15 de maio de 2025   


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Muitos dos materiais necessários a transportes e pavimentos (asfalto, gasolina, óleos e carvão) deixaram de se importar, ou só vieram em quantidades mínimas. O mesmo aconteceu com o ferro, aço e outros metais, com as ferramentas, pneumáticos e camiões.
As reservas eram diminutas, e assim, os trabalhos de reconstituição das estradas sofreram grave abalo. Houve de contar, quase exclusivamente, com os recursos próprios. O rendimento baixou consideravelmente e sem sequer se pôde manter o equilíbrio anterior.
A situação tornava-se aflitiva e só com muito boa vontade e afincado trabalho senão soçobrou. Felizmente, melhores dias nos esperam, se nenhuma nuvem pesada ensombrada o sol que nos aquece e ilumina agora.
Digamos em curtas palavras o que se fez de 1932 para cá. Depois de reconstituída a rede de estradas para o tráfego imediato, foi precisa ampliá-la, consolidá-la, conservá-la, e bem assim as respectivas obras de arte.
Neste capítulo, trabalhou-se como nunca, tanto em intensidade como em extensão, tendo-se realizado obra verdadeiramente notável. Basta citar, entre muitas outras, o viaduto sobre o vale de Alcântara e as pontes Salazar, na foz do Dão, Duarte Pacheco, em Entre-os-Rios, e as de Trofa, do Tua, de Odeceixe, de Alcácer do Sal e de Santa Margarida do Sado, capazes de marcar uma época.
Reparam-se, consolidaram-se e substituíram-se pontes existentes, viadutos e outras obras de arte.
Na construção de estradas apontam-se como dignas de especial registo a auto-estrada e a estrada marginal de Lisboa a Cascais, além de muitas e muita outras importantíssimas ligações, sem falar em vias de interesse turístico. É de notar que, no início das suas actividades, a Junta Autónoma de Estradas encontrou muitas vias importantes por construir, outras iniciadas, mas sem seguimento; outras a que faltavam as pontes ou obras de arte mais difíceis ou dispendiosas, outras ainda com um ou mais troços construídos, mas desligadas entre si ou de outras estradas. A estes males procurou dar remédio, e pode dizer-se que conseguiu. O Algarve, por exemplo, não tinha ligação por estrada com a capital: hoje há para isso três estradas.
Na reparação, toda a rede atesta a actividade da Junta. Fizeram-se alargamentos, rectificaram-se traçados, suprimiram-se passagens de nível, melhoraram-se ou suprimiram-se inúmeros curvas, deu-se-lhes melhor visibilidade, sinalizaram-se cruzamentos em lugares perigosos e povoados, protegeram-se e balizaram-se curvas, melhoraram-se travessias de povoações, substituíram-se outras por variantes de melhor e mais seguro traçado, diminui-se o abaulamento dos pavimentos, consolidaram-se-lhes as fundações, estabeleceram-se-lhes drenos, criaram-se novos tipos de revestimento, que foram desde o asfalto, betume e cimento até às calçadas regulares de pedras rijas, entrando francamente na generalização dos tipos modernos de pavimentação.
Estabeleceram-se recintos de repouso e estacionamento de veículos e miradouros em lugares de panoramas admiráveis; abrigos e refúgios para viandantes em caso de intempérie; deu-se habitação asseada e airosa a muito do pessoal cantoneiro; contribui-se para o seu aprumo e préstimo ao público; embelezaram-se e arborizaram-se estradas e seus anexos.

(Continua)

(Parte CXXXIV de …)


15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 (134)

(Fonte: 15 Anos de Obras Públicas – 1.º Vol. Livro de Ouro 1932-1947 – ESTRADAS E PONTES – Luís da Costa de Sousa Macedo – General – Presidente da Junta Autónoma de Estradas)

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Carlos Luz


Digo-o sempre em sua honra e memória: Parabéns ao Dr. Salazar, um grande chefe de estado!

Nelson


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