da forma como escreve, imagino-o a espumar de raiva, calma rapaz... calma. É que dá umas no cravo e outras tantas na ferradura, assim ainda aleija os dedos. Diz e com razão que quando mouros e companhia para cá vieram já cá existiamos nós e que isso nos deu direito fosse ao que fosse de que forma fosse, mas aos outros isso já não era permitido quando fomos para um sitio onde também antes de nós já outros lá existiam ainda que de tanga e catana na mão? Ora... tenha calma ó jovem. Aos mais "antigos" aceito a tolerancia de que nem todos tiveram a oportunidade de nascer numa época esclarecida para a maioria, porque os tempos eram mesmo "lixados", quem queria comer tinha que trabalhar, qual estudar qual carapuça, qual esclarecimento qual o quê, a esses, sim, apesar de por vezes nem sempre terem ideias "frescas" sobre alguns temas, temos que com eles ser tolerantes. No entanto o seu caso é muito diferente, certamente não anda com uma enxada nas mãos desde o nascer do Sol ao por do mesmo, para semear e cultivar o sustento para os seus que lhe evitem de se esclarecer, pois não? E não adianta dizer que faz a sua parte, que estuda, e ainda bem, é que o esforço que agora lhe é exigido é o de se informar, de se esclarecer, e não o de cavar chão para comer que lhe impediria o acesso a esse esclarecimento, certo?

Hoje certamente tem ao seu dispor uma miriade do que podemos considerar informação, uma mais informativa que outra claro está, mas que ela existe às "toneladas" lá isso existe, por isso, ó jovem, não tenha perspectivas de quem viveu enclausurado há 40,50,60 ou mais anos atrás, pelo peso de lutar pela sobrevivencia dos seus, numa época em que os unicos "Continentes" que haviam eram mesmo aqueles "5 velhinhos" que bem conhecemos geograficamente. O tio Belmiro não existia ainda como existe hoje, se queria batatas, couves, centeio e outros tantos desses quase que luxos de então, não bastava ir aí ao "continente" de Vila Franca e, por causa desses "Luxos" lá se iam os esclarecimentos, entende? É que da maneira como escreve sobre o que deveria ser ou não a extensão daquilo a que chama Pátria, mais parece um qualquer extremista inconsequente.

Quando falo em exterminio, abate, matança e outros tantos termos, como já aqui os invoquei, apesar de alguns me poderem também tomar como extremista, no entanto a razões para esse extremismo existem, estão aí bem presentes, e só com recurso a isso que numa perspectiva de minimo civilizacional, até o entendo como errado, a verdade é que sem recurso a isso nunca mais lá iremos, é que chegamos ao ponto em que não há retorno, só esse expediente nos poderia libertar dos nossos cancros mais recentes e criar os "anti-corpos" que nos protegeriam de cancros vindouros. Mas os nossos cancros de hoje, não são de culpa Africana, não foi por termos perdido esses que de Impérios chamavamos que nos tornamos aquilo que hoje somos, entende? Se ainda hoje fossem nossos a unica diferença era a que disse ontem, os vigaristas que temos por cá andariam muito mais gordos e nada mais. Não culpe nem África nem os pretos, apesar de também nao gostar deles pelas razões que já invoquei, eles pouca culpa têm da nossa desgraça, são sim culpados da deles principalmente, mas que se desenrasquem como nós no desenrascamos com o que cá temos.

Seja extremista com razão, invoque uma causa que lhe dê o direito de se extremar, uma causa que não seja só a sua, não seja extremista sem causa ou razão, porque mesmo já com justa causa, o mais certo é ninguem o entender, mesmo esses por quem se extrema, quanto mais se não houver a minima das razões. Deixe lá os pretos e os sonhos de imensa grandeza territorial, que nem sempre são sinónimo de evolução ou inteligencia e, nisso pode olhar para eles. Foi pena, teria sido bom para todos, fomos do mais tolerantes sim senhor, mereceriamos talvez no minimo um pouco mais de consideração, porque não fomos nenhumas sanguessugas, mas acabou, e quer se queira ou não é a terra deles, é pena que não a aproveitem da melhor maneira, mas cá fazemos exactamente o mesmo, portanto... deixe lá os pretos em paz, que peça aos muitos que cá estão e que não fazem cá falta nenhuma que para lá regressem, nisso ainda me meto ao seu lado, mas não invoque só por invocar que nada de bom traz.

Cumprimentos.

Zé Carlos- Mafra TOPO

16/11/2011 01:20:12

O problema das nossas províncias ultramarinas vai além do conhecimento comum, o que aliás nunca se colocou há discussão pública, porque aí não entra o POVO. Os assuntos mais importantes ultrapassam as nossas fronteiras, após a tragédia que arrastou PORTUGAL para o ciclo da POBREZA. A politica desencadeada por Mário Soares e os actores da sua rede não só do séquito pessoal residente no estrangeiro como pelos leaders internacionais de topo aliada aos traidores da parte militar que por motivo de uma revindicação de classe fizeram o frete aproveitando a ingenuidade dos portugueses que acreditaram num País mais rico e desenvolvido, mas que finalmente só aproveitou aos que arvoraram a falsa bandeira da "democracia "e do socialismo em liberdade. Será que a maioria do POVO que defende os valores que a história lhes legou não merece mais? Veremos se agora, depois da casa roubada, os portugueses têm coragem de repor a verdade histórica que tanto nos honrou e que em momentos difíceis se uniu. Já CAMÕES citou "Entre Portugueses traidores houve algumas vezes"...

Henrique Videira- Palmela TOPO

15/11/2011 17:35:47


Amigo Zé Carlos

Tal como eu já disse anteriormente, a simpatia sentida é mútua e recíproca.

Posso, em relação ao que habitualmente escreve, neste ou naquele ponto eu não estar totalmente de acordo consigo (o que é uma situação normal, pois estranho seria estarmos sempre de acordo em tudo), mas há um aspecto no amigo Zé Carlos que pessoalmente considero muito importante. O amigo Zé Carlos fala com o “coração nas mãos”, sem minas nem armadilhas. É sincero … e sinceridade, quando colocada com bom-senso, como é o seu caso, é algo que muito prezo.

Li com atenção o que escreveu sobre a outrora África Portuguesa, África onde vivi na minha infância e juventude e, portanto, tenho lá muito do meu coração.

Sobre tudo o que o amigo Zé Carlos exprimiu, esclareço que não encaro, nem nunca encarei, a população local Africana como inferiores, ou subalternos. Brancos, Pretos, Chineses, Indianos, todos frequentavam as mesmas escolas, partilhávamos as salas de aula, trabalhávamos juntos, e não nos púnhamos a reflectir sobre quem pertencia a onde.

Vivíamos os territórios como nossos, mas de modo pacífico e construtivo. Neste caso concreto, como em muitos outros, não funcionámos como, por exemplo, todo aquele enxame de pessoas provenientes dos mais diversos locais do mundo, que, entrando pela América do Norte fora, dizimaram grande parte da população indígena que lá vivia e obtiveram o reconhecimento internacional, que ninguém ousa contestar, que aquelas terras são de todos menos dos índios que as habitavam

Reflectindo em moldes mais suaves, pergunto: de quem é a Austrália? Dos aborígenes que lá vivem desde sempre ou será, antes, de quem para lá levou a língua Inglesa e soube implementar os seus usos e costumes? E, ao que parece, as coisas no seio da Austrália até funcionam razoavelmente bem.

Na prática os territórios acabam por ser de quem lá vive, trazendo prosperidade, e influenciando-os com a sua Bandeira e com um Hino Nacional que junte todos.

De quem é o Brasil ? Dos índios amazónicos que lá habitam desde sempre ? Dos pretos que foram para lá como escravos séculos atrás ? Dos Portugueses que para lá foram (e que conseguiram que a língua Portuguesa lá prevalecesse) ? Hoje será um pouco de todos eles, pois sexos de diversas origens cruzaram-se gerando filhos mistos.

Na Guiné-Bissau (menos que na restante outrora África Portuguesa, devido à actual influência Francesa), em Angola, em Moçambique … a língua oficial prevalecente não é a língua duma qualquer tribo. A língua oficial, que junta as diversas etnias, é o Português. Nesses Países Brancos, Pretos, todos juntos já cantaram, noutros tempos, o Hino Nacional Português. Os livros da escola estavam em Português. Todos falavam, tal como sucede hoje, uns com os outros em Português …

Será que aquela África não era nossa ?

Um abraço.

António Marques- Lisboa TOPO

15/11/2011 14:03:43

O território da nossa Pátria é INQUESTIONÁVEL!
Nós temos tanto direito às ex-províncias ultramarinas como os pretos, aliás, se calhar até mais do que os pretos. Nós, ao contrário dos outros impérios, fomos o contrário de um parasita, quando chegámos a África nós não só beneficiá-mo-nos como também beneficiámos o nosso 'hospedeiro'. Nós fomos a nação mais tolerante de todas, os espanhóis em segundo lugar, apesar de nos primeiros séculos ter havido escravatura. Os habitantes das ex-colónias provaram não saber tomar conta de si mesmos e já sabemos que a guerra do ultramar foi um plano para destruir Portugal. Já agora, quem chegou 1º à península ibérica não foram os mouros, nem os celtas,nem os romanos, nem os gregos, já havia cá gente antes dessa gentalha, éramos NÓS.

Filipe Soares- Vila Franca de Xira TOPO

15/11/2011 09:35:55

Um amigo, alertou-me para este espaço de discussão. Não descansei enquanto não vim até aqui, e cá estou. Há de facto certas amarguras explícitas e implícitas nas palavras nuas e cruas que aqui se lêem. Compreende-se e são excepcionalmente importantes porque antes de mais reconheço-as vindas do íntimo. São genuínas.
Há no entanto que ter o cuidado de as interpretar à luz do desencanto e não num contexto linguístico erudito. Reflectem no entanto o pensamento da maioria dos portugueses, e que não são capazes de exteriorizar o seu descontentamento.
A verbalização do nosso descontentamento é digno de escuta, reflexão e contém perigos, que mal entendidos podem explosivos.
Por mim, prefiro encará-las como que exorcização do mau-estar existente, sem que se vislumbre a solução do problema. Só a saída de Portugal da EU pode resolver esta crise. Quem defende a nossa manutenção na EU são os políticos, que vivem disto. Se tivermos que sair da EU, eles vão ter que começar a trabalhar, e quem sabe noutro país.
Parabéns ao fórum e à organização. Afinal este poderia ser muito bem o canal alternativo ao que se tem dito, e tanto mal se tem dito, do nosso MAIOR ESTADISTA PORTUGUÊS, no contexto da moral, governação, seriedade, ética e acima de tudo um defensor da moral cristã.
Por Portugal.

António Rosa- Ourém TOPO

15/11/2011 09:20:18

A propósito do que se tem escrito por aqui ultimamente, e porque pode ter passado despercebido, realço o seguinte artigo colocado neste sítio há poucos dias:


http://www.oliveirasalazar.org/download/documentos/O%20Massacre%20de%20Cólua%201961___D365172D-13EA-4310-8B3C-F05E0B54C2D4.pdf


Neste mundo da globalização, já não sei de quem é, o quê, e de quem. Se a África Portuguesa não era nossa, de quem era? De quem é Santarém? também não sou perito em história, mas lembro-me de ter aprendido na escola que houve um rei que se intitulou rei de Portugal e dos Algarves de aquém e além mar em África. Logo, o Algarve também não nosso e por aí fora. Tenhamos o discernimento de julgar a história com todos os condicionalismos e realidades do momento. Porque afinal, nada é nosso, mas tudo tem que ser administrado.
Tudo corria bem em Angola até que aconteceu o que este link mostra.

Joaquim Alves- Entroncamento TOPO

15/11/2011 01:06:11

Mais uma vez, boa noite,

Eu também sou um grande apreciador dos nossos muito sábios ditados populares, entre muitos, esse tal de "Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão" se bem que na pratica, nem sempre seja bem assim. Não que me sinta tocado, mas se quiser tomar uma atitude de algum preciosismo quiçá merecido sobre a minha pessoa (quem não se sente não é filho de boa gente), Senhor Henrique Videira, é que há dias em que estamos mais sensiveis do que outros e, talvez hoje seja um desses dias, daí que resolva agitar um pouco as "águas".

Eu realmente, contesto em muito a realidade em que vivemos, ó se contesto, mas daí a ser considerado culpado seja do que for, bem... vai ter que me desculpar (ou não, pouco me importa) o Senhor fale apenas por si e evite generalizar sem sequer ressalvar que poderá eventualemnte haver alguns que possam ser excepções no que toca a culpas seja do que for. Já aqui em tempos disse e volto a afirmar que não me considero exemplo para ninguém e como tal não quero vestir essa pele, mas também não me sinto com muita vontade de vestir essa que me está a "oferecer". Nunca roubei ou enganei alguém, nem sequer no singular, quanto mais no colectivo, (como muitos, não sou o unico, eu sei) logo, aí não posso aceitar que me chamem culpado seja do que for. Nunca recebi um qualquer subsidio fosse de que ordem fosse, nem sequer o de desemprego numa altura em que até a ele tinha direito, mas nem mesmo aí, esse direito invoquei, certamente por dele não necessitar, dirá o senhor e, nisso tem toda a razão, mas tinha o direito a tal e dele abdiquei, portanto, algo mais de que não posso ser nem culpado nem acusado de nada, nem tão pouco de benfeitor, porque esse certamente não foi entregue a ninguém que muito dele necessitasse e, mesmo que ficando no cofre também não era essa a gota d'água que nos traria fosse que salvação fosse, mas assim aconteceu. Não sou ignorante sem opinião propria formada, como penso que já alguns por aqui devem ter percebido, apesar de também não ser menino de coro, talvez me possam acusar de aguma inactividade, mas de carneiro manso, resignado e subserviente como a muitos convém, jamais, portanto sobre o relato das culpas, fico-me por aqui, porque embora pudesse continuar a invocar mais razões, sinceramente não me apetece.

Também nunca tomei parte em nenhuma manifestação (embora este possa não ser um motivo de grande orgulho, por muitas e variadas razões), nem organizada por qualquer sindicato nem de qualquer outra natureza, estive tentado recentemente a participar nessa "ultima" tida como a da indignação dos jovens, mas como também já não sou propriamente jovem, nem partilho da maioria das ideias desta nova jumentude em que todos querem ser doutores, engenheiros, psicologos e sabe-se lá o que mais, e não se ouve ninguém a reinvidicar o direito a ser Pescador, Agricultor, ou a ter outra ocupação que canse o "canastro" ou faça calos nas mãos, resolvi ficar por casa a fazer parte do que tinha para fazer, mas confesso que me senti tentado e inclusivé até falei nisso a um primo meu, esse sim que ainda se pode considerar jovem, mas como esse também não é do tipo "maria vai com as outras" teve em tudo uma opinião parecida com a minha e por conseguinte... adeus "indignação" e manifestação.

Também não sou anti sindicatos, como alguns poderão pensar porque já aqui mal deles tenho dito, pelas razões que todos aqueles que se considerem minimamente inteligentes possuem e das quais partilho. No entanto num contexto de sociedade minimamente esclarecida e lúcida (que não é o nosso caso) têm o seu papel e razão de existencia, numa sociedade altamente esclarecida, desde o topo á base da pirâmide, certamente não seriam necessarios, porque tudo seria correcto desde as esferas do mais alto poder á do mais simples cidadão contribuinte, mas como essa sociedade perfeita não existe, penso que terão razão para existir tomando o papel de "poder" intermédio para o chamar da razão, como é por vezes necessário mesmo em sociedades governadas por gentes que podem ser consideradas minimamente honestas e nesse campo volto a dar como exemplo, o sindicalismo Alemão que em termos de exemplo de qual devrá ser o papel de um verdadeiro sindicato, preocupado com os sindicalistas que defendem, mas acima de tudo também preocupados com a Nação a que pertencem e pela qual só a mais justa das razões perseguem, para mim são o exemplo dos exemplos. Portanto aqui, também nao sou culpado de nada, não alinho ou tomo parte em "bandos", nem espiritualmente nem fisicamente.

Quanto ao arregaçar as mangas e lutar como aqueles que viveram o Estado Novo... espero que se refira á parte em que depois de António de Oliveira Salazar tomar nas mãos as redeas deste Portugal mais que desgovernado, foi necessário esse grande esforço que todos directamente empobreceu, é verdade (pobres no bolso, mas ricos nos valores, embora isso não enchesse a barriga obviamente), também aí como agora por causa dos sonhos e fantasias de uns tantos dessa época. Tem toda a razão quando diz que devemos arregaçar as mangas e lutar, mas... Senhor Henrique Videira, está-se a esquecer de um pormenor, não está?! Pois está... é que actualmente não temos no destino disto que mais se assemelha a um bordel, de alguém de nome "António de Oliveira Salazar", nem em nome nem em um centésimo da Honestidade, para não descer á bilionésima parte, como penso que poderia ir e nem mesmo aí me enganar ou estar errado. Sr. Henrique, aceito que incite a todos à luta, mas em primeiro lugar, á luta pelo exterminio de toda a escumalha verdadeiramente culpada de tudo isto, que são muitos, mas não tantos que se fossem todos mortos se pudesse acusar alguém de exterminio em massa como é agora tão "chique" de se dizer. Depois de isso concluído, Sr. Henrique, sim, depois disso vamos lá arregaçar as mangas e criar necessária riqueza, que é possivel cá ser criada, para que depois se possa manter isso a que chama de "utopia". Eu que não usufruo seja de que "utopia" for, Sr. Henrique, digo-lhe que aí está completamente errado, esses direitos aos quais chama de "utopia" e não sei porque o faz, são perfeitamente alcançaveis e capazes de serem mantidos, o grande maleficio da Abrilada não foi a criação de alguns direitos, sabe bem disso não sabe? O problema foi que criaram aguns direitos para todos, porque senão alguns não poderiam usufruir de verdadeiros previlégios, que suplantam em muito a escala do racional. Sr. Henrique, como se pode incentivar seja quem for a lutar mesmo em nome da Nação, se depois mais tarde, essa mesma nação esquecer aqueles que por ela lutaram? Como pedir a alguém que lute em prol de algo e quando chegar o seu fim, o tiver de forma miseravel? O senhor lutaria nessas condições? Não sei se é ou não reformado, se o é, porque não abdica desse direito? Se o vai ser porque não a mesma atitude? É que os direitos devem ser iguais para todos não é? Estou errado? Não era a isto que se referia? Talvez Sr Henrique, mas genralizou e assim baseio-me na mesma generalidade de opinar sobre o que avançou. Mas... sim, criemos o culto pelo dever, para que se possa em seguida usufruir do direito, sim Sr. Henrique, vamos lá então, mas não se esqueça que é preciso primeiro exterminar a praga ou escumalha que como um cancro nos consome e como cancro que são só o seu exterminio ou morte nos poderá salvar, incite-nos a isso, é que enquanto assim não for, lutar será sempre alimentar a podridão e a imensa inutilidade hoje existente, será tornar tudo isso que não merece existencia eterno.

Exterminar e depois por lá quem, certamente perguntará. Não se preocupe, seja quem for que vá para o mais alto cargo depois de tal pedagogia, não mais voltará a cair em tentação, disso lhe posso assegurar. Sabe porquê? Simples! Saberiam bem que futuro os esperaria se voltassem a "pecar" (agora apetece-me ser simpatico) e como tal, pode estar certo que nunca mais niguem mexeria no que não fosse seu por direito. Pode-lhe chamar de pedagogia Sr Henrique, embora a "alguns" muito lhes apeteça chamar de terrorismo, obviamente.

Esta nova palhaçada a que alguns chamam de governo, no inicio estipulou que as autarquias não se poderiam endividar para cima de 62% das verbas a que tinham direito, mas afinal voltaram atrás e vão poder endividar-se até aos 125% ?! Essas tais de autarquias dizem que não são as culpadas do endividamento do País, talvez não sejam o unico, concordo, mas desta forma a qual já vieram até dizer perante as TV's que estavam contentes com a decisão e que tinha sido uma decisão acertada por parte do governo, irão ser culpadas do quê? Do milagre de multiplicação das verbas?!

A associação patronal portuguesa (penso que é assim que se intitula mais esta organização de mafiosos e vigaristas) vieram um destes dias com o semblante carregado, como que tristes pelo que iam anunciar, que... a classe operária, teria que se preparar para uma mais que eventual descida dos salários....?!!! Bem... aqui penso que sou isento também, porque sou patrão de mim mesmo, logo, não posso ser acusado de parcial, mas atambém aqui o deboche e a sem vergonhice não tem limites e merece ser falado. Descer os salários que são dos mais baixos da Europa, quando muitos dos bens de necessário consumo são em proporção desses mesmos salários dos mais caros dessa mesma Europa?! Descer os salários para que essa cambada de mafiosos e vigaristas que não pode pagar mais 25 euros de aumento, no fim do ano comprem mais um porche, ou um bmw, audi, mercedes etc etc como é apanágio da grande maioria dos "empresários"?! Descer os salários que segundo dizem levará muitas empresas á falencia, quando essas mesmas "empresas" dpois pagam desproprocionalidades a gestores e companhia?! Bem... poderia aqui continuar eternamente não era? Pois, mas há que acabar.

Percebe o que quero dizer com estes "pequenos" exemplos não percebe? Não esquecendo que muitos mais podres haverão, mas lembrei-me agora destes. É para a perpetuação disto Sr. Henrique Videira (e não só), que quer incitar todos a lutar como no Estado Novo? É que se for, mais me parece que está a incitar á criação de mais carneiros.

Cumprimentos

Zé Carlos- Mafra TOPO

14/11/2011 21:47:13

Senhor Joaquim Alves, a razão para que as pessoas digam a frase 'que os ricos paguem a crise' é porque o dinheiro que veio da CEE nunca chegou às mãos do povo em geral, dos biliões que o país recebeu maior parte desapareceu, nas mão dos ricos. Aliás, uma simples conta pode dar que pensar, a população de Portugal é de aproximadamente 9 milhões, 1 milhão de euros para cada cidadão daría para uma vida inteira se fosse usado correctamente, ora o total de um empréstimo da UE sería de 9 mil milhões de euros. Apenas 9 mil milhões para uma geração em Portugal sobreviver com as contas todas pagas. Agora vamos adicionar as importações (já que o país não produz quase nada graças ao senhor Cavaco e companhia), 1 milhão ou 2 milhões de habitantes têm um salário maior do que o normal; e outros factores , o total rondaria os 12 ou 14 mil milhões. Ora, o último empréstimo foi de 78 mil milhões. Quando o dinheiro cá chegar, o usarem todo e depois dizerem, 'bolas, não chegou, precisamos de mais' e a dívida apenas ter diminuído uma ínfima parte do que era antes, onde foi parar o resto dos mil milhões? De facto, o espaço entre ricos e pobres tem de ser pequeno, mas não para um nível 'vermelho' e existe um facto muito simples que prova isso. Precisamos do rico para pagar ao pobre, este por sua vez, parte do dinheiro que recebe do rico é usado para pagar ao rico e repete-se o ciclo. Se este ciclo for respeitado sem corrupções nem outros factores externos, então temos uma economia estável. Para mantermos essa estabilidade precisamos de um governo honesto e com mão de ferro, como foi provado.

Filipe Soares- Vila Franca de Xira TOPO

14/11/2011 20:30:23

Boa noite,

Amigo António Marques, apesar de não ser necessário repetir, coisa que até detesto, vou de novo reavivar que, de entre todos os que por aqui vão deixando as suas opiniões, as suas, e a sua particular maneira de as expressar, sempre me agradaram. Se me perguntar porquê, talvez porque pelo que escreve e da forma como o escreve me dá a sensação de alguém sensato (coisa que nem sempre sou), calmo, lucido e isso agrada-me, apesar de achar que muitas vezes o grande problema de "todos" nós é a excessiva calma ou "calma" (calanzice como vulgarmente lhe chamo). No entanto sobre si, "vejo" a boa calma, a de alguém que manifesta sapiencia. Tudo isto para que não entenda mal a "resposta" que lhe vou dar, apesar de achar que me interpretou mal sobre o tema "África Portuguesa" como lhe chamou.

Também, quero deixar de forma bem nítida, que Históricamente falando me considero um quase que perfeito ignorante, obviamente que tenho a minima noção sobre alguns assuntos de uma forma generalista, mas desconheço a grande maioria dos pormenores tais como datas, nomes, acontecimentos que até terão grande relevo, confesso, mas em nada isso me atormenta. Talvez fosse bom numa perspectiva de esgrimir argumentos, ou até mesmo na simples perspectiva de que o saber não ocupa lugar e sempre dá jeito, se o meu "arcaboiço" Histórico fosse completo, mas como não me move esgrimir seja o que for e, como ovelha ranhosa que sou, tenho as minhas proprias ideias de forma autónoma e nunca precisei de pastor que me fizesse ou ensinasse a regurgitar fosse o que fosse, nem para que a minima verdade ou razão me fosse clara e visivel, portanto, quando falo do tema África e me refiro às nossas ex-colonias, faço-o de forma pobre no capitúlo Histórico, mas de consciencia completamente limpa e isenta de qualquer segundo sentido pouco ou nada nobre, é que nunca lá estive, nunca nada lá deixei, não quero nada de lá, nem nada que lá haja me causa inveja e, penso que enquanto for "governada" por macacos, certamente lá não irei, nem pelas belas paisagens que certamente lá existirão e que muito gostaria de ver.

Apesar de talvez a minha maneira de falar dessa "África Portuguesa" possa parecer que sou pró "preto", não o sou, penso que também não será novidade aqui que não os vejo com muito bons olhos. Não gosto de muitos dos habitantes das ex-colonias (obviamente não todos eles) e a esses chamo pretos, não pela cor obviamente, mas sim pelo que aconteceu, pelo mal que sempre disseram de nós Portugueses, e ainda hoje continuam a dizer, mas não cessam de vir para cá. Não entendo como é que alguém vem para se juntar áqueles de quem tanto mal diz e de tal mal acusam, não percebo, e como tal, desses não gosto e a esses lhes chamo pretos ou pretalhada, como penso que o merecem. Os outros, que descansem que este "barrete" não é para eles, esses sabem bem e ainda hoje confessam que a liberdade de outros tempos era bem mais livre que as dos dias de hoje, embora o façam a medo, porque a "liberdade" que agora por lá têm é mais ou menos parecida com a nossa por cá. Estou também certo que alguns sentiram na pele e devido a isso para muito, razão teriam, das muitas ovelhas mais que ranhosas do ponto de vista civilizacional que daqui para lá partiram e para as quais a morte teria até sido algo muito acima do que realmente mereceriam, no entanto, no geral, esses Portugueses de então eram boas gentes sobre as quais muitos desses que enumera com nomes tribais (penso que será essa a designação) tinham até estima e respeito, porque no geral, muito de bom lá foi feito e muito de bom ficou nas memórias dessas mesmas gentes. É verdade quando diz que as gentes de lá, (os que considero pouco ou nada pretos, muito mais "brancos" até que certos brancos que por cá temos) ainda hoje pensam em nós Portugueses com saudade e de nós nenhum mal dizem, porque sabem e constatam isso hoje na pele, que a vida lhes era em tudo melhor e mais justa no tempo em que por lá estivemos. No entanto, claro que hoje, lá, tal como cá, tudo ficou muito melhor para alguns, com o preço de ter ficado muito pior para muitos outros e prova disso, um amigo meu que esteve em Moçambique há cerca de 3 anos, também me disse o mesmo, que a maioria das pessoas de lá, aqueles que têm o nome de povo, mas que hoje não passam de verdadeiros escravos ao serviço dos macacacos mor de lá, lhe confessaram que muito bom seria se os tempos pudessem voltar para trás.

Como disse, e volto a dizer, África não era nossa amigo António Marques, e não há outra forma de o dizer. Como tal, aquilo que não nos pertencia, nunca como nosso poderia continuar a ser. É errado continuarmos a pensar em África como se de uma extensão de Portugal se tratasse, talvez se tudo tem continuado como dantes tudo fosse melhor para todos, talvez, mas mesmo assim tenho grandes duvidas, apenas vislumbro a certeza de que tudo estaria como está apenas com a diferença de escala, haveria por cá mais vigaristas, muito mais "gordos" e por lá muitos mais miseráveis muito mais "magros", penso que com esta "essencia" dos dias de hoje, apenas isso aconteceria. Mas... claro que, nem tudo se pode resumir a tão simples ou pobre explicação, e penso que será a isso que se refere quando "contesta" a minha opinião sobre o tema. É que penso que é justo dizer que não fomos para África com o intuito de esventrar a "Galinha dos ovos de ouro" e só os ovos de lá retirar, é que nesse tempo, no inicio da aventura Africana, nem sabiamos da existencia dos "ovos", África, penso que foi um "acidente" de percurso a caminho de outras paragens, não "aterramos" lá como aterraram e continuam a aterrar, americanos, russos, chineses e toda a escória mundial com intuitos de verdadeira escória em conluio com a escória de lá. Se é a isso que se refere, amigo António Marques, eu também assim o penso e, quando digo que África não era nossa, não o digo com a intenção de dizer que fomos para lá com o intuito de a roubar ou de esses povos maltratar e que todas essas gentes tenham ficado pior do que se encontravam antes de nós lá termos "aterrado", como acontece actualmente com os que para lá vão só para sacar. Nesse tempo "Aterramos" lá até com alguma ingenuidade, e por tal, muito lá fizemos e muito lá ficou apenas para depois ser destruido e nada mais. Muitos lá morreram, para proteger em parte o que era nosso (as bem feitorias essencialmente, porque a terra, essa era deles, fossem de que tribo fossem) mas essencialmente dos africanos porque tudo foi feito em terra ( refiro-me ao País ou Países no seu todo, compreendo e respeito o conceito de propriedade privada que por lá havia) que lhes pertencia por direito.

Os Macuas, ou os Macondes, ou os Balantas, ou … ou … (copy paste) amigo António marques, não interessa, tal como não interessa se ainda hoje têm ganas de pegar em "lanças" e catanas e esventrarem-se uns aos outros, não interessa, essas terras, pobres o ou ricas, eram deles. Tal como não interessa que tenhamos pegado em regiões ou territórios pertença de tribos individuais, que as tivessemos reunido e lhes chamado Angola, Moçambique, etc etc, não interessa. É que da forma como invoca os nomes dos Macuas, dos Macondes ou Balantas me dá a entender que pelo facto de serem gentes tribais ou quiçá gentes talvez civilizacionalmente atrasadas e, que apoiados nisso que para mim no minimo é uma magra razão, vissemos o suficiente direito de com os seus territórios podermos continuar sob nosso dominio talvez eternamente. Se foi isso que quiz dizer, cuidado amigo António Marques, é que com essa maneira de pensar também deixa aberta a porta para que outros hoje sintam a necessaria legitimidade em nos invadir e do nosso território se apoderarem, é que hoje na generalidade, em mentalidade e em muito mais infelizmente, não estaremos muito à frente desses a quem chamamos de "pretos", se é a isso que se refere, que por serem atrasados ou "selvagens" não tinham o direito a esses territórios seus de forma ancestral, cuidado amigo António Marques... cuidado... é que talvez hoje, nós Portugueses não sejamos selvagens, mas sobre o "atrasados", já não tenho tanta certeza.

Agora se me disser, que foi uma pena tudo o que aconteceu, da forma como aconteceu e pelas razões que aconteceram, concordo plenamente consigo e, penso que não adiantará redizer tudo aquilo que aqui já todos sabem sobejamente. Se me disser que hoje nós Portugueses apoiados numa verdade ou razão que a muito nos teria dado direitos (não de conquista ou espólio, mas de permanencia) que foi a de que no inicio, não fomos com intuitos de puro roubo como acontece hoje, Portugueses, Angolanos, Moçambicanos e outros tantos, se tivessem tido um vislumbre do que poderia ser hoje aquilo a que chama de "África Portuguesa", numa perspectiva de cooperação e entendimento em tudo o que poderia ser feito fosse em que campo fosse, hoje essa "África Portuguesa", nós e esses povos, seriamos uma enorme potencia de nivel Mundial, e com muito mérito porque muito lá fizemos e muita inovação para lá foi levada e até lá por nós criada, fosse em que perspectiva fosse, mas... há sempre um mas... Nós, os Portugueses, e esses povos Africanos, talvez não tivessemos tido esse vislumbre (acredito que Salazar o tenha tido, mas talvez tarde demais, já com um inimigo de estimação de nome america), mas... houve quem os tivesse e, para que o "vislumbre Africano Português" não pudesse ser uma realidade que mais tarde muitos "impactos" teriam, esses outros que outros "vislumbres" tiveram, souberam por em pratica de forma mais ou menos hábil aquilo que talvez se possa chamar de "contra-vislumbre Português". No entanto, agora, no final, depois de tudo passado, de nada adianta chorar sobre o leite derramado, talvez apenas chorar o sangue por muitos lá inultimente vertido, derramaram o seu sangue que apenas serviu para engordar muitos traidores (brancos e pretos) e nada mais, sobre isso talvez não adiante chorar também, mas que dá vontade de o fazer, lá isso dá, não há nada mais inutil que a morte por razões vãs.

Quando refiro "razões vãs", não me refiro à razão que originou a chamada guerra colonial, terem ido defender isso a que chamou de "África Portuguesa" não foi uma vã ideia, António de Oliveira Salazar não era de ideias vãs, iam proteger o que muito merecia ter sido protegido, fosse de quem fosse, de brancos ou de pretos, não interessava, até porque os interesses eram comuns, no entanto foi vão todo o esforço tendo em conta o resultado final, nem se protegeu o que era nosso, nem se protegeu os interesses desses povos que hoje vivem ainda mais miseravelmente do que viviam nesses tempos. E esses que dizem que hoje se vive muito melhor, são a escória de lá em tudo semelhantes á escória de cá tendo a cor da pele como unica diferença, esses que semanalmente vêm á Europa gastar impunemente o que não lhes pertence, esses não são gente, esses não passam de macacos que nunca das arvores deveriam ter descido, esses talvez nos dessem o direito de perpetuar um qualquer dominio territorial, porque essa tal "África Portuguesa" era muito mais justa para esses Africanos que a África Africana que hoje têm.

É esta a minha opinião sobre a "África Portuguesa", talvez expressa de forma muito pobre, sem o embelezamento de natureza Histórica que lhe pudesse proporcionar uma "cara" mais atraente, mas como disse, sou Históricamente quasi ignorante. É também uma opinião extensivel a todos os outros antigos "Impérios", talvez uns gostem, talvez uns não, mas é apenas a minha opinião, sem o intuito de agradar seja a quem for.

Cumprimentos.

Zé Carlos- Mafra TOPO

14/11/2011 19:27:50

Concordo totalmente com o Sr. Joaquim Alves que felicito.
Consultando os compêndios de História, relembrei o que aprendi na instrução primária, que embora a nossa independência começasse em 1143 através do Tratado de Zamora, só passados 106 anos, em 1249 no reinado de D. Afonso III os Mouros foram expulsos da totalidade do território que hoje é Portugal.

Mas os árabes (Mouros) já estavam na península Ibérica antes do ano 711 porque é a partir dessa data que povos cristãos do Norte da Península os começaram a combater.
A diferença entre as duas datas é de 538 anos, mas como os mouros já ocupavam grande parte da península ibérica muito antes, dizem os historiadores que estiveram por cá entre 800 e 900 anos.

O que acabei neste de ler no “Livro de Visitas” sobre os nossos territórios de África, em que o articulista tem a opinião de “que o território deveria ser entregue aos legítimos donos”, comecei logo com a dúvida de quem seriam os legítimos proprietários, porque em Angola existem várias etnias, sendo as principais a dos Bantus, Bacongos, Ovambos, Ovimbundos, Quiocos, Bosquímanos, Hereros, Nhanecas e Quangares. Na região falam-se cerca de duas dezenas de línguas sendo as mais faladas: quicongo (ou kikongo), quimbundo (ou kimbundu), chocué (ou tchokwe), umbundo, mbunda e cuanhama (kwanyama ou oxikwanyama).
Qual seria a solução para dividir o território? A quem entregar?

Mas o assunto deixou-me altamente preocupado, porque resido em Santarém que pertenceu ao domínio dos Mouros e sendo aqui aplicada a solução de entregar o território aos seus legítimos donos irei ter de escolher residência noutro ponto do país. O que vai ser difícil, porque o que foi chamado Condado Portucalense também era território dos Mouros. Assim, do Minho ao Algarve não existe território que não tenha sido do domínio dos Mouros.

Sem querer maçar com a leitura de um texto longo que é sempre saturante.
Serve a minha intervenção para manifestar a minha preocupação, porque professando a religião cristã e não querendo converter-me ao Islão, não sei que fazer se o critério aqui defendido sobre os nossos territórios em África for aplicado no território continental português.
Para onde irei morar?
Só nos resta a Madeira e os Açores. Será que cabemos lá todos.

Artur Silva -- Santarém

Artur Silva- Santarém TOPO

14/11/2011 14:53:27

Só poderá haver revolução se existirem condimentos que provoquem alguma reacção alergénica á democracia e a todos os que dela se alimentam. É um facto que para já, está tudo encostado ao regime, e quanto mais estiverem encostados, maior é a probabilidade de o abalroar. Ninguem se iluda, nunca em Portugal haverá revolta ou tumulto que pareça uma revolução. Eram outros tempos em que os ódios eram intestinais. Agora os ódios são de estimação. O cruzamento, levou a que todas as famílias políticas têm gente dos dois lados da barricada.
Por isso, minha gente, vamos a trabalhar e deixemo-nos de filmes. O país precisa de produção: indústria, pescas, serviços, mas sem o factor sacrifício, nada feito. Trabalhemos para que o resultado se reflita no Estado. Quando pedimos para os ricos pagarem a crise, é puro pensamento marxista. Não pode haver Estado que governe sem a riqueza do trabalho alheio. Não pode haver Estado que evolua sem que a banca não esteja confortável. Isto é uma coisa, outra coisa é cairmos nos abusos e na prepotência. No Estado Novo, os resultados surgiram porque nunca o dr. Salazar permitiu abusos e obrigava a que a riqueza fosse distribuida equitativamente. A ideia que havia fome antigamente, é invenção vermelha. Os campos sempre produziram o necessário para a alimentação. Haviam as hortas, o minifundio. Que me digam que nas cidades a coisa era mais problemática, posso concordar, e sabem porquê? porque as pessoas que abandonavam a terra e se dedicavam ao vagabundismo nas cidades, não tinham com que se valer. Por isso uma das medidas que Salazar tomou, foi, quando algum vagabundo era apanhado por aí, retornava-o à terra dele.

Joaquim Alves- Entroncamento TOPO

13/11/2011 18:06:41

O que é que o senhos Joaquim Alves quer dizer com isso??

Filipe Soares- Vila Franca de Xira TOPO

13/11/2011 15:52:15

Há um ditado que diz:"Casa onde não há Pão, todos ralham e ninguém tem razão" Isto é o que se passa hoje com Portugal. Quem contesta a realidade em que estamos a viver decerto que são aqueles que mais contribuíram para que tal acontecesse. É tempo de reflectir profundamente e, como já aconteceu com aqueles que viveram o regime do ESTADO NOVO, temos que arregaçar as mangas e lutar, porque todas as greves e manifestações que se fizeram também contribuíram para a derrocada económica em que se caiu. Os extremos tocam-se e com a utopia "socialista"que se estabeleceu há 35 anos com direitos e sem deveres que só serviu aos corruptos e oportunistas voltámos, como após a 1ª República e guerras europeias á fronteira da pobreza. Repare-se que só agora é que os agentes políticos e seus apaniguados discutem a economia,orçamentos e PECS com que intoxicam o POVO e cuja importância não fez parte até aqui da tão apregoada "democracia." Este é que é o NOSSO FADO.

Henrique Videira- Palmela TOPO

13/11/2011 15:49:43


Oh, amigo Zé Carlos.

Tenho muita consideração por si, e pelas suas ideias … mas essa sua visão em relação à ex-
África Portuguesa … nem parece uma visão sua.

Como eu já uma vez aqui escrevi, nas etnias Africanas não existia a Nacionalidade Guineense, nem a Nacionalidade Angolana ou Moçambicana. Haviam, isso sim (e no fundo esse espírito ainda existe, assim me parece), os Macuas, ou os Macondes, ou os Balantas, ou … ou …

Portugal abandonou, porque a isso foi obrigado, todo o investimento que lá realizou, com tremendo prejuízo para todos nós. Tratava-se de investimento produtivo, afirmado numa lógica de crescimento económico sustentável, e não de investimento especulativo. Na realização desses investimentos os Portugueses não funcionaram como exploradores mas, sim, como Portugueses Africanos. Ao viverem em África os Portugueses sentiam-se Africanos, facilmente intercambiando e se misturando com as populações locais.

Eu já ouvi, com os meus próprios ouvidos, poucos anos atrás alguns dos locais de um determinado País Africano que antes era Português, a lamentarem-se por os Portugueses terem deixado África. Mas, claro, os Portugueses saíram de lá porque foram obrigados a sair.

Saíram para quê ? Para cederem o poder, ainda que camuflado, aos Soviéticos, e até aos Americanos e aos Chineses ?

Ora, amigo Zá Carlos …

Um abraço.

António Marques- Lisboa TOPO

13/11/2011 11:37:37

Interessante o estado de espírito que aqui encontrei em relação à África portuguesa. São opiniões, que temos que ouvir e respeitar nesta podre democracia. Mas pergunto se o território português europeu saiu no totoloto ou foi fruto da chacina, de milhões de mortes entre portugueses, os povos que ocupavam a península e uns tantos contratados.
O nosso Portugal europeu foi imposto a Castela. Foi conquistado. Tornou-se independente à custa das armas. É BOM NÃO ESQUECER!
Morreu muita gente e hoje cá estamos a falar português em vez de castelhano. E que tal auto-descolonizarmos a nossa terra e entregá-la a quem de direito? Mas desta vez da forma correcta!
Bom Domingo.

Joaquim Alves- Entroncamento TOPO

13/11/2011 11:24:03

Lá foi outra vez o Cavaco lamber as botas ao maior inimigo da nossa Pátria.

Filipe Soares- Vila Franca de Xira TOPO

12/11/2011 22:11:21

Boa noite,

Uma resposta "breve" para a Dona Maria Celeste: Dona Celeste, enquanto a senhora mantiver aquilo que penso ser, a lucidez de conseguir ver e apreciar a razão, como creio que faz quando se refere ao nome de António de Oliveira Salazar e a toda a sua obra feita em prol dessa verdadeira Nação de então, estarei sempre a seu lado, embora talvez isso de pouco ou nada lhe sirva, mas será assim. A "nossa" particular "polemica" de nome cavaco silva, assenta só em alguma incrudelidade da minha parte, pelo facto de que tendo a senhora uma visão que considero nitida sobre esse Grande e Honestissimo Homem tenha no entanto incompreensivelmente para mim (de qualquer forma é um direito seu de admirar seja quem for, desde que não prejudique ninguém, eu simplesmente só não entendo essa amiração, nada mais) tanta admiração por um dos muitos que por aí existem e que na pratica, não passa de mais um simples vigarista e vendido, com culpas mais que provadas nesta nossa "recente" desgraça (se bem que a verdadeira culpa é da populaça resignada e ignorante, embora eles, tão "ilustres", "educados" e "bem formados senhores" apesar de terem jurado servir o povo e a Nação, entre o que juraram e o que fazem, só chumbo merecerem). EU não atribuo culpas só a ele, não é isso, eu apenas digo que entre os outros que nomeou, este também é feito da mesma massa, simplesmente isso e que o seu nome deveria figurar numa lista negra de traidores a abater. Sobre as faces mais que ocultas que são muitas que por aí existem, eu, que não consigo matar uma galinha da maneira tradicional apesar de acabar por as comer na mesma obviamente, daria "rumo" com as minhas proprias mãos, sem o menor pudor ou peso de consciencia a TODOS aqueles que desde há muito o povo roubam e depois ainda o gozam. Senhores, doutores, engenheiros, juízes, do mais "nobre" ao mais simples e imbecil "cidadão" que ousasse por a mão em dinheiro ou outro qualquer bem que ao colectivo pertencesse, fique certa que comigo todo esse expediente rapidamente acabaria. Claro que passaria a ser louco, facista, terrorista e sabe-se lá mais o quê, até perante esses cujos bens ou sacrificios estivesse eu a proteger de tão "louca" maneira. Sobre os 40 anos que avançou como prazo temporal para que alguma coisa melhore, desengane-se, esta sociedade está completamente podre, desde os mais novos aos que já pouco ou nada podem fazer mesmo que o quisessem. Portugal morreu no mesmo momento da morte de António de Oliveira Salazar. O enterro é que ainda demorou uns anos a efectuar-se, mas eis que chegou esse momento, pese embora já o avançado estado de decomposição do "cadaver".

Quanto ao povo, aos militares ou possiveis revoluções, isto só lá iria com o abate ou matança (que ninguém se indigne ou repugne, são estes os termos realistas) de todos os vigaristas que directamente ou indirectamente contribuiram e continuam a contribuir para o rumo que levamos. Ninguem se iluda em pensar que tudo poderia ser resolvido com aquilo a que alguns ainda têm a ingenuidade de chamar de "justiça", porque essa, talvez por estar vendada, deve ter ido andando, andando, andando e por não ver foi para tão longe que já nem ela nem ninguém sabe onde está. A unica solução por muito que possa parecer reprovavel para alguns, passa unica exclusivamente pela remoção de forma permanente (com chumbo) de todas essas "faces ocultas" que por aí continuam a andar alegres e contentes com tanta impunidade. Quanto ao otelo, apesar de lhe ver alguma razão no que ultimamente vem dizendo, se tivesse a minima vergonha estaria era calado, ou então, se por acaso (penso que não será esse o motivo) se algum peso de consciencia o assalta, talvez se pusesse mãos á obra e começasse uma que ainda "micro-revolução" que prporcionasse uma viagem de ida sem regresso para o inferno de um ou dois dos muitos elementos que muito justamente deveriam constar de uma lista de "notaveis" a enviar para tais paragens, talvez assim otelo merecesse alguma atenção de todos e aliviasse algum do muito peso que certamente lhe irá na consciencia, mas como duvido que conheça semelhante palavra, creio que nem peso e, que apenas se manifesta porque com os tais cortes, lhe devem ter retirado alguma mordomia e nada mais.

Quanto ao "caso" sporting e Angola, acho graça á incrudelidade de alguns. Sobre esse tema e muitos outros, a verdade é que a traição, em muitas vertentes, umas mais graves do que outras, embora o termo seja do mais objectivo que há, essa também é como uma erva daninha que se não for exterminada se propaga e infesta tudo e todos, portanto, eu não vejo qualquer admiração nesse episodio. Teria sido quiçá mais inteligente por parte da dita personagem ter dado uma no cravo e outra na ferradura, tendo prestado homenagen a todos os que por lá morreram de ambos os lados ou simplesmente ter estado quieto e nao ter tomado parte em nada, se bem que assim fez o papel daquilo que é, e daquilo que representa a imbecilidade futebolistica actual, há muito que futebol e a minima inteligencia andam desfasados de 180 graus.


Sobre os Impérios e tambem de forma "resumida", eles não eram nossos, os territórios ou as gentes, por muito que isso custe a alguns, e se a alguns custa a ouvir isso, não serão de certo flores com o melhor dos "perfumes". O que vou dizer não é novidade para ninguém, não o digo como se tivesse acabado de descobrir a roda. Apesar de não serem nossos os Impérios, teria sido melhor que tivessen sido justamente entregues aos seus legitimos donos numa perspectiva de justa "devolução" ficando no entanto, precavida a parte de todos os intervenientes no intuito de se ter protegido e valorizado o que de bem se fez por lá, que foi muito, e para que muito mais se pudesse ter continuado por lá a fazer para o proveito de todos. O mal que alguns nesses Impérios fizeram, a esses bem que lhes poderia ser dado o que alguns acabaram merecidamente por ter, mais aquilo que forma não merecida outros atingiu, nada de mal nisso haveria, mas tal como ali e em muitos outros lugares, não foi uma guerra ou revolução pela justiça, foi pelas razões que há muito todos nós sabemos bem e já cansa falar nisso. No entanto se tudo não se tivesse passado dessa forma, uns não se teriam despenhado com aviões carregados de diamentes (os pretos brancos, e gordos), e outros, verdadeiramente negros na cor e na mentalidade, como disse aqui há pouco tempo, não viveriam em ilhas de luxo no meio do oceano de lixo de Luanda, enfim... Também é sabido que nem foram os locais que tudo começaram, mas sim a inveja além atlantico á qual Salazar sempre e muito bem soube dar para tras, mas claro que se a "inveja" hoje é algo de muito poderoso, já naquele tempo também o era e pouco haveria a fazer tendo em conta a desproporção, nem Salazar nem ninguém poderia ter feito fosse o que fosse contra o caruncho americano que começava a atacar a arvore Portugal. Não foi nem uma operação limpa nem justa em muitas das suas vertentes, mas no entanto, aquilo não era nosso, há que entender isso, teria que ser entregue, apenas foi errado o metodo usado para tal entrega que de forma tão vergonhosa apenas serviu para tornar inutil todo o sangue suor e lágrimas por todos lá derramado. É de lamentar que nesse tempo como no agora actual, tudo seja feito na mais pura hipócrisia e, que todos aqueles que dela sofrem na pele, continuem a aceita-la impávidos e serenos como se nada fosse. Hoje e infelizmente não só aqui, a carneirada é um estado Global, o Mundo não passa de uns quantos rebanhos de carneiros mansos aos quais se chamam países e o pior, é que por todo o lado, os outros carneiros, são todos tão ignorantes e resignados como os carneiros de cá.

Cumprimentos.

Zé Carlos- Mafra TOPO

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Música de fundo: "PILGRIM'S CHORUS", from "TANNHÄUSER OPERA", Author RICHARD WAGNER
«Salazar - O Obreiro da Pátria» - Marca Nacional (registada) nº 484579
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